FOLIO
FESTIVAL LITERÁRIO INTERNACIONAL DE ÓBIDOS
Durou 11 dias, de 19 a 29 de outubro de 2017, e mobilizou toda a linda povoação de Óbidos, incluídos os turistas. Viu-se que a divulgação foi excelente, com site (http://foliofestival.com/), programa sob a forma de jornal, cartazes em toda a parte.
Infelizmente só estive presente na tarde de 28, para as sessões inesianas, mas facilmente se percebeu a dinâmica de interesse despertado, quer pelo número de pessoas envolvidas, milhares, decerto, quer pela diversidade de ações paralelas: literatura, cinema, artes plásticas, teatro, concertos, num salutar convívio multidisciplinar que motiva à criação do novo, pois que, já o sabemos, não é do igual que o novo irrompe, ele decorre sempre da mistura.
Aproveito para agradecer a Jorge Pereira de Sampaio e a Maria João de Rocha Afonso o convite para participar no debate em torno de D. Pedro e D. Inês, na qualidade de autora de «A Boba», peça subordinada ao tema inesiano que Carlos Avilez encenou no Teatro Experimental de Cascais.
Da minha breve passagem pelo FOLIO, deixo algumas imagens que o tablet captou como pôde, na cantina improvisada pela Câmara, onde se comeu muito bem, na rua, bem movimentada com turistas internos, externos e participantes nos eventos culturais, e no auditório onde tiveram lugar as sessões inesianas: debate moderado por Maria João da Rocha Afonso, com a participação do bailarino António Laginha, da multifacetada artista Suzana Borges, do estudioso José Pedro Sousa e minha. Assinalou-se no debate a presença da grande especialista do tema inesiano, Maria Leonor Machado de Sousa.
A culminar a tarde, a apresentação de uma nova coleção na Caleidoscópio Ed., Oro, que significa “palavra”, destinada a acolher teatro inesiano, coleção organizada por Maria João de Rocha Afonso. A iniciativa deve-se à Associação dos Amigos de Pedro e Inês, representada por Jorge Pereira de Sampaio, e coube a Alejandro Casona inaugurá-la, em tradução de Maria João de Rocha Afonso, com a obra “Coroa de Amor e Morte”.
Fiquem então as imagens a documentar o quão colorida e afetuosa pode ser a cultura, em especial a que diz respeito aos amores de Pedro e Inês.
Maria Estela Guedes
