Festival de Poesia e Música de Vila Nova de Foz Côa

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“Senhora da Veiga”, embarcação na qual decorre parte do Festival, com as “Leituras flutuantes”, seguidas de jantar sempre muito bem servido e saboroso.

Decorreu, de 23 a 25 de Abril de 2018, o Festival de Poesia e Música de Vila Nova de Foz Côa. Contou com umas dezenas de participações, locais, nacionais e estrangeiras. É o mais antigo encontro do género, em Portugal, contando já com trinta e quatro anos de idade. Tem sido sempre organizado pelo seu fundador, Jorge Maximino, promovido pela SOMA-Associação de Arte e Cultura, com a boa colaboração da Câmara Municipal, da Escola Secundária, de juntas de freguesia, de associações locais e a parceria científica do CLEPUL da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Ultimamente o festival alastra a vilas próximas, tendo cabido a vez, este ano, a Almendra,  que assim tomou parte na organização, nas pessoas do Presidente da Junta de Freguesia e pároco. A sessão, em que participaram Zetho Gonçalves, Rui Fonseca, Aurelino Costa e eu própria, Maria Estela Guedes, realizou-se na Igreja da Misericórdia. Rui Fonseca, poeta, compositor e músico, fez intervenções musicais.

Mais participantes, na música, além de Rui Fonseca, foram  o músico Chalo Correia e o seu guitarrista, João Mouro, o maestro António Victorino de Almeida que, com o poeta Aurelino Costa, nos presentearam com um recital de poesia e música memorável, e o grupo fozcoense Os Fiarresgas, constituído por umas dezenas de jovens músicos e cantores. Duas alunas dos últimos anos, orientadas pelo seu professor, Rui Pinto, também subiram ao palco, para nos presentearem com belas vozes e canções.

Nas «Leituras Instáveis», a bordo do barco rabelo «Senhora da Veiga», além dos poetas e além de noutros auditórios, também fez a sua prestação o ator Rui Spranger.

Thierry Proença dos Santos e Jorge Maximino fizeram a apresentação de «A dinâmica dos olhares», volume coletivo de ensaios publicado pelo CLEPUL, e outro livro lançado no Festival foi «Gadanha», de Aurelino Costa, com poemas comentados pelo organizador do Festival, Jorge Maximino.

Raquel Patriarca, Minês Castanheira e eu mesma tivemos a nosso cargo a representação das Letras no feminino e a participação em aulas. De facto, o Festival tem forte componente pedagógica, com deslocação dos escritores às escolas, em especial Escola Secundária, com auditório preferencialmente constituído pelos alunos dos últimos anos.

O alojamento, este ano, foi super-confortável, nas novíssimas instalações do Centro de Alto Rendimento, construção primacialmente dedicada a desportos não poluentes e não destrutivos do ambiente como a canoagem e o remo, excelentes para o Douro e Côa, ali ao pé. Como sempre, os responsáveis pelas refeições, no «Senhora da Veiga» e na Escola Agrícola, apresentaram pratos excelentes. O «Senhora da Veiga», embarcação dedicada ao turismo, faz pequenos cruzeiros no Douro.

Uma visita guiada ao Museu do Côa coroou os três dias de Festival, sempre carregados de eventos, que agradeço sobretudo a João Paulo Lucas, vereador da Cultura a chefiar a equipa executiva. Era muito bom para os escritores e músicos uma visita guiada a um dos recintos arqueológicos. Para a Câmara tal visita não levanta obstáculos, é apenas questão de reservar uma tarde para o efeito na agenda da parte literária e musical, a cargo de Jorge Maximino.

Das belezas da região e do Festival de Poesia e Música, ficam agora alguns apontamentos fotográficos.

Maria Estela Guedes


Lançamento de «Gadanha», de Aurelino Costa (em primeiro plano), com a presença de João Paulo Lucas (ao centro), vereador da Cultura, e Jorge Maximino, organizador do Festival.
Em Almendra, abertura oficial da sessão, com a presença, do primeiro plano para o mais recuado, do Presidente da Junta de Freguesia, Presidente da Câmara, Organizador do Festival e Pároco de Almendre.
Nos bancos da frente, Thierry Proença dos Santos e Minês Castanheira.
Um apontamento de música angolana, com Chalo Correia (de pé) e o seu guitarrista, João Mouro.
Minês Castanheira diz poesia na sessão dedicada ao 25 de Abril, no Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa.
A paisagem deslumbrante avistada do Museu do Côa, com o afluente a desaguar no Douro.
Maria Estela Guedes, João Mouro e Chalo Correia.
Dois poetas com Angola no currículo de vida: David Capelenguela e Zetho Cunha Gonçalves.
Rui Fonseca, de camisa vermelha, e Rui Pinto e esposa, no almoço no Museu do Côa, no qual se distinguiu, acima de tudo, a sobremesa, gelado numa deliciosa telha almendrada.
António Victorino de Almeida, entre o Presidente da Câmara e a sua lindíssima companheira, almoça com eles e Jorge Maximino no Museu do Côa.
Raquel Patriarca e os dois homens da família, no Museu do Côa.
O professor Rui Pinto, conhecedor da região, aponta, e o ator Rui Spranger observa.
Rui Fonseca, poeta, cantor e compositor, na sua atuação na Igreja da Misericórdia, em Almendre.
Passeio no Douro.