362. A estrela cresce entre dois colapsos. Um dia explodirá, desmoronando-se sob o seu próprio peso. Muitas são suas irmãs e primas. Incandescentes, as que rodam profusas. Impacientes por renascer além. Além, no écran da TV : - POSSO DIZER ADEUS À MINHA MÃEZINHA?
363. Além é sempre mais além. Por muito além que você situe o Além, há outro além muito além dele. O mesmo se diga do Aquém. Aquém e além mar, o mar profundo e rouco. Inumeráveis metros, megaciclos, ou triciclos além. Além do seu Além, que é bem modesto. O além é uma conjectura internacional. Ecuménica, cooperativa, eurocomunista. O além pode ou não pode alimentar-se de alpista. 364. A alegria vem por camadas sucessivas. 365. Da galáxia sai uma espiral de luz centrada em mim. Donde eu sou o sujeito disto tudo. Arre! Arre burro, que é de mais! 0. Tinha programado a bíblia para chegar até ao versículo 365, e aí punha uma pedra no assunto. Razões técnicas e outras obrigam-nos porém a um apêndice de bissextos.
I. O centro da galáxia serei eu indefinidamente. Eu, Subjectividade do Altíssimo. O meu ser que está além. Além, mais além. Arre! Arre gaita, que nunca mais lá chego! II. Chamo-o com um osso: bich... bich... bich... Faço bich... bich... com um osso e infinita doçura. E o Infinito não vem.
III. E como eu encaro naturalmente a situação pomposa de me ver centro do sentido e capitão do Universo !
IIII. Sinto cada vez mais dores nas costas.
V. E como encaro naturalmente a honorífica posição de ser o sujeito de tudo isto!
AI! SE EU FOSSE RICO TINHA TUDO O QUE ERA BOM: PÃO COM MARMELADA! PÃO COM MARMELADA! Duo Ouro Negro VI. Qualquer insignificância, ocorrida na realidade no momento da criação, pode ser absorvida e recarregada de sentido. O que se passa agora na tv é um exemplo. VII. Em março há uma rodovia. Há um filme a cores com paisagens informáticas e celeumas de estrelas. Há florestas de símbolos e um grão-tradutor. Há um telefone-vídeo com a tua boca ao pé. Em maastro há um arço que é a tua pedra em flor. Em março há um deus agressivo e rabugento. Em Marte colho orvalho nos beijos do meu VIII. Que ele havia três senhores, ele havia três elementos! Havia o canto do amor, havia o canto do mar, e havia o canto do vento. Havia a guerra. Havia um moço moreno como um lamento. Havia a Lua nada; por baixo, gente. Havia o continente císnico a levantar-se d'água. VIIII. Aurora levante de um atlas celeste. Em março troquei um bit de graça por um sema de amor. E é affim que o mundo se cria: recreativamente, sempre. X. Havia uma flor adolescente que se chamava maria simplesmente.
XI. É tudo tão simples, affinal. De que vos queixades? Já o ssen perdestes por en? Nulla res nata non vos occorreraa. Adorava falar-te em latim quando voltasses do emprego! Confessar-te a conta do telephone, das vestes da lavandarya, tudo ab linguam latina sicut in illo tempore. É tutti tão simples. Simplesmente, a gente não sabe que cousa é mais simples. A cousa mais simples que me mostrar será sempre batida pela mais simples cousa que lhe eu presentar. O mesmo se adiante da mais difícil cousa. Isto é a mais simples cousa de que vos posso falar. Isto existe em todos os estados da matéria e dimensões. Isto existe para todos os lados do pensamento e mesmo no seio das mais ínclitas nações.
Até anular a informação cutânea da imagem. Vvvvvvvv! ...Vvvvvvv! ..., passou de raspão. XIII. Gel, uma festa electrodoméstica!
Serviço extraordinário de greve informa. Piiiip! Piiiiiiiiip!
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