Balthazar Osorio, "Peixes de Mattosinhos" Baltasar Osório foi o terceiro director da secção zoológica do Museu de História Natural de Lisboa (Museu Bocage), nos princípios do século passado. Como naturalista, ocupou-se sobretudo de peixes e crustáceos, quer de Portugal quer das possessões ultramarinas. Também tem trabalhos considerados inovadores pelos colegas de hoje, no âmbito da luminescência animal. Esta série de artigos que estou a pôr sob o mesmo título geral tem por fim ensinar a ver quem quiser ver, não traz nada de novo em relação aos ensaios que estão em linha, os quais serviram para aprender eu, à custa de muita irritação, cólera - e pânico, nos primeiros tempos. Aliás não aconselho ninguém a seguir-me os passos, pois o trabalho entra em conflito directo não só com o paradigma científico dominante como com o social - o "parece bem". Parece mal levantar estes problemas, incomodam toda a gente. Por isso, meu caro Vírus Nimda, se quiser aprender, aprenda, mas guarde para si e actue em conformidade - por exemplo, trabalhe só com exemplares coligidos por si, nunca refira as localidades de colheita dos seus colegas, se nelas nunca viu pessoalmente essas espécies, não entre em especulações teóricas, cumpra o que a mim me disse uma vez: "Só me interessa saber como se comporta a população de aranhas do meu quintal, nada mais". É preciso ler os textos, compreendê-los, entrar em comunicação com o autor. Não basta passar por eles o olhar distraído. Deixemos a citação e a transcrição para quando não existe outro modo mais directo de acesso aos originais. A tendência é para fechar os olhos, esconder debaixo da cama, "emendar" sem o declarar, o que redunda em deturpação dos textos, fingir que não se viu, que não tem importância, ou que quem cita é que cometeu as gralhas. Mais uma vez, meu caro Nimda, chamo a sua a atenção para o facto de o fenómeno da subversão em ciência não ser específico da língua portuguesa. É internacional, ocorre com naturalistas de todas as nacionalidades, mas é na nossa língua materna que melhor nos podemos aperceber de certos aspectos dele. No Zoo Ilógico, a maior parte dos exemplos pertencem a textos em língua inglesa. É aí, no naturalismo inglês, que brota o maior manancial. Se há segredos e chaves na subversão, do que duvido bastante - o facto de não ser secreta deixa-nos sempre a caminhar sobre este arame da indecisão -, é nas instituições científicas inglesas que precisa de as procurar. Eu não tenciono ir por aí porque o inglês não é a minha segunda língua, mas o meu caro Nimda até Shakespeare lê na versão matricial, por isso deixo-lhe II pistas: já reparou que o evolucionismo renasce com 2 teorias simultâneas e iguais de II diversos autores? Alguma vez pegou nos diários de Darwin? São II séries, iguaizinhas no conteúdo, salvo que uma tem mais caracteres (typographicos) do que outra. Hoje, com o computador, é fácil fazer a versão reduzida de um texto, basta deletar umas frases. Já imaginou a trabalheira do coitado a escrever o mesmo texto em II cadernos diferentes? E quantos são os volumes dos diários? Nem sei, como lhe digo, não tenciono ir por aí, até porque a subversão não nasce em MDCCCLVIIII, com "A Origem das Espécies", passa por ela. O caso mais antigo que conhecemos é o da Pedra de Cobre, não é verdade? Ora esse remonta a MDCCLXXXII. O meu caro Nimda já conhece II categorias de subversão, a geográfica e a biográfica. Hoje vamos ver IIIª categoria - a nomenclatural, sejam os nomes sobre que incide topónimos, antropónimos ou designações de espécie. Terreno muito melindroso, porque é o das línguas, e as línguas são organismos vivos - transmutam-se no tempo e segundo quem as usa. A subversão geográfica é razoavelmente independente da língua, pelo menos das que nos são mais familiares. Quando Girard apresenta um mapa de São Tomé (veja o mapa e pormenor dele no dossier sobre a mamba, no TriploV) em que a ilha está deslocada para sul do Equador e à esquerda ou à direita dos meridianos de referência, a questão não é linguística em sentido estrito, por isso até um chinês que saiba alguma geografia percebe que o mapa está errado para além daquilo que a geografia aceita como limiar de erro - calculável, atendendo aos instrumentos da época, em cerca de cem metros, segundo informação que há anos recebi de um geógrafo. O mapa ultrapassa largamente essa margem de erro, foi publicado numa altura em que não só todos sabiam que estava errado, como o erro fora denunciado numa monumental obra de geografia - veja o frontispício desse dicionário e recorte sobre a denúncia no dossier sobre a mamba. Girard usa o mapa para traçar nele o itinerário de Moller na ilha, quando Moller, dez anos antes, tinha tido como um dos encargos da sua expedição corrigir a carta de São Tomé - é o que declara o dicionário de geografia em que o erro se denuncia de forma indirecta, ao asseverar que a carta de Greeff era muito diferente das portuguesas. Quando Boyd Alexander nos apresenta um mapa - online em "Francisco Newton" - com a ilha de Fernando Pó (Bioko) no Atlântico Sul, e ornado com localidades como Banterbari e Balbeki, já o caso não é de geografia pura. Diria mesmo mais, meu caro Nimda : a menos que o meridiano de Madrid tivesse algum valor como referência geográfica, creio que este caso geográfico é preferencialmente linguístico. É preciso saber inglês para entender aquele "South Atlantic Ocean", aquele "banterbari" e certamente outros topónimos. No exemplo acerca das datas falsas de nascimento e morte do Visconde de Cayrú, a questão também não é linguística, se bem que seja necessário ao menos umas tintas de latim para distinguir na inscrição os caracteres que funcionam como letras dos que funcionam como algarismos. A subversão incide nos algarismos romanos, que, como sabe o meu caro Nimda, são letras. Já na subversão nomenclatural a questão linguística é fundamental, porque tudo corre sobre ou sob um segundo discurso, a língua das aves ou das gralhas. Nietzsche usou a expressão gaia ciência, e Fulcanelli fala do gai savoir - são tudo expressões sinónimas, a que podemos acrescentar escrita híbrida, língua diplomática, macarrónica, etc.. O conhecimento científico passa através de um discurso insinuado noutro, há uma duplicidade na comunicação que pertence ao registo híbrido de qualquer texto literário, em que a metáfora e outros mecanismos permitem passar diferentes informações numa só frase ou palavra. Não é preciso recorrer a exemplos consagrados para explicar o que é a língua das aves, como o da tabuleta de estalagem chamada "Au Lion d'Or" (No Leão de Ouro), para ouvirmos Au lit on dort (na cama, dormimos). Os dispositivos são inúmeros e fazem parte do nosso falar quotidiano. Basta pegarmos na designação "língua das gralhas", que só deve ser inteligível na sua variedade de sentidos para quem fala português, para ficar claro que se trata de códigos que multiplicam a informação. Um leitor apreende 1, outro, mais alerta, 2 ou III, e mesmo IIII. Tudo isto é do conhecimento e prática comunicante de todos nós, se bem que alguns de nós sorriam do IIII, porque sabem, e outros fiquem perplexos, porque não sabem. Nós não sabemos todos as mesmas coisas, e algumas coisas sabidas pelos naturalistas entram no território daquilo a que se dá o nome de esoterismo, apesar de ser exotérico. Os algarismos, meu caro Nimda, sobretudo aqueles algarismos que são letras, como o X, realmente não são números, sim verbo, dotado de tal excesso de significação que há quem lhe chame "a Verdade e a Vida". Como o meu caro Vírus Nimda sabe, no discurso científico, tal como hoje o entendemos, não se aceita retórica e muito menos esoterismo: esperamos que seja o mais unívoco possível, que não fique sujeito a ambiguidades susceptíveis de perturbarem o leitor. Ora o discurso dos naturalistas não só perturba como chega a aterrorizar, porque não estamos preparados para aceitar que num mesmo segmento de informação ele seleccione leitores, a ponto de a uns dizer mentiras e a outros a verdade. Não é aceitável socialmente que o discurso da ciência levante contínuos problemas de veridicção - mas levanta. É verdade o que diz o texto? Como testar a sua veracidade? Esta duplicidade da comunicação contraria um princípio fundamental, pelo menos em teoria, da ciência moderna, que se quis democrática e que chegasse a todos os cidadãos, não apenas a uns aristocratas. A ciência ergueu-se contra aquilo a que chamou o obscurantismo gerado pela Igreja. Então não pode ser ainda mais obscurantista nem lançar no obscurantismo os oficiais de outros ofícios. Porém isso é o que o naturalismo faz, e por isso, meu caro Nimda, necessário se torna achar um fio de luz que nos guie nesta tenebrosa charada, e não será propriamente a luz emitida pelas bactérias, lulas, pirilampos nem peixes de profundidade, para trazer de novo à tona o naturalista de que hoje nos ocupamos, e cujo nome é um exemplo entre muitos de subversão nomenclatural - ora assinava Balthazar ora Balthasar, ora Osorio, ora Ozório. O meu caro Vírus Nimda tem excesso de razão : infelizmente, nós, portuguezes, damos muitos erros de hortographia, porque volta e meia sofremos uns accidentes de percurso semi-legais, as revisões ortográficas. E então as palavras transmutam-se ainda mais do que as espécies. Contudo anote que Francisco Newton também era chamado Nitom, Nevvton (não é um W, sim duplo V-V) , Reesetán e Reesetan, etc., tal como Boulenger era chamado Boulanger, e por aí adiante, e nestes casos não podemos socorrer-nos do argumento das revisões ortográficas. Boscá, que sempre assinara Eduardo Boscá, a dada altura passa a assinar Eduardo Boscá y Casenoves. Sim, o meu caro Vírus Nimda está sempre a desarmar-me, o Eduardo deve ter casado pela segunda vez e adoptou o nome da legítima. Sigamos então alguns caminhos de sentido na expressão "língua das gralhas", que é mais ou menos equivalente do falar às aves de S. Francisco e do sermão de Santo António aos peixes. Gralhas são aves próximas dos corvos, pertencem ambos à família Corvidae. Tão próximas que se confundem com eles na mitologia e no esoterismo. Muito tagarelas, não sabem cantar, ao contrário das musas, suas rivais. Porém a gralha foi consagrada a Apolo, e tem, como as musas, o poder da inspiração, o dom profético. Imolavam-se gralhas durante as bacanais, para que, com ajuda do vinho, as línguas se desatassem em verdades tal como a de Baco. Há uma gaia ciência nos seus crocitos. De outra parte, gralhas são os erros gerados pelos tipógrafos, quando por engano trocam as matrizes e os tipos, o que gera saltos de paginação e de linhas, e caracteres mutados, o que aliás também é próprio da prole de casamentos mistos em biologia: até se fixarem em nova espécie os caracteres dos animais, passam por fases em que chegam a ser classificados um por um como novas, pois entre irmãos não há dois que se assemelhem. Os caracteres do grupo estão todos alterados. Ouve-se então dizer ao telefone, certo cientista: "Os animais são todos diferentes, não é possível dar-lhes um nome!". Isto é, os animais e plantas não são classificáveis de modo a poder o naturalista identificá-los como esta ou aquela espécie conhecida, a que se possa atribuir um nome consagrado: Mico sericeus, Pithecia chrysocephala ou outro igualmente antigo. Há casos em que nos animais nem é possível reconhecer o sexo, como em Chioglossa lusitanica, que às vezes aparece como Chioglossa lusitanicum, e ultimamente, na legislação proteccionista, como Chioglossa lusitanic, ou como em Mico sericeus, a que Gray também chamou Michoella sericeus - veja, no Zoo Ilógico, "Sua Ascendência". Mas há alterações ainda mais subtis nos animais, como acontece com a variante Chioglosa, só com um s, ou pelo contrário, muito espalhafatosas, como em Rana ibérica, na variedade acentuada. Imagine o que aconteceria se eu escrevesse: "Lôndon ís sô húge!" Fico sempre à míngua de resposta quando o meu caro Vírus Nimda me chama à razão com os seus argumentos! De facto, essa foi a justificação de Gonçalo Sampaio para acentuar quase todos os nomes de plantas na sua Flora de Portugal : assim, com acentos, os alunos iam aprender a pronunciar o latim! Oxalá os ingleses tivessem a mesma sabedoria, de certeza já teriam feito uma revisão ortográfica que contemplasse a necessidade de acentuar as palavras. A nomenclatura biológica obedece às regras de Lineu, e para o caso vertente basta conhecer uma: o nome das espécies escreve-se em latim. Ora o latim, tal como inglês, não é acentuado, apesar de sem acentos, como o meu caro Vírus Nimda muito bem acentuou, ninguém saber como se pronunciam as palavras. ERRATA: com o perdão em especial do semiólogo da casa, José Augusto Mourão, que aliás o é da casa portuguesa e não só do TriploV, no parágrafo que começa por "Há casos..." cometi sem querer um erro crasso, consistindo ele em confundir o signo (Chioglossa) com o referente (as salamandras assim chamadas que hão-de estar, espero, nos regatos das serras ibéricas a norte da Quinta do Espinheiro e quem sabe se no Alentejo). Por conseguinte, quando se pôem acentos nas plantas e nos animais de forma sistemática (uma vez por acaso passaria por lapsus calami), quer no conjunto de textos de vários autores sobre uma espécie, quer num mesmo texto, em que o nome da espécie vem escrito sempre de maneiras diferentes, com caracteres alterados, seja por uso de acentos no latim seja por outras formas, isso só pode ser interpretado como macarronés, texto híbrido, língua das gralhas, em que os caracteres typographicos resultantes de mistura se encontram em fase transitória, de mutação contínua, ainda não foram fixados em documento legal tão normativo como aqueles acordos ortográficos celebrados entre portugueses e brasileiros, cujo resultado está à vista : não há qualquer diferença nas línguas, falamos e escrevemos exactamente a mesma "boa espécie". Ou estarei enganada e é necessário introduzir outra errata no texto, como aconteceu na biografia de José da Silva Lisboa, quando mais fácil seria corrigir o erro, se a intenção fosse a de corrigir? Meu carto Vírus Nimda, fique com esta para si e não conte a ninguém : quando, excepcionalmente, os naturalistas apresentam erratas, costuma ser no texto, antes de revistas as provas. Em geral, essas erratas obedecem ao princípio árcade: "Pior a ementa que o soneto", aliás enganei-me, por isso corrijo: "Pior a emenda que o salmonete". Concluindo : o que pode pensar o meu caro Vírus Nimda face a textos sobre espécies vegetais e animais caracterizados por serem híbridos? Textos híbridos são os que misturam géneros (pintura com poesia), línguas (latim com línguas vivas), palavras (Chioglossa e Chioglosa). Não sabe o que pensar? Pois eu penso que as gralhas desempenham o seu habitual papel de oráculos, denunciando com a sua tagarelice que os referentes dos signos híbridos são espécies híbridas. Caracteres linguísticos alterados equivalem a caracteres biológicos alterados. Sim, claro, diz-se que há híbridos naturais. Mas como é que o meu caro Vírus Nimda sabe que dada espécie, híbrida ou não, resulta de selecção natural? O meu caro Nimda põe-se em contemplação diante de um campo de batatas por saber que elas resultam de selecção humana. Evoé, grande é a Humanidade, capaz de levar cultura mesmo à terra estéril ! A título de quê haviam os escaravelhos da batata de escapar a essa magnífica Universidade? Sim, já é tempo de apresentar a subversão de Balthasar/azar Osorio/Osório. Incide nuns peixes novos em Portugal, cuja espécie não ficaremos a conhecer, nem se são marítimos ou fluviais, apesar de a espécie ser conhecida noutras partes do mundo e ele escrever o seu nome várias vezes. Se o meu caro Vírus Nimda estiver de acordo, comento ponto por ponto, para facilitar, deixando nota do que não pude verificar, por falta de acesso às obras que Balthazar Osório refere na bibliografia da espécie. I. No primeiro texto, vem a espécie referida como Gobius - nome do género - e o segundo termo do nome, o específico, não o posso transcrever por falta de um carácter que parece um "i" sem a pinta, no que seria assim uma palavra com III "is". II. No segundo texto, a ficha da espécie, vem escrito "Gobius fluviatitis" - já temos um terceiro carácter "i" mas o carácter L transmutou-se em T. III. Em itálico, na bibliografia, escreve-se Gobio - Gobio e Gobius são dois distintos géneros de peixes. As espécies do mesmo género são menos diferentes do que as espécies de dois géneros. O segundo termo, o específico, agora é fluniatitis. O carácter V, que assinalava a qualidade fluvial do nome, desapareceu, para em seu lugar aparecer o carácter N, que, por tão próximo do M, e por ocorrer com o M em nomes de espécies marinhas apesar de fluviais - Trutta marina, por exemplo - nos leva a recordar que Matosinhos é uma localidade tipicamente marítima, banhada pelo Atlântico, e que por isso é possível que a espécie em causa, que infelizmente não conheço, seja simultaneamente fluvial e marinha, como o salmão e a truta marinha. Manteve-se o carácter transmutado T em vez de L, o que faz crocitarem pelo menos duas gralhas na mesma palavra. IIII. Gobio fluniatitis, Bell. pag.320 - não conheço a obra de Bell., mas é admissível que o autor não tenha escrito fluniatitis, palavra com logo duas gralhas, se não forem mais. V. Gobio fluniatitis, Bell.; Gunth, t. vii, p. 172 - não é Gunth, o nome de Gunther tem trema no U, mas não considero essa gralha pertinente porque eu mesma a cometo quando não sei em que tecla do pc está o trema, o que não é agora o caso - Günth.. Também não consultei esta obra, mas é de crer que Günther não tenha escrito assim o nome da espécie, logo com duas gralhas. VI. Gobio fluniatitis, Bell., Cuv. et Val., t. XVI, p. 300, pl. CCCCLXXXI - consultei esta obra. Na página CCC (300) não figura nenhuma espécie com tal nome. Quanto à prancha 481, representa outra espécie. Note o meu caro Vírus Nimda como este caso confirma a afirmação que fiz acima e podia até levantar polémicas: de facto, os números romanos são letras, é preciso não confundir o esotérico "CCCCLXXXI" com quaisquer miseráveis - emendo, queria dizer "matemáticos" - algarismos. VII - Gobio fluniatitis, Bell, The Gudgeon, Yarr., t.I, p. 383 - não conheço a obra, mas continua a ser improvável a redacção duplamente gralhada. VII a) - Gobio fluniatitis, Bell, Conch., t.IV, p. 20 - é difícil saber a que obra se refere Balthazar/azar Ozório/Osorio, mas o conteúdo dos tratados de conchiliologia costuma ser conchas (Mollusca). Este acidente já não é nomenclatural e a hibridação para que aponta escapa ao foro da biologia para entrar no da mitologia : uma truta marinha univalve ou mesmo bivalve, por suposição. VIII - Gobio fluviati.is, Moreau... - não conheço a obra, porém é improvável que Moreau tenha cometido uma tal gralha, atentatória de todas as normas, científicas e não científicas, consistindo ela em quebrar em duas uma palavra, e em ligar por um ponto as II metades. VIIII - Ha, hehe :-), tem razão o meu caro Vírus Nimda, já me ia esquecendo : no primeiro texto, escreve Baltasar/azar : "Foi encontrada ha pouco no rio Mattosinhos pelo sr. J. Newton". Em Portugal nunca existiu nenhum naturalista chamado J. Newton. Para nossa infinita tristeza, na Geografia de Portugal também não figura nenhum rio Mattosinhos.
OSORIO, Balthazar (1896) - Peixes de Mattosinhos (terceiro appendice ao catalogo dos peixes de Portugal de Felix Capello). Jornal de Sciencias Mathematicas, Physicas e Naturaes da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Segunda Série, IV (15): 131-159.
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