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Em que má altura chega o Prémio «Chamán» para o
Triplov? |
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Umas centenas de professores, artistas, membros do clero, arquitetos,
gente do teatro, poetas e outros escritores, comigo também na parte
técnica, a construir o sítio, constituímos o portal Triplov. Ora o Triplov
acaba de ser agraciado com o «Prémio Iberoamericano Extraordinário
Chamán de Comunicação, Cultura,
Oralidade e Difusão da Oralidade Cénica 2015», atribuído pela Cátedra
Iberoamericana Itinerante de Narração Oral Cénica.
A resposta, pessoal,
no FaceBook e por e-mail a esta notícia foi muito gratificante, exige que
agradeça, que corrija a ideia de que o prémio foi para mim, porque isso
está errado e, já agora, que mais uma vez explique o que é o Triplov.
O Triplov já foi um
portal na Internet com maior audiência do que a maior parte dos sítios
institucionais. Neste momento, não sei, já não me interessam certas
questões e perdi até o rasto aos links para os dispositivos que permitem
comparar sites.
O Triplov ganhou um valioso e merecido prémio, que lhe
reforça a solidez intelectual, agradeço-o à associação de escritores e
professores que o atribuíram, a Cátedra Iberoamericana Itinerante
de Narración Oral Escénica (CIINOE). Para mim, pessoalmente, foi
uma alegria, o reconhecimento do trabalho, abriu a janela para Espanha e
América Latina de um modo afetuoso, fraternal. Uma coisa é termos pessoas
em carne e osso a olharem para nós, outra, fria e distante, os dados dos
programas de estatísca que nos garantem que sim, o Brasil é o país que
mais nos visita, a seguir Portugal, e depois aqueles que nos premiaram, e
cito, sublinhando pessoas e países, do Boletín do Prémio:
«El Jurado ha estado integrado por
Francisco Garzón Céspedes
(Director General de la CIINOE) y
Mayda Bustamante Fontes (Directora General Mayda B. Performance y de
Ediciones Cumbres, los dos de
Cuba/España), Concha de la Casa
(España, Directora del Centro de Documentación de las Artes de los
Títeres y del Festival Internacional del Títeres de Bilbao /CDTB/FTB/),
María Amada Heras Herrera y
José Víctor Martínez Gil (México,
Asesora General y Director Ejecutivo, respectivamente, de la CIINOE).
Em suma, o Prémio é um
estímulo para que não deixe cair de todo o Triplov, e direi então o que se
passa com ele.
Nós estamos em linha
há dez anos, significando isto que o Triplov é um pioneiro na Internet
enquanto veículo de difusão cultural sobretudo nas línguas portuguesa e
castelhana. A audiência chegou a ser de dez mil visitantes, isto é, dez
mil diferentes computadores por dia, o que me dava vontade de rir, quando
um recém-criado site vinha anunciar ter chegado ao milhão de cliques ao
fim de não sei quantas semanas ou meses, porque isso fazia o TriploV num
piscar de olhos e número de cliques nunca os contei porque são inúteis.
Depois começámos a
cair e hoje fazemos uma média de dois mil a dois mil e quinhentos
visitantes por dia, média de dois distintos programas de estatística, o
Awstats, muito avaro, e o Webalizer, mais mãos largas. Razões para a queda
há-de haver muitas, menciono apenas aquelas de que quero dar notícia para
correção futura.
O Triplov não é um
blog, não é um pré fabricado em que baste carregar textos e imagens para
tudo aparecer no céu como por milagre. É um portal em que tudo é feito por
mim, página a página. Tive ajuda inicialmente do Magno Urbano para os
moldes (templates), logotipos e consulta técnica. Hoje o Magno é apenas o
hospedeiro a cujo conselho recorro em situação de emergência, o que vai
sendo cada vez mais raro.
Num momento de
desespero, porque isto de construir o portal página a página obriga muitas
vezes a gastar quatro, cinco ou mais horas a compor um texto, enviei um
S.O.S. para todos vós. Precisava de ajuda. Só apareceu o Luís Reis para
dar uma mãozinha, ele tomou conta do blog, atualmente intitulado Triplov
Blog, em
https://triplovblog.wordpress.com/
O Luís Reis tem feito um extraordinário trabalho de
captação de audiência – para o blog. O blog tem muito mais visitantes do
que o Triplov, digo-o com vergonha, inveja e satisfação, claro. Mas
atenção: o Triplov Blog não é o Triplov, não existe nenhum cordão
umbilical a relacioná-los; o blog é
algo autónomo do ponto de vista técnico, a relação é apenas nominal e de
conteúdos. O blog publica quase só as notícias que nós próprios criamos,
as que nos são enviadas, e devo dizer que as mais importantes instituições
culturais portuguesas, e algumas estrangeiras, nos enviam notícias, além
daquelas que na origem eram as únicas que queríamos publicar: as relativas
a iniciativas dos autores que publicam no Triplov.
O que é que fez cair o
Triplov? Penso que a principal razão se relaciona com o que acabei de
dizer que o Triplov é: um grande portal cujas páginas são construídas de
raiz, sem automatismos de «clique e já está no ar». A seguir a este tipo
de engenhos apareceram umas engenhocas mais leves e portáteis, que
qualquer um pode usar e deitar fora a seguir, as plataformas dos blogues.
Os blogues deram cabo do Triplov e de mim, na sequência. Há demasiados
blogues, as pessoas preferem ter o seu blog a publicar num portal e a
seguir aconteceu algo terrível: publicam primeiro no blog e depois é que
mandam para o Triplov os textos já em 3ª e 4ª mão. Eu mesma, nos últimos
tempos, para ajudar a Incomunidade –
www.incomunidade.com – publico
lá os meus artigos e só depois no Triplov. O Google só trata bem a
publicação original.
Mais recentemente
apareceu o FaceBook, vou pôr lá este artigo em primeira mão. Só a seguir
vai para o Triplov. Adivinhe: quem estou a prejudicar com isso? É só um
exemplo, é só para vermos como se vai liquidando o Triplov. Beneficia
alguém que eu carregue o texto primeiro para o FaceBook?
Muito mais haveria a
dizer, mas fico por aqui. Deixo à consideração de todos as minhas
palavras. Muito obrigada a todos os colaboradores, eu incluída, somos nós
a alma do Triplov e os agraciados com o Prémio «Chamán», mas somos nós
também os que o estamos a destruir.
Odivelas. 2.10.2015
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Índice antigo |
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Maria Estela Guedes
(1947, Britiande / Portugal). Diretora do Triplov
Membro da Associação Portuguesa de Escritores,
da Sociedade Portuguesa de Autores, do Centro Interdisciplinar da Universidade de Lisboa e do Instituto São Tomás de Aquino. Directora do TriploV.
LIVROS
“Herberto Helder,
Poeta Obscuro”. Moraes Editores, Lisboa, 1979; “SO2” .
Guimarães Editores, Lisboa, 1980; “Eco, Pedras Rolantes”, Ler
Editora, Lisboa, 1983; “Crime no Museu de Philosophia Natural”,
Guimarães Editores, Lisboa, 1984; “Mário de Sá Carneiro”. Editorial
Presença, Lisboa, 1985; “O Lagarto do Âmbar”. Rolim Editora, Lisboa,
1987; “Ernesto de Sousa – Itinerário dos Itinerários”. Galeria
Almada Negreiros, Lisboa, 1987 (colaboração e co-organização); “À
Sombra de Orpheu”. Guimarães Editores e Associação Portuguesa de
Escritores, Lisboa, 1990; “Prof. G. F. Sacarrão”. Lisboa. Museu
Nacional de História Natural-Museu Bocage, 1993; “Carbonários :
Operação Salamandra: Chioglossa lusitanica Bocage, 1864”. Em
colaboração com Nuno Marques Peiriço. Palmela, Contraponto Editora,
1998; “Lápis de Carvão”. Apenas Livros Editora, Lisboa, 2005; “A_maar_gato”.
Lisboa, Editorial Minerva, 2005; “À la Carbonara”. Lisboa, Apenas
Livros Lda, 2007. Em co-autoria com J.-C. Cabanel & Silvio Luis
Benítez Lopez; “A Boba”. Apenas Livros Editora, Lisboa, 2007;
“Tríptico a solo”. São Paulo, Editora Escrituras, 2007; “A poesia na
Óptica da Óptica”. Lisboa, Apenas Livros Lda, 2008; “Chão de papel”.
Apenas Livros Editora, Lisboa. 2009; “Geisers”. Bembibre, Ed.
Incomunidade, 2009; “Quem, às portas de Tebas? – Três artistas
modernos em Portugal”. Editora Arte-Livros, São Paulo, 2010.
“Tango Sebastião”. Apenas Livros Editora, Lisboa. 2010. «A obra ao
rubro de Herberto Helder», São Paulo, Editora Escrituras, 1010;
"Arboreto». São Paulo, Arte-Livros, 2011; "Risco da terra", Lisboa,
Apenas Livros, 2011; "Brasil", São Paulo, Arte-Livros, 2012; "Um
bilhete para o Teatro do Céu", Lisboa, Apenas Livros, 2013;
Folhas de Flandres, Lisboa, Apenas Livros, 2014.
ALGUNS COLECTIVOS
"Poem'arte - nas margens da poesia". III Bienal de
Poesia de Silves, 2008, Câmara Municipal de Silves. Inclui CDRom
homónimo, com poemas ditos pelos elementos do grupo Experiment'arte.
“O reverso do olhar”, Exposição Internacional de Surrealismo Actual.
Coimbra, 2008; “Os dias do amor - Um poema para cada dia do ano”.
Parede, Ministério dos Livros Editores, 2009.
Entrada sobre a Carbonária no Dicionário Histórico das Ordens e
Instituições Afins em Portugal, Lisboa, Gradiva Editora, 2010; «A
minha vida vista do papel», in Ana Maria Haddad Baptista & Rosemary
Roggero, Tempo-Memória na Educação. São Paulo, 2014.
TEATRO
Multimedia “O
Lagarto do Âmbar, levado à cena em 1987, no ACARTE, Fundação
Calouste Gulbenkian, com direcção de Alberto Lopes e interpretação
de João Grosso, Ângela Pinto e Maria José Camecelha, e cenografia de
Xana; “A Boba”, levado à cena em 2008 no Teatro Experimental de
Cascais, com encenação de Carlos Avilez, cenografia de Fernando
Alvarez e interpretação de Maria Vieira.
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