Escandinávia, século XIII

 

JONAS PULIDO VALENTE


Jonas, 30 anos. Sou um bilingue funcional e estive um pouco por todo o mundo. O meu livro, Diet Craic foi publicado em papel. I’m a good poet in English as well.


O protagonista está sentado com o seu anfitrião numa taberna nórdica.

‘Toma bebe, logo pedimos mais’

O seu anfitrião tem o dobro do seu tamanho, parece recortado do mesmo molde que os outros nórdicos. É muito simpático. Talvez demasiado simpático.

Bebiam grandes canecas, GULP, o protagonista vomitava, BARF. Depois chegou a aldeia toda da caça, GULP. BARF. GULP. BARF. O protagonista era o único a vomitar.

‘Gosto muito de estar aqui. A cada vez que vomito fico mais bêbado’ disse o protagonista.

‘Não te preocupes, és uma criança’ disse um nórdico. ‘O vómito fica para os cães. Quando combinaste vir aqui não sabias que ias sair um homem. A tua tour tem três dias, e por Odin queremos ter uma boa review. Terás a melhor hospitalidade.’

Um nórdico pegou no protagonista e atirou-o para um fardo de palha ‘Bom sono’.

O protagonista apagou-se.

No dia seguinte acordam-no despejando 3.5 quilos de salsichas cozinhadas no peito ‘Bom pequeno almoço’.

‘Antes de irmos escolher que árvore cortar para levares de volta para a tua terra, vais tornar-te homem!’ Disse o anfitrião com um grande sorriso.

‘Não tenho que ser o 13o guerreiro, pois não?’ pergunta o protagonista

‘Não, ele não nos deu uma boa review, vais foder a nossa mulher mais forte, a Hilga!’

O protagonista olhou para Hilga, era quase tão grande como o anfitrião, tinha um rosto austero e ar mais másculo do que qualquer um deles.

‘É óptima não é?’ perguntou um dos nórdicos ‘Repara-me naqueles músculos!’

O protagonista já tinha reparado em Hilga, pois à sua volta costumava andar a sua irmã, que era uma filha da floresta, franzina mas muito elegante e tímida. Gostava dela.

‘Hum… não vos quero roubar a Hilga… Importam-se que dê um passeio com a sua irmã?’

‘Gostas dessa rapariga? Como é possível? Ela é tão franzina! Nunca faz o que lhe dizem! Está sempre na lua! A Hilga faria-te um banquete com um javali inteiro!’

‘Bem, já que vocês tratam tão mal essa rapariga, posso tentar convencê-la a vir comigo para as terras do Sul?’

‘Gostava de ir com ele papá’ disse a rapariga

‘Cala-te Helga!!! Vai limpar a cave!’ Gritou o anfitrião ‘Hoje ficas lá a dormir!’

O protagonista ficou todo dorido a foder Hilga, até quase percebeu o que os nórdicos diziam, mas não esqueceu Helga. Nessa noite, levantou-se do seu quarto sem acordar Hilga e desceu nú até encontrar Helga a dormir na cave ao lado do pano.

‘Acorda, querida. Depois ensino-te a minha língua mas agora vem comigo.’

Helga abriu os seus olhos lentamente, sorriu com um ‘Hallo’.

‘Vem! Vem!’

Saíram os dois da estalagem, era verão mas estava um frio do caralho à mesma. Ao virar a esquina são confrontados pelos nórdicos.

‘Sabíamos que iam fugir. Não percebo porque não gostas de Hilga, mas não te poderia deixar levar a minha Helga sem que soubesse que a quisesses muito.’

‘Qu-Quero’ disse o protagonista entre calafrios.

‘Pois, vendo-te sem calças sei que não és um homem do frio. E Helga também não pode caçar aqui. Dás-nos uma boa review?’

‘Dou!’

Helga aqueceu-o com o seu bafo e o seu abraço.

Depois os fragmentos da realidade pararam. A temperatura tornou-se pixelizada e os eixos dos gráficos desfizeram-se.

O protagonista estava numa arcada moderna sob o jogo intravenoso IVR A holiday to the North, ao seu lado um adolescente borbulhento interveio.

‘Já está, cumpriu o objectivo, parabéns. Agora tem que deixar os outros jogar, já temos fila.’

O protagonista não queria acreditar!

‘Estás a gozar?! Foi uma simulação?! Eu liguei-me àqueles Vikings. Descobri o amor da minha vida!!! E foi tudo uma mentira??!’

O funcionário olhou-o e perguntou:

‘Então, não nos vai dar uma boa review?’