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ERNESTO DE SOUSA

Foto: Encontro no Guincho, 1969

Alquimigramas

EXPOSIÇÃO DE ARTISTAS LUSOS VINCULADOS AO MUSEU VOSTELL

CRIADORES PORTUGUESES PARTICIPAM NUMA MOSTRA DEDICADA A VOSTELL E A ERNESTO DE SOUSA PARA COMEMORAR OS 25 ANOS DA FUNDAÇÃO DO MUSEU: 
ERNESTO DE SOUSA, HELENA ALMEIDA, JOSÉ BARRIAS, IRENE BUARQUE, ALBERTO CARNEIRO, JOSÉ CARVALHO, JOSÉ CONDUTO, MONTEIRO GIL, JOANA ROSA, ANTÓNIO PALOLO, CERVEIRA PINTO, TÚLIA SALDANHA, JULIÃO SARMENTO, JOÃO VIEIRA, FERNANDO AGUIAR.
 As obras dos artistas portugueses, estreitamente vinculados às origens do Museo Vostell Malpartida, podem contemplar-se numa exposição organizada pelo Museu, concebida como homenagem tanto ao artista alemão como ao português E.S. A relação com o Museo Vostell Malpartida iniciou-se em 1976, quando Ernesto de Sousa assistiu à inauguração da escultura-ambiente Voex.
Foram convidados os artistas portugueses que participaram nas primeiras actividades do Museu, como a SACOM II, celebrada entre os dias 7 e 11 de Abril de 1979, que apresentaram obras impregnadas do conceptualismo próprio das tendências daquela época, marcadas pela arte objectual e ambiental, a performance e o happening.

As obras de Ernesto de Sousa apresentadas na homenagem dos 17 artistas portugueses, no Museu Vostell, pertencem à exposição "Esse Ouro Dantes", de que deixamos imagens e a nota de E.S. sobre o processo usado no tratamento das fotografias, que o levou à criação do termo "alquimigramas".

Duas das obras da exposição "Esse Ouro Dantes", na Galeria Quadrum, 1986

NOTA

Estas obras (fotografias, ou melhor, alquimigramas) pertencem à série "Esse Ouro Dantes", mas não são inéditas. São igualmente peças únicas e constituerm ampliações de provas fotográficas com as dimensões 9 x 12, 5 cm (vulgo amplicópia), depois de estas terem sido submetidas a um processo alquímico.
As amplicópias foram escolhidas arbitrariamente. O processo acima referido consistiu no ataque da emulsão por todos os meios físicos e alquímicos possíveis. Por exemplo, metais em fusão, ácidos, água e outros líquidos, pigmentos, como o célebre "cinabrium rosae", etc..
É para este processo que se chama a atenção, mais do que para a obra final.
E.S.
30.5.88


















Exemplar do catálogo, com a anotação manuscrita de Ernesto de Sousa: "Para trabalhar". A capa está trabalhada ao modo do graffiti. Isto é, o trabalho deve ser entendido como processo, acção em devir, mais importantes para ES do que a obra resultante, acabável. A arte é caminho e não objecto. É Obra (Grande), não obrinha.