Epicédio à partida de D. Albertina Lima Gonçalves

PAULO BRITO E ABREU


( fala de Maria da Conceição Brito e Abreu perante
o passamento de sua augusta Madre )

«Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não
morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.» Evangelho de S. João, 12: 24

 Alma pura, que foste uma avezinha,

Minha terna Mãezinha de amaranto,

Perante vós, ó Mãe, Amor se inclina,

O Sol Te oraculiza, e cala o canto.

Se lá, no divo assento, és Tu menina,

Se o Padre Joaquim é qual encanto,

Tu volve, sobre nós, diva divina,

Às Almas Tu of’renda Amor e manto.

Das Madres musicais és Tu Rainha,

Tu és, numa quimera, o Santo Graal.

Oriunda, nos orbes, duma linha

De Santas, e varões de Portugal,

Tu foste, no aljôfar, Albertina,

Que Te cante uma Lira matinal.


Queluz, 29 e 30/ 04/ 2018

AVE MARIA, GRATIA PLENA

PAULO JORGE BRITO E ABREU