Planetas-anões
Plutão, Ceres, Éris, Makemake, Haumea
Plutão
Oh que raiva sente o ser em frente de cujos
passos um planeta sempre se intromete!
Sonho recorrentemente que removo os corpos que
intrusos em minha órbita se intrometem.
É por escassez de massa que o respeito não me é
tributado, ou será escassez de mente?
Que faz de mim Plutão um polémico planeta?
È de minha vontade voltar a integrar o grupo dos
grandes e deixar a outros corpos menores, os que
aguardam por um lugar: Varuna, Ixion, e outros
de belos e misterioso nomes.
Transneptuniana minha linhagem, nenhuma objecção
vejo a que possa transcender as limitações dos
meus antepassados.
Não me agrada a descida do pedestal, ouve,
Caronte e regista,
meu fiel satélite e secretário atento.
A distância a que te encontras isola-te no céu
distante onde esperas vibrante a nave que um dia
te visitará.
Que nos leva a nós a sentir por ti a dor do
status que certamente não sentes?
Éris
Nos confins do sistema como em disco disperso,
eis o maior dos pequenos.
Ceres
De Ceres se sabe o ser embrião que não se
identificando com a família que lhe deram
permaneceu só. Encontrará mais tarde, noutro Céu
a família que escolheu.
Haumea
Habitante do cinturão de Kuiper, venerado pelos
ainda mais pequenos Hi’iaka e Namaka, suas
destroçadas mas não menos fiéis partes, és, tu
próprio descendente de uma família de destroços.
Vejo em ti o albedo e o ovo.
É de deusa teu nome, fertilizada por ela
nasceste e te encontraste.
MakeMake
És o criador mítico da humanidade, segundo os
rapanui, que da Ilha da Páscoa te deram o nome.
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