Em tempo de Coronavírus

NICOLAU SAIÃO
Para desmascarar o vírus da beatice


Há, na verdade, muitos vírus que durante demasiado tempo têm prejudicado a humanidade.

Um deles é o vírus das burlas que, incrementadas por instituições “religiosas” e seus áulicos, manipulam o ser humano no sentido de o controlarem e se servirem dele como objecto do seu poder discricionário e totalitário, abusando sem ética da sua boa-vontade e da sua inocência ante os conceitos mais profundos que espiritualmente lhe são próprios.

Em 2010, o especialista em hebraico e grego Doutor Mauro Biglino – depois de durante algumas décadas ter traduzido para as Edições São Paulo diversos textos a partir do original hebraico – deu-se conta de que algo não batia certo: as Bíblias que temos em casa, mediante traduções orientadas e organizadas de forma capciosa pela teologia, muitas vezes através de interpolações falsas e posteriores, estabeleciam um relato ora insensato ora tendencioso visando encenar sobre o chamado Cânone uma historieta tendo como figura central uma personagem alcandorada em deus do qual, a partir daí, surgiria como consequência uma religião – primeiro com o paulinismo e depois com o constantinismo – que se constituiria como o sujeito e o âmago do mundo ocidental e, seguidamente, tentou e ainda tenta dominar o universo, espalhando-se (por vezes mediante violência) pelos outros continentes e civilizações.

Mauro Biglino, num acto vincadamente demopédico, correndo os riscos de ser caluniado, difamado e até ameaçado na sua existência pelos próceres vaticanistas e derivados, iniciou um trabalho de base que consiste apenas nisto: ler e dar a ler o conjunto de livros, denominados Bíblia, na sua integridade e realidade conceptual, sem as fantasias que os teólogos, a princípio com ingenuidade convenhamos, mas seguidamente com impostura e autoritarismo astucioso, têm cinicamente proposto à Humanidade.

Claro que, a partir daquela data, o Autor de diversos livros iluminantes (“A Bíblia não é um livro sagrado”, “A Bíblia não fala de Deus”, “O falso Testamento”…), não mais pôde publicar qualquer trabalho na Editora São Paolo. Mais: ainda que atacado ferozmente pelos beatos e outros burlões fideístas – e dado que hoje já não é viável a Inquisição oficial, pois vive-se em democracia e as suas constituições não impõem o imperativo papal, antes defendem a liberdade de expressão e opinião – Mauro Biglino tem efectuado conferências sucessivas em diferentes partes do mundo, nas quais com respeito e tranquiidade – apanágio dos espíritos éticos e superiores – tem dado nota das suas constatações e descobertas. Não defendendo, sublinhemo-lo, nenhuma tese – mas “limitando-se” à leitura sem efabulações fantasistas e mentirosas do que naquela originalmente está posto.

O que basta, é o suficiente, para desvelar a impostura secular.

   O vídeo que aqui se deixa, com o abraço a todas as sãs consciências dos confrades, conta com a tradução das legendas da publicista brasileira Jussara Matana e tem estado patente no Youtube, bem assim como diversas outras conferências e entrevistas do estudioso italiano, que vos suscitamos a ver.

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https://youtu.be/MwlcrslfoUE