Dias serão os dias com suas trevas e as noites concebidas estreladas, estrofes consoladas por uma poética vulgar. Verbo é o símbolo da agonia: quanto custa ao homem converter-se em evidência. Imensa a dor e sua ressonância, venha do grito ou de seu revés. Dias de queda, barrocos, exaustivos, adegas que não ressuscitam a alegria do vinho. Suportará berenices, mas nunca um espelho sem imagem. Refeito um dia de quantas gotas, todas de melancolia? Tudo em si é pesar, a refletir a névoa de seu próprio entendimento. Já não percebe os sussurros do silêncio. Queda a queda disfarçada em poema. Que epifania buscas ainda na ruína de teu esplendor? |