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HÉLIO RÔLA... |
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O barulho é mais embaixo... |
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A contaminação do viver humano com lixo
acústico degrada a saúde pública e o convívio social
...pelo
que dizem, ultimamente, as notícias faladas, escritas e televisivas
é indiscutível que a Semam desenvolve um excelente e pertinente
trabalho, com base na lei e pulso forte- muito bem!- objetivando atenuar
a poluição sonora que infelicita a cidade de Fortaleza, uma cidade
que, há mais de 20 anos, foi tomada de assalto e arrastada pela
indústria do entretenimento pirata, "out law", sem alvarás e outras
exigências legais. Mas, sempre com a inconsistente
desculpa "oficial" de que se tratava de "cultura", de "turismo",
de "oportunidade de emprego e renda" e etc...O resultado é essa
barbárie que aí está. Quem são os artífices e também vítimas dessa
tragédia? A PMF não tem como ficar de fora dessa
responsabilidade...ou tem?
Muito
bem, entretanto, seria politicamente correto e esperado se ela, a PMF,
nessa cruzada, também desse conta da poluição sonora resultante
dos "movimentos culturais" em que ela aparece como promotora ou
co-promotora de eventos superdecibélicos ...O caso mais recente e
eloquente foi a Feira da Música que, poucos dias atrás, (20, 21, 22
2 23/09) se realizou, note-se: a co-promoção da Coelce, durante um
fim de semana inteiro no Centro Dragão do Mar...Digo isso porque
estive lá numa tarde daquelas, visitando, como qualquer turista
ou visitante local, a excelente mostra do fotógrafo José Albano e
me senti bastante incomodado, juntos com outros visitantes, com o
excessivo som (de infindáveis ajustes e ensaios...) que emanava de
uma montanha de caixas de som instaladas em um super-palanque
montado na exígua Praça Verde ...Um amigo que mora nas imediações
me disse que durante os 4 dias do evento somente conseguiu dormir
depois das 4 horas da madrugada...Na sexta-feira, de tarde, 21,
estive lá mais uma vez e decidi ver de perto "aquela arrumação"
cultural...E, como quem não quer e querendo, perguntei a uma das
pessoas que, diligentemente, dava os toques finais na parafernália
sonora, quantos decibéis aquela geringonça seria capaz de produzir e
jogar em cima do povo..."Arrochando, uns 125 decibéis," foi
o que ele me respondeu...Meu Deus, quanto barulho! Saí dalí pensando
no dimensionamento da relação entre tanto som e a exiguidade da
Praça Verde, naquele espaço de animação cultural....O que diz a
Semam? Com a palavra a PMF...
Saudações
da pARTE do Hélio Rôla
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