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REVISTA
TRIPLOV
de Artes, Religiões e Ciências
ISSN 2182-147X
NOVA SÉRIE |
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Almandrade |
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Retrospetiva 2015 |
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Almandrade mostra seleção de trabalhos produzidos
entre a década de 1970 e os dias de hoje.
Em SALVADOR e SÃO PAULO
A mostra é constituída de
diversos suportes utilizados por Almandrade. São
trabalhos elaborados dentro de princípios e
critérios que vêm direcionando a produção do
artista, por mais de quatro décadas.
Entre a geometria e o conceito,
entre a forma e a palavra, entre o rigor espacial e
a poesia. Assim caminha a obra do artista plástico
Antonio Luis Morais Andrade, o Almandrade, expoente
baiano da arte conceitual e, hoje, um dos grandes
nomes das artes visuais brasileiras, com uma
produção respeitada nos principais circuitos de arte
do país e reconhecida internacionalmente. A partir
do dia 18 de junho, parte dessa produção poderá ser
vista na Roberto Alban Galeria de Arte, em Ondina,
integrando a mostra “Entre a Palavra e o Conceito”,
em cartaz até o dia 19 de julho. Outra parte poderá
ser vista em São Paulo na Galeria Baró, Rua Barra
Funda, 216, a partir de 04 de julho.
Almandrade compromete-se com a
pesquisa de linguagens artísticas que envolve artes
plásticas, poesia e conceitos. No percurso do
artista destaca-se a passagem pelo concretismo,
poesia visual, poema / processo e a arte conceitual,
nos anos 70, o que contribuiu fortemente com a
incessante busca de uma linguagem singular, limpa,
de vocabulário gráfico sintético. De certa forma, um
trabalho que sempre se diferenciou da arte produzida
na Bahia.
Na Bahia, Almandrade foi
solitário no seu engajamento à arte concreta e
conceitual. Ainda assim, conquistou o respeito
crítico. Suas obras, alvo de pelo menos 30
exposições individuais, já freqüentaram pelo menos
quatro edições da Bienal de São Paulo e hoje
integram importantes coleções particulares e de
museus como Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu de
Arte do Rio Grande do Sul, Museu Nacional de Belas
Artes (RJ), Pinacoteca Municipal de São Paulo, Museu
Afro (SP) e Museu Nacional (DF).
Mais recentemente, Almandrade, a
convite do curador do Museu Inhotin, Rodrigo Moura,
teve sua obra exibida em espaço destacado na SP-
Arte (Feira Internacional de Arte de São Paulo),
hoje o mais relevante evento do mercado de artes do
hemisfério sul. Além disso, seu conjunto de
trabalhos foi alvo de visita de estudo, em Salvador,
por parte de pesquisadores do Museu de Arte Moderna
de Nova Iorque (Moma). O artista foi também
convidado para participar da Bienal Tridimensional
do Rio de Janeiro, que acontece em setembro próximo,
e teve um dos seus trabalhos escolhidos pelo curador
do Museu Guggenheim, Pablo Leon de la Barra, atual
diretor da Casa França-Brasil (RJ), para integrar
uma seleção das dez melhores obras apresentadas na
última Art-Rio (Feira Internacional do Rio de
Janeiro/2014).
Arquiteto de formação, mestre em
Desenho Urbano, Almandrade identifica um momento
internacional de reconhecimento e valorização da
produção de poesia visual, poema processo, arte
conceitual e tendências construtivas, de artistas e
poetas brasileiros que intensificaram o
experimentalismo nos anos de 1970.
“Almadrade
joga com o cheio e o vazio e ainda com seus textos
que colocam o espaço natural em questão, nos
obrigando a procura pelo entendimento de seus
enigmas. A partir de seus Ready Made mentais, de
signos e de palavras simples, eles nos força ainda a
refazer mentalmente o processo de construção da
obra, podendo levar à frustração imposta pela
dúvida. Suas obras silenciosas e sintéticas sob
formas essenciais são aforismos visuais que conduzem
a novas percepções e concepções.”
Marc Pottier
(curador das mostras)
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ALMANDRADE
“Entre a Palavra e o Conceito” ROBERTO ALBAN
GALERIA
Rua Senta Pua 53 Ondina Cep 40170.180
Salvador Bahia Brasil 55 71 3243.3982 | 3326.5633
www.robertoalbangaleria.com.br
18 de Junho a 19 de Julho de2015
ALMANDRADE
(poemas visuais, desenhos, pinturas,
gravuras, objetos, esculturas e instalação) 04de Julho a 05 de
Setembro de2015
B A R Ó
www.barogaleria.com
Rua Barra Funda, 216 01152-000 São Paulo |
Brasil 55 11 3666.6489
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Almandrade
artist, poet and architect resident in Salvador,
Bahia, was a member of the group of artists creator of the
Poema/Processo movement and one of the founders of the Grupo de Estudos
de Linguagem da Bahia, who edited the Semiótica magazine in 1974. Since
the 1970 she produces work geared towards conceptualism and minimalist
aesthetics, having a great part of it transiting through national postal
services – as in the case of the sealed envelope which he sent to his
friends in the year 1973, where the word inside could only be revealed
when it was held against the light (a classic method used by spies),
where one could read “psiu” (or “shush”), a reference to the political
system’s control over discourse at the time of the Brazilian
dictatorship.
Antonio Luiz M. Andrade, better known
under the pseudonym Almandrade, is one of the main representatives of
the Brazilian visual poetry, which prevailed in the 1970s. Sculptures,
paintings, poems and other visual objects illustrate his 40 year
artistic career.
The drawings, paintings, visual poems,
artist books and objects by Almandrade, acronym for Antonio Luís Morais
Andrade (born in São Felipe, Brazil, 1953 and lives in Salvador),
contain, at the same time, inventiveness and enigma. The blank paper is
always a protagonist. On it, shapes and lines, letters and words, are in
constant feedback. That which, at first sight, may seem an abstract form
reveals being a poem—and vice versa. In this semantic ballet, Almandrade
has been paving the way over the last four decades towards becoming one
of the most creative authors of visual poems in Brazil. His work absorbs
and synthesizes influences from several sources—from process-poem to
comic strips, from visual communication to calligrams, from concrete to
popcrete. His interests include everything from the human body to
politics, including speech acts, architecture (which is the field he
studied), and geometric abstraction.
Rodrigo Moura
The 3rd Bahia Biennial in 2014 was to me
a privileged occasion when I discovered Almandrade’s work. Various
aspects of his work were presented. The first proposal was an incredible
three-dimensional exercise, going from a big sculpture located at UFBA’s
Ondina Campus to amazing mockups in small scale at São Bento Convent:
colorful compositions that dialogue with the landscape and the buildings
or the convent’s volumes, evoking, in an interesting paradox, the rigor
of Franz Weissmann or Amilcar de Castro’s shapes, but also a labyrinth
by Hélio Oiticica (as we can see in Inhotim). We could also think about
Mondrian, with his refined composition-landscapes, made of horizontal
and vertical lines. The different planes that interpenetrate offer
visitors a balanced game of colorful geometrical shapes aired, in some
situations, by windows of shade and light of constructive and minimalist
tradition. As Francisco Antônio Zorzo notes, Almandrade “intentionally
keeps a distance from baroque, expressionism and other sensual like
trends that are recurrent in Bahia and Brazil’s art”. Actually, by
discovering this tentacular work, the Biennial presented also numerous
drawings and poems, thus the artistic references fade a little and make
us travel away from Bahia.
Sculpture, assemblage made with simple
everyday objects, drawings, engravings; all his works are part of a
subtle base of humor, from where rises all pleasure. He makes us belong
to an intelligent world where it’s possible to get along with reality.
His strict graphic vocabulary, with an economy of means, the shape
games, sometimes of chromatic oppositions, propose minimum, subtle,
forgery free works. Almandrade plays with the full and the empty and
also with his texts that place the natural space in discussion,
compelling us to search for the understanding of his enigmas. From his
mind Ready Made, of signs and simple words, he forces us to mentally
remake the work’s construction process, which might lead to the
frustration imposed by doubt. His silent and synthetic works under
essential shapes are visual aphorisms that lead to new perceptions and
conceptions.
Marc Poitier
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Almandrade (Antônio Luiz M. Andrade).
Artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano e poeta.
Participou de várias mostras coletivas, entre elas: XII, XIII e XVI
Bienal de São Paulo; "Em Busca da Essência" - mostra especial da XIX
Bienal de São Paulo; IV Salão Nacional; Universo do Futebol (MAM/Rio);
Feira Nacional (S.Paulo); II Salão Paulista, I Exposição Internacional
de Escultura Efêmeras (Fortaleza); I Salão Baiano; II Salão Nacional;
Menção honrosa no I Salão Estudantil em 1972. Integrou coletivas de
poemas visuais, multimeios e projetos de instalações no Brasil e
exterior. Um dos criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que
editou a revista "Semiótica" em 1974. Realizou cerca de vinte exposições
individuais em Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo
entre 1975 e 1997; escreveu em vários jornais e revistas especializados
sobre arte, arquitetura e urbanismo. Prêmios nos concursos de projetos
para obras de artes plásticas do Museu de Arte Moderna da Bahia,
1981/82. Prêmio Fundarte no XXXIX Salão de Artes Plásticas de Pernambuco
em 1986. Editou os livretos de poesias e/ou trabalhos visuais: "O
Sacrifício do Sentido", "Obscuridades do Riso", "Poemas", "Suor Noturno"
e Arquitetura de Algodão". Prêmio Copene de cultura e arte, 1997. Tem
trabalhos em vários acervos particulares e públicos, como: Museu de
Arte Moderna da Bahia e Pinacoteca Municipal de São Paulo. |
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