Realizaram-se no dia 28 de Abril de 2007, na Universidade de Évora, um Encontro, uma exposição dos alunos de Artes Visuais da Escola Secundária Gabriel Pereira, mostras de tecelagem, de objectos em feltro, em cerâmica, performances, o lançamento de um livro sobre pigmentos e corantes, etc., a encerrarem o Curso livre "A exaltação da cor", com excelente organização de Alexandra Soveral Dias. Um dia de movimento e alegria, com actuações de grande valor.

Entre a informação prestada pelos oradores do Encontro, houve uma que me deixou algo chocada, porque sempre tive a ideia de que a paisagem urbana e do monte alentejanos se caracterizava pela brancura. E por diversas vezes hei-de ter transmitido a outrem essa ideia, naquilo que escrevo, com isso prestando falsas informações. É conhecido que os edifícios e estátuas clássicas deram origem a uma estética da ruína, do fragmento, do edifício e da estatuária de pedra à mostra, quando na origem eram pintados de cores vivas, e não raro os olhos das estátuas eram feitos com pedras preciosas. Porém, a respeito das cores do Alentejo, era grande a minha ignorância. Necessário se torna então reformular o conhecimento, para nos habituarmos às novas cores que hão-de vir e já se entrevêem em alguns lados, como nas imagens abaixo, do Hotel Convento de São Paulo, perto do Redondo.

Maria Estela Guedes

Primeiro de Maio de 2007