JOÃO GARÇÃO
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INDEX |
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Jardim das Tormentas I e II |
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Os jardins encantados |
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O meu primeiro jardim foi o quintal da madrinha Francisca. Havia rosas, dálias, vasinhos com manjericos e outras flores que eu não conhecia. A certa altura, quando ainda não chovia ou chovia pouco a laranjeira enchia-se de flores pequeninas, brancas, lindas que faziam alergia ao meu pai e ele espirrava e franzia o nariz e eu e o mano fartávamos de rir mas era por brincadeira. A seguir tive um jardim que era quase só meu, pois ficava ao pé do Cinema, nas traseiras da parte da Geral e quando eu descia para a Escola nunca, mas mesmo nunca, havia lá ninguém. E depois, já muito grande e misterioso, foi o jardim da Corredoura. Aí já havia pessoas pelos bancos a ler, malta a namorar e se eu tivesse sorte no passeio o ti’ Tranquilhas passava e lá ia um ou outro barquilho ou chupa-chupa. Depois cresci. Tive jardins em Coimbra, ao pé do Santa Cruz onde treinava co’a Briosa, lá para os lados de cima perto do Penedo da Saudade e antes de se chegar à Baixa. Em Florença e Aix-en-Provence também havia e muito belos mas falavam todos estrangeiro. As fotografias que lhes tirei, contudo, ficaram como se as tivesse traduzido. Já vi jardins onde havia neve mas quando os recordo tenho sempre uma sensação calorosa. João Garção |
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Outros espaços da ciência no sítio: |
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Outros espaços da espiritualidade no sítio:ISTA - site do Instituto S. Tomás de Aquino |
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