O MAGO, METÁFORA DO POETA (3)
CLAUDIO WILLER

3. Poesia, ocultismo e sua dimensão política

Além das chaves para a decodificação sugeridas por doutrinas herméticas, esotéricas ou ocultas, interessa sua relação com aquilo que constitui o poema, e não apenas com sua temática e componentes do conteúdo. O predomínio do pensamento analógico é associado por Octavio Paz, entre outros autores, ao ritmo, a correspondências sonoras, ao valor prosódico. Seu fundamento é o desconhecimento ou a crítica do princípio da identidade, de que uma coisa, sendo o que é, não pode ser outra.

É preciso rejeitar a qualificação, tão freqüente, da criação poética fundada no pensamento analógico em geral, e no ocultismo em especial, como “irracionalismo”. Trata-se antes de um outro pensar, de um modo alternativo com relação à razão discursiva. Entre tantos outros de seus defensores, cabe citar André Breton, no prefácio á coletânea de poemas Signe ascendant:

O método analógico, homenageado na antiguidade e idade média, desde então grosseiramente suplantado pelo método “lógico” que nos conduziu ao impasse que se sabe, o primeiro dever dos poetas, dos artistas, é restabelecê-lo em todas as suas prerrogativas, às custas de arrancá-lo a seus subentendidos espiritualistas que, tendo sempre se comportado com relação a ele como parasitas, viciam ou paralisam seu funcionamento.

Uma de suas derivações é a crença, não só nas correspondências em geral, mas em uma relação especial, aquela entre macro e microcosmo, e, por decorrência, o que está “no alto” e “em baixo”, como é dito no texto atribuído a Hermes Trimegisto, a Tábua Esmeralda:

É verdade, sem mentira, certo e muito autêntico.

O que está em baixo é como o que está em cima, e o que está em cima é como o que está em baixo; por estas coisas se fazem os milagres de uma só coisa.

E como todas as coisas são e provém de Um, pela mediação de UM, assim todas as coisas nasceram desta coisa única, por adaptação.

Tudo isso emerge em um contexto de especial importância, freqüentemente obscurecido ou deixado de lado por análises exclusivamente formais: aquele da rebelião, da expressão enfática da contradição entre poesia (e o poeta) e sociedade.

Poetas foram a favor do ocultismo, da visão mágica do mundo, por serem contra seu tempo e sua sociedade. A politização, até mesmo de autores mais reacionários sob o prisma de doutrinas propriamente políticas, é sugerida por Octavio Paz em O Arco e a Lira, e examinada em maior detalhe, na obra que o prossegue, Os Filhos do Barro. E isso, já no prefácio desse ensaio sobre a tradição da ruptura:

Em sua disputa com o racionalismo moderno, os poetas redescobrem uma tradição tão antiga como o próprio homem, a qual, transmitida pelo neoplatonismo renascentista, além das seitas e correntes herméticas e ocultistas dos séculos XVI e XVII, atravessa o século XVIII e chega a nossos dias. Refiro-me à analogia, à visão do universo como um sistema de correspondências e à visão da linguagem como o duplo do universo.

As mitologias mais ou menos pessoais, feitas de retalhos de filosofias e religiões, como diz Paz, também em Os Filhos do Barro, apontam para a unidade dentro da diversidade:

Apesar dessa vertiginosa diversidade de sistemas poéticos – isto é: no centro mesmo dessa diversidade – é visível uma crença comum. Essa crença é a verdadeira religião da poesia moderna, do romantismo ao surrealismo, e aparece em todos os poemas, às vezes de uma maneira implícita e outras, em número maior, de maneira explícita. Denominei-a analogia.

Retomando o que havia dito em O Arco e a Lira sobre a situação marginal do poeta na sociedade contemporânea, prossegue, equiparando os poetas-magos a uma cultura underground:

A poesia moderna oficia no subsolo da sociedade e o pão que divide entre seus fiéis é uma hóstia envenenada: a negação e a crítica. Mas essa cerimônia entre trevas é também uma procura do manancial perdido, a água da origem.

Enquanto em O Arco e a Lira há uma comparação geral entre poetas e magos, convertendo, conforme observado, uns em metáforas dos outros, em Os Filhos do Barro, apesar desta obra não se propor a ser uma história da literatura, é apontado onde e quando tais relações ocorrem:

A analogia entre magia e poesia é um tema que reaparece ao longo dos séculos XIX e XX, mas que nasce com os românticos alemães. A concepção da poesia como magia implica uma estética ativa; quero dizer, a arte deixa de ser exclusivamente representação e contemplação: é também uma intervenção sobre a realidade. Se a arte é um espelho do mundo, esse espelho é mágico: transforma-o.

Portanto, é na adoção do que Paz chama de estética ativa, e não apenas em componentes formais, em modos de versificar, ou temáticos, como a recuperação da Antiguidade e Idade Média, ou ainda na utilização de um vocabulário mais amplo, popular ou folclórico, que reside o corte, a ruptura e diferença fundamental entre romantismo, de um lado, e o Barroco e classicismo, de outro:

A poesia romântica não foi só uma mudança de estilo e linguagens: foi uma mudança de crenças, e é isto o que a distingue dos outros movimentos e estilos poéticos do passado.

Semelhante conceito de poesia romântica e romantismo reescreveu a história da literatura. O romantismo deixa de ser, nessa ótica, mais um movimento circunscrito no tempo, cobrindo o período que iria das Noites de Young e do Sturm und Drang até, possivelmente, Baudelaire, porém uma postura. E, como tal, um continuum que se estende até a contemporaneidade:

Na realidade, os verdadeiros herdeiros do romantismo alemão e inglês são os poetas posteriores aos românticos oficiais, de Baudelaire aos simbolistas.

A mesma revisão havia sido proposta no Segundo Manifesto do Surrealismo de André Breton. Ao referir-se a

...um pequeno número de obras muito modernas, as mesmas das quais o mínimo que se possa dizer é que nelas o ar é particularmente insalubre: Baudelaire, Rimbaud (a despeito das reservas que fiz), Huysmans e Lautréamont, para ficar só na poesia,

Breton propõe erigir em lei essa insalubridade. Afirmava ainda, a propósito do centenário do romantismo, que:

... na hora em que os poderes públicos na França preparam-se para celebrar grotescamente com festas o centenário do Romantismo, nós dizemos que esse romantismo, do qual aceitamos, historicamente, ser considerados como cauda, mas então cauda de tal modo preênsil, por sua essência mesmo em 1930, reside inteiramente na negação desses poderes e dessas festas, que ter cem anos é para ele a mocidade, que isso, que se chama erradamente sua época heróica não pode mais, honestamente, passar senão pelo vagido de um ser que mal começa a dar conhecimento de seu desejo através de nós, e que, admitindo-se que aquilo que foi pensado antes dele - “classicamente” - era o bem, quer, incontestavelmente, todo o mal.

Tanto Paz quanto Breton acentuam, portanto, a negação ou negatividade do romantismo como seu traço distintivo. Conseqüentemente, politizam-no: Com toda a sua diversidade de autores e fases, em seu fundamento foi um movimento, crença ou atitude contra a ordem estabelecida. Há indicações de que esta seria uma visão moderna do romantismo, pelo que sustentam em um livro mais recente os estudiosos de Baudelaire, Pichois e Ziegler, sobre a origem romântica do socialismo:

O socialismo ou antes os socialismos designam uma série de facetas do romantismo, sob condição de que também se esqueça a acepção mesquinha que davam a esse termo os manuais de literatura francesa. O romantismo tem dois rostos, um nostálgico, voltado para o passado, o outro enérgico, voltado para o futuro, até a Utopia e prolongando a tendência ao progresso do século das Luzes. Esses dois rostos bem pertencem ao mesmo Ser, que procura recriar a unidade do mundo, unidade que desde o Renascimento a ciência moderna o fez perder. Essa unidade só pode ser reencontrada por um pensamento sintético, simbólico e analógico, totalmente diferente do pensamento analítico, determinista e lógico, que funda a ciência. O pensamento analógico estrutura o mundo nele incluindo o homem pelas sinestesias e pelas correspondências.

Em seguida, Pichois e Ziegler tocam nas noções de unidade e harmonia em Fourier, antes de entrarem no que os interessa diretamente, a participação de Baudelaire em clubes e associações de orientação socialista antes de 1848.

Nessa perspectiva histórica ampla, que repensa o romantismo, vê-se um trajeto das manifestações e metamorfoses da analogia ao longo dos tempos. Vai da magia “primitiva” e da Antiguidade, passando por gnósticos, até românticos e simbolistas. Retornando a Os Filhos do Barro de Octavio Paz:

A analogia aparece tanto entre os primitivos como nas grandes civilizações do começo da história, reaparece entre os platônicos e os estóicos da Antiguidade, desenvolve-se no mundo medieval e, ramificada em muitas crenças e seitas subterrâneas, converte-se desde o Renascimento na religião secreta, por assim dizer, do Ocidente: cabala, gnosticismo, ocultismo, hermetismo. (...) A influência dos gnósticos, dos cabalistas, dos alquimistas e de outras tendências marginais dos séculos XVII e XVIII foi muito profunda, não só entre os românticos alemães, como no próprio Goethe e seu círculo. A mesma coisa deve-se dizer dos românticos ingleses e, claro, dos franceses. De seu lado, a tradição ocultista dos séculos XVII e XVIII entronca-se com vários movimentos da crítica social e revolucionária, simultaneamente libertária e libertina.

Octavio Paz não está sozinho ao propor esse traçado histórico e essa genealogia, do gnosticismo à poesia. Acompanha André Breton, no ensaio-manifesto Flagrant délit (na coletânea La clé des champs) ao registrar a importância da então recente descoberta dos “evangelhos gnósticos” no Egito (em 1949), e observar:

Sabe-se, com efeito, que os gnósticos estão na origem da tradição esotérica que consta como tendo sido transmitida até nós, não sem se reduzir e degradar parcialmente ao correr dos séculos. (Os Templários teriam recebido seus preceitos na Ásia, na época das primeiras cruzadas, de um resto de Maniqueus que lá encontraram). Ora, é notável que, sem haverem de modo algum combinado isso, todos os críticos verdadeiramente qualificados de nosso tempo foram levados a estabelecer que os poetas cuja influência se mostra hoje a mais vivaz, cuja ação sobre a sensibilidade moderna mais se faz sentir (Hugo, Nerval, Baudelaire, Rimbaud, Lautréamont, Mallarmé, Jarry), foram mais ou menos marcados por essa tradição. Não, é certo, que se deva tê-los por “iniciados” no sentido pleno do termo, mas os uns e os outros pelo menos foram submetidos fortemente a sua atração e nunca deixaram de testemunhar-lhe a maior deferência.

Nesse comentário, Breton faz alusão, ou parece fazer, a La poésie moderne et le sacré, de Jules Monnerot, obra precursora (de 1945) ao salientar a importância dos gnósticos, especialmente dos dissolutos, e sua presença na poesia moderna. Monnerot chega a fazer um inteligente paralelo entre, de um lado, cristãos e gnósticos, e de outro comunistas e surrealistas, no qual os comunistas soviéticos estariam para os cristãos assim como os surrealistas estariam para os gnósticos dissolutos.

Falar de poesia romântica, nesse sentido amplo, seria falar da relação entre poesia e filosofias ocultas, conforme, novamente, observa Octavio Paz, desta vez citando, com total propriedade, o Breton de Arcane 17:

...de Blake a Yeats e Pessoa, a história da poesia moderna do Ocidente está ligada à história das doutrinas herméticas e ocultas, de Swedenborg a madame Blavatsky. Sabemos que a influência do abade Constant, aliás Éliphas Lévi, foi decisiva não apenas em Hugo como em Rimbaud. As afinidades entre Fourier e Lévi, diz André Breton, são notáveis e se explicam porque ambos inserem-se em uma imensa corrente intelectual, que pode ser seguida desde o Zohar e que se bifurca nas escolas iluministas dos séculos XVIII e XIX. Tornamos a encontrá-la na base dos sistemas idealistas, também em Goethe e, em geral, em todos aqueles que se recusam a aceitar como ideal de mundo a identidade matemática.

Um percurso histórico como este desemboca forçosamente em dois herdeiros de Swedenborg, o cientista e visionário que pensou o universo como unidade e organismo vivo. Um deles, um pensador político; outro, um poeta: Fourier e Baudelaire. Em Os Filhos do Barro, Fourier é o passo

...do misticismo erótico de um Restif de la Bretonne à concepção de uma sociedade movida pelo sol da atração apaixonada.

E Baudelaire é quem fez da analogia o centro de sua poética.

Na discussão sobre ocultismo e literatura, Baudelaire é mesmo a figura central, assim como o é com relação a tantos outros temas: crítica, estética do horror, o específico da modernidade, o poeta na metrópole, o primado da imaginação, a obra de arte como sistema de relações e não como representação, etc. O paralelo entre Fourier e Baudelaire é correto, assim como é situá-los, aos dois, na genealogia swedenborguiana, e, ainda, acrescentar as indicações dos estudos citados acima. São trabalhos, esses aqui utilizados, que contribuem para cobrir a lacuna, observada por Sarane Alexandrian em seu apreciável História da Filosofia Oculta, e que consiste na falta de estudos abrangentes da relação da literatura com ocultismo. Mostram que ainda há muito a ser dito sobre as relações entre criação literária e o interesse ou efetiva participação de escritores em grupos de estudo, doutrinas, ordens e seitas vinculados à Filosofia Oculta ou Ciências Herméticas.


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