China e Rússia preparam a desocidentalização do mundo

 

 

 

 

 

 

ANTÓNIO JUSTO


Paradoxalmente a União Europeia implementa o
Declínio económico-cultural da Europa

Aquando da visita de Xi Jinping a Vladimir Putin em Moscovo, Xi afirmou que estão previstas “mudanças nunca vistas nos últimos 100 anos”: “desta vez somos nós que as lideramos em conjunto” .

A guerra entre os EUA/OTAN e a Federação russa na Ucrânia apressou o desenvolvimento do agrupamento de países que em 2011 tinha adoptado a sigla BRICS.

BRICS é um poderoso agrupamento das principais economias de mercado emergentes do mundo, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. É a agremiação rival do grupo G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá – a Rússia foi expulsa). Os países da BRICS visam promover a paz, a segurança, o desenvolvimento e a cooperação. Os seguintes 16 países pediram formalmente para ingressarem no BRICS: …

Como contrarreação à formação de uma nova ordem internacional, os políticos europeus (especialmente a Alemanha), desenvolvem, atualmente, grande atividade diplomática para criar laços económicos e políticos mais fortes na África, e na Ásia e os americanos estabelecem parcerias militares na Austrália e no Japão.

Trata-se de preparar a criação de uma nova ordem mundial bipolar: um polo em torno dos EUA e outro em torno da China (de um lado o núcleo capitalista e do outro o núcleo socialista).

O BRICS com 31,5% do PIB global já ultrapassou o G7 no PIB global com 30% (1). O BRICS pretende alcançar 50% do PIB global até 2030. Colaboram em questões de interesse mútuo, como, economia, segurança nacional e saúde pública. Os países do BRICS têm ainda reduzido volume a nível de tráficos económicos mútuos, sendo o seu comércio com os EUA e a UE 6,5 vezes maior. O comércio bilateral entre a China e a Coreia do Sul é quase tão grande quanto entre os países do BRICS…

Já têm o NBC (Novo Banco para o desenvolvimento) chefiado por Dilma Rousself. Numa estratégia de ‘não dependerem do dólar ou do euro’, estão a trabalhar na sua própria moeda…

O conflito entre os EUA/OTAN e a Federação Russa será inteligentemente aproveitado pela China para fortalecer o seu poderio à custa dos dois blocos em guerra…

É doloroso, encontramo-nos numa época de luta de imperialismos mais ferozes que nunca!