Traços da globalização: 2002
 

A globalização desenrola-se há milénios mas este milénio que agora começou é o primeiro que abriu já globalizado, em termos da aceitação universal do conceito na ordem económica.

Quando começou a globalização? Com a migração do sapiens a partir da Etiópia há muitos milhares de anos? Mas entretanto acontecia que já havia uns neandhertais por aqui, na península ibérica…que terão sido extintos. Ou antes, muito antes, com a deriva do código genético mutável e recombinável até à(s) origem(ns), provavelmente em meio aquático…milhões de anos atrás. Em rigor, todos nós que agora aqui estamos temos milhões de anos de idade, porque essa é a idade do fio do tempo em que o nosso código genético se foi formando até acontecer concretizado nas nossas pessoas.

 
O Livro do Génesis
 

Nos últimos séculos a globalização foi operada sobretudo por povos vinculados ao Antigo Testamento e em particular ao livro do Génesis. Nele se afirma que Deus concebeu o homem à sua imagem e semelhança para que crescesse e se multiplicasse e assim dominasse a terra e os mares. O versículo termina dizendo que Deus gostou do que viu e abençoou a obra.

Neste versículo existe uma legitimação ideológica inicial (à imagem e semelhança de Deus) e uma legitimação final (a benção) para a efectivação de uma ordem sobre os crentes: crescei e multiplicai-vos para dominar. Esta injunção constitui-se num comando expansionista que obriga a dominar território atrás de território… e assim conquistar o globo. Este enunciado religioso é comum aos Judeus, aos Cristãos e aos Muçulmanos.

Reconhecem-se em primeiro lugar os Judeus, ainda por cima com agravante de se considerarem o povo eleito, o que induz uma lógica de exclusão e dominação sobre qualquer outro povo e em particular sobre os povos vizinhos. Para os Judeus, ter muitos bens e muitos filhos é a recompensa dada por Deus na Terra àqueles que o merecem. A legitimação fica tautológica: ter muitos bens e filhos (não importa como, a menos da salvaguarda das regras éticas internas à comunidade hebraica) é a prova real de que eram merecidos.

Entramos assim no domínio do verbo ter enquanto corolário do processo de identificação do povo eleito. E é assim que foram os Judeus os actores do capitalismo financeiro; o seu processo de identificação permite-lhes a usura e todos os mecanismos associados, desde que exercidos sobre os outros. Os príncipes e os nobres queriam dinheiro para a guerra ou para os palácios e os judeus emprestavam, com juros, por conta dos impostos do(s) próximo(s) ano(s). Os impostos vêm de outra ordem de legitimação: o Império Romano. A administração territorial baseava-se no emparcelamento do território através de unidades rurais – pagus - que se reportavam ao imposto a pagar a Roma pelos povos subjugados.

O diagnóstico do binómio ser/ter é o fulcro de qualquer análise sobre o capitalismo. Qualquer forma de capitalismo expressa-se por legitimar a posse à cabeça (capita): a propriedade privada. O étimo capita serve para conjugar simultaneamente o indivíduo e uma racionalidade. O capital é o conjunto de bens e valores adstrictos a uma cabeça, um indíviduo singular e pensante.

 
Um trecho de história
 

No princípio do século XVI, o processo de acumulação financeira dos judeus atinge a dimensão imperial, com a compra dos votos dos eleitores do Sacro Império Romano-Germânico (os eleitores da Saxónia ou da Baviera, do palatinato do Reno, etc.) pela família Fugger encabeçada por Jacob, “O Rico”, visando a eleição de Carlos de Espanha contra Francisco de França (1519); a contrapartida eram os 5% de imposto sobre todas as transações comerciais efectuadas com a América do Sul, no império onde o Sol nunca se punha. Também é verdade que às tantas a dívida ficou de tal monta que a Espanha se declarou insolvente (no que foi seguida pela França e por Portugal) e anulou qualquer pagamento para os Fugger (o empório Fugger foi à falência). Hoje, diz-se que os bancos norte-americanos que comandam os fluxos monetários na economia mundial são dominados por judeus.

A expansão do capitalismo comercial teve outro desenvolvimento, amparado no catolicismo (e também no islão). O comércio era visto como uma actividade normal retributiva no meio católico. O dispositivo ideológico da confissão e arrependimento do pecado e o consequente perdão com uma penalização aposta pelo padre feita em nome de Deus, facilitavam a relação de co-mercê (troca) entre pessoas e, por extensão, entre todas as partes do sistema (o limite atingiu-se com o comércio das indulgências de que falaremos à frente). Génova, Veneza, Sevilha, Roterdão ou Lisboa foram entrepostos comerciais muito importantes, pode dizer-se globais, nas suas épocas.

No final do século IV o cristianismo converteu-se em religião de estado do (que restava do) Império Romano. A europa feudal ergue-se sobre os restos da organização territorial deste império atravessada pela cristianização, semeada de castelos e mosteiros. Em 476 d.C. cai Roma mas a cristianização dos povos prossegue. Em 596 o cristianismo tinha alcançado os Anglo-Saxões, e em 966 foi adoptado como religião na Polónia; por volta do ano 989 começava a cristianização da Rússia e pouco depois iniciava-se a reconquista cristã na Península Ibérica (1063). Em 1096, Afonso VI de Leão entregou Portugal e Coimbra ao conde D. Henrique de Borgonha. Nessa mesma data iniciava-se a primeira cruzada que alcança Jerusalém em 1099. A cruzada de Lisboa ocorreu em 1147. Em 1144 o papa Lúcio II tinha reconhecido Afonso Henriques como duque; em 1179 o papa Alexandre III reconhece Afonso I como rei de Portugal.

Por cá tinhamos sido objecto da expansão rápida do Islão para ocidente. A fuga de Maomé de Meca para Medina data de 622 (o início do calendário muçulmano) e cerca de 90 anos depois (711) começa o reinado mouro na parte sul da Península Ibérica; os muçulmanos são parados em 732, por Carlos Martelo rei dos Francos, na batalha de Poitiers para lá dos Pirinéus.

Islão quer dizer submissão à vontade de Allah: Deus misericordioso; como se pode concluir, fica particularmente potenciada a figura do martírio como exercício limite de submissão e prova de crença absoluta. E também, como divulgar a palavra do profeta é tido como missão prioritária, dela deriva como corolário agressivo o conceito de Jihad (guerra santa). Em cerca de 100 anos os muçulmanos percorreram e colonizaram todas os territórios árabes e berberes do N. de África e estabelecem no sul da península o califado de Córdova. Enquanto no ocidente o Islão estava em retracção no próximo oriente expandia-se: em 1453 cai Constantinopla nas mãos dos turcos. Por cá o reino de Granada caíra em 1492, simultaneamente o ano da expulsão dos judeus dos reinos cristãos de Castela e Aragão. Em 1494 oficializa-se o tratado de Tordesilhas que reparte o globo entre Portugal e a Espanha. Em 1498 Vasco da Gama realiza o caminho marítimo para a Índia. Em 1500 alcança-se a terra do pau brasil.

Existe no entanto uma diferença qualitativa importante entre as lógicas de dominação dos judeus ou dos cristãos e muçulmanos. Os judeus sempre quiseram ser poucos e exclusivos (o povo eleito) a dominar muitos através de circuitos mais ou menos subterrâneos. Os cristãos ou os muçulmanos – com estratégias e fundamentações diferentes- procuravam integrar na sua religião e portanto na comunidade, o maior número possível dos dominados. O Brasil (afro)cristão e a Indonésia muçulmana são exemplos colossais.

Regressando à Europa, em 1521 Martinho Lutero é posto sob interdição imperial por Carlos V, na sequência da Dieta de Worms. Martinho Lutero fundara na europa central um novo conceito de cristianismo - o protestantismo - baseado na recusa do comércio das indulgências: o catolicismo tinha posto em marcha o pagamento de quantias avultadas pelos reis e nobres para a emissão de bulas papais que garantiam a remissão dos pecados, passados e futuros. O argumento era mercantil: o dinheiro destinava-se à construção da basílica de S. Pedro, em Roma, para melhor louvar ao Senhor.

O novo princípio religioso estabelecido por Lutero revolucionava a relação do homem com Deus: a relação de cada um com Deus era agora pessoal e intransmissível, não havendo possibilidade de alguém se lhe substituir; não era mais possível a remissão dos pecados por intermédio da absolvição executada por um padre. Competia agora ao pastor orientar as suas ovelhas na busca da salvação pela virtude do trabalho honesto e dedicado, a nova figura da redenção. Foi sob este espírito que emergiu a disponibilidade da força de trabalho das manufacturas e do capitalismo industrial.

Em 1541, na Suíça, surge outro ramo do protestantismo: o calvinismo. O calvinismo distingue-se do luteranismo com base no princípio da predestinação e também com base no direito (postulado) do povo a resistir ao poder secular.

 
A ciência: o acaso e a necessidade
 

A deriva científica emerge em meio católico mas desenvolve-se na esteira do protestantismo. Depois de os católicos terem queimado Giurdano Bruno (1600) e obrigado Galileu a retractar-se (1633) vivia-se no medo de pensar o mundo, nos reinos sob a alçada de Roma e da inquisição. Galileu tinha inaugurado o pensamento científico moderno com o princípio da análise local: procuravam-se leis que explicassem o funcionamento de pequenas coisas como seja o movimento de uma esfera no plano inclinado. Essas leis tinham tradução numa fórmula físico- matemática.

No meio protestante, a maior liberdade de pensar dava os seus frutos. Em 1687 Newton publica os Principia, obra que contém um tratado do movimento, em particular do movimento dos astros por acção da lei da gravitação universal. Essa lei permite descrever através de um princípio de causalidade e dedução formal as leis do movimento dos planetas antes expressas por Kepler que sintetizavam as inúmeras obervações astrológicas compiladas por Tycho Brahe (m.1601) na corte do imperador Rudolfo II. O universo dos astros comporta-se como um imenso relógio onde o movimento é apreensível em fórmulas; como a fórmula fica escrita e comporta a evolução do objecto que descreve, o movimento surge como uma aparência: o desenrolar de algo pré-determinado, afinal pré-existente porque estava escrito. Estabelece-se assim o determinismo científico.

Pelos lados da biologia vive-se na época da classificação, herdada da tradição aristotélica. Na décima edição do Systema Naturae (1758) editada por Lineu, já constava a classificação de 4379 espécies. Lineu era fixista; os fixistas argumentavam que todas as espécies existiam desde sempre e para sempre, pois a obra de Deus era perfeita e intemporal. Entretanto, a descoberta e classificação do registro fóssil trazia a novidade; os fósseis de espécies extintas contrariavam o argumento da permanência.

Em 1776 acontece a declaração de independência e a formação dos Estados Unidos da América. Em França viviam-se os tempos da pré-revolução que virá a eclodir em 1789. Liberdade, igualdade e fraternidade são os conceitos emergentes obtidos na revolução onde também acontece a invenção da guilhotina.

Em 1798 o anglicano Malthus publica um livrinho – em resposta à visão optimista do filósofo anarquista Goodwin, por sua vez inspirado em Condorcet e Rousseau- que se virá a revelar marcante: An essay on the principle of population. Nessa obra, Malthus legitima o enunciado de uma permanente luta pela existência entre os homens, argumentando que uma população não controlada cresce mais depressa (progressão geométrica) do que as disponibilidades alimentares (progressão aritmética) e que portanto faz parte do controlo do sistema haver guerra, haver doença, etc.

Dando continuidade àquela tese Darwin publica (em 1859) A Origem das Espécies onde desenvolve o argumento de que a evolução da espécies opera por acção da selecção natural sobre a variabilidade induzida pelo acaso. É com Darwin que o acaso aparece como força maior na ciência. A selecção natural ocorre no quadro da luta pela existência, afirmando o próprio Darwin que o pano de fundo da sua obra tratava da extensão do programa de Malthus a toda a natureza.

A teoria da evolução mediante a selecção natural fornece uma lei de comportamento para a natureza, onde supostamente nos incluímos. Esta inclusão, que corresponde a uma derrota teológica (após a descentragem da Terra do universo segue-se a descentragem do homem da natureza) derivou da nossa classificação como espécie na relação de afinidade anatómica com as outras na árvore de classificação (vertebrados, mamíferos, primatas…); decorre que a espécie humana fica agora sujeita também ao vento do acaso.

Na sequência da adopção da teoria da evolução por acção da selecção natural, a guerra e a opressão entre os homens ficaram assim legitimadas como coisa natural, na ordem do pensamento científico. Nem todos podem sobreviver e sobrevivem apenas os mais aptos. Este enunciado constitui-se o novo dispositivo ideológico de legitimação da exclusão.

(Pode desde já dizer-se que Malthus se enganou quando afirmou que as disponibilidades alimentares estavam limitadas por uma progressão aritmética. Os dados dos últimos cem anos mostram que as disponibilidades alimentares também cresceram em progressão geométrica. E também se pode dizer que existem muitas histórias de cooperação na natureza que não são explicáveis pela luta pela existência, antes contrariam a redução da existência ao lado conflitual; existe um outro lado da moeda, cooperativo, mágico - pode dizer-se que impregnado de um amor entre o que é vivo - onde se contam histórias verdadeiras de como uma leoa fez leite para alimentar um antílope bébé…ou as várias histórias das lobas e dos meninos, etc.).

No entanto este dispositivo ideológico, legitimador da violência, continua aí. Por exemplo, a questão da competitividade na economia é um corolário O senhor Ernst Mayr, um dos expoentes máximos da Genética contemporânea afirma no Scientic American, em 2000:

”Por causa da importância da variação, a selecção natural deveria ser considerada um processo em dois passos: a produção de abundante variação é seguida pela eliminação dos indivíduos inferiores. O último passo é direccional. Ao adoptar a selecção natural, Darwin colocou os termos do debate entre filósofos, que dura há vários milhares de anos, sobre o acaso e a necessidade. A mudança na terra é o resultado de ambos, sendo o primeiro passo dominado pelo acaso e o segundo pela necessidade.”

 
Outras histórias
 

Em tudo o que se disse atrás não foi referida nenhuma mulher. E no entanto elas estão lá desde sempre. Todos os homens citados foram gerados nos seus ventres e, na grande maioria, terão sido educados por mulheres durante a infância. Foram portanto elas que terão moldado, em primeira mão, os actores masculinos da História.

E claro que elas estiveram sempre por todo o lado. Sabe-se como a rainha-mãe da Pérsia Atossa dominava o império Persa a partir do Harém. Sabe-se que o belo Alexandre foi capaz de derrubar Dario III e conquistar uma imensidão tão efémera quanto a sua vida (33 anos), porque era o mais corajoso e justo (pelo amor que tinha aos seus homens) porque Olímpia, sua mãe, assim tinha concebido o encantamento.

Sabe-se de Cléopatra. E também havia uma Madalena perto de Cristo e uma Fátima junto de Maomé. Sabe-se de D.Teresa, cá entre nós, e tantas outras. Sabe-se de Santa Hildegarda que, visionária e corajosa, afrontou os poderes masculinos em nome da voz da sabedoria. Sabe-se de Isabel I de Inglaterra que organizou frotas de corsários. Catarina da Russia e Vitória de Inglaterra dominaram impérios. Golda Meir ou Indira Gandhi foram nossas contemporâneas.

 
Capicua
 

E assim estamos a chegar ao meio da primeira capicua do milénio. Interrogo-me se o número 2002 corresponderá à atribuição de uma classificação… Para abrir desde já o jogo confesso que gostaria de fazer a experiência de serem os elefantes a dominar a Terra. Faço até mesmo votos de que isso possa acontecer, senão na dimensão imanente do mundo, que seja então na sua dimensão transcendente.

Não parece haver maneira de eliminar a vergonha de sermos uma espécie em permanente autodestruição. Nem a sabedoria da idade parece poder corrigir esta trajectória: o espectáculo do mundo que os media nos oferecem no desabrochar do novo milénio vem – naturalmente - sempre manchado de guerra. Só que não é natural uma espécie regular-se através da dizimação persistente. E o assunto fica entre o fascinante e o repugnante quando se vê que essa anormalidade é realizada por uns seres que resolveram designar-se de sapiens.

É hoje óbvio que desde a segunda guerra mundial para cá os EUA precisam cada vez mais de guerras para manter a sua economia a crescer na lógica do produto interno bruto: foi a guerra da Coreia, o Vietname, a guerra fria, a guerra do Golfo, o Kosovo…; acabou o Afeganistão e já está projectado o novo ataque ao Iraque, onde se anuncia uma vez mais a companhia belicosa da Inglaterra. Também se constata que os EUA têm a paranóia da depressão económica (compensada no vício da adrenalina sistémica) e que a Grã-Bretanha nunca perdeu a nostalgia de ter o maior diamante do mundo no ceptro imperial. Ainda há os judeus – que se reclamam de Povo Eleito- à mistura no domínio dos grandes circuitos financeiros e na guerra da Palestina. E, no 11 de Setembro, emergiu o martírio islâmico como arte maior.

É interessante observar como os principais actores do filme do início do novo milénio estão vinculados ideologicamente ao Antigo Testamento da Bíblia e, em particular, ao versículo do Livro do Génesis onde se afirma que Deus formou o homem à sua imagem e semelhança para que crescesse e se multiplicasse e assim dominasse as outras espécies; remata-se dizendo que Deus abençoou a obra feita. No entanto, obviamente algo corre mal: as diferentes culturas que partilham este enunciado disputam o domínio não só sobre as outras espécies mas dentro da mesma espécie. Entre si.

Como todos invocam o mesmo Deus, concluo que persiste neste novo milénio um abuso de interpretação sobre o sujeito do Verbo; talvez por limitação cultural ou traumatismo identitário, as diferentes culturas que partilham aquele enunciado não conseguem coexistir pacificamente numa lógica inclusiva. Os mais perigosos são os judeus porque se mantêm obstinadamente exclusivistas. Os muçulmanos, armados do conceito de guerra santa, não terão limites na resposta. Felizmente os católicos aprenderam alguma coisa com a idade: longe dos tempos das cruzadas ou das fogueiras, são hoje uma das presenças ecuménicas. Finalmente, os protestantes revelam-se dos mais agressivos e resguardam-se numa redução social-darwinista onde tudo fica legitimado na ordem dos factos: os que sobrevivem são, afinal de contas, os mais aptos.

A economia - seja lá o que isso for - não tem um estatuto epistemológico de objectividade forte. Por exemplo, Malthus enganou-se quando postulou que a disponibilidade alimentar teria um crescimento limitado por uma progressão aritmética. A economia não trata das leis da gravitação ou da impulsão mas sim de algo que é feito pelos homens e mulheres, algo que construímos entre nós. Poderemos assim fazer do conjunto de regras de condução da casa (é o significado etimológico da palavra) o que entre nós combinarmos. É evidente que hoje domina o paradigma da acumulação capitalista. Imagino que um dia destes, na sequência de um qualquer desastre natural imputável ao aquecimento global, ouviremos um político mundial reconhecer que afinal (estúpidos!) tudo é ecologia.

José Casquilho

 
PORTUGAL