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BOLETIM DO NCH
Nº 14, 2005

Editorial
por Luís M. Arruda

 


O processo de instalação do Núcleo Cultural da Horta, começou em 1954, quando um grupo de individualidades subscreveu os seus estatutos, na sequência de outros processos idênticos levados a cabo nos então distritos de Angra do Heroísmo e de Ponta Delgada, onde haviam sido criados o Instituto Histórico da Ilha Terceira e o Instituto Cultural de Ponta Delgada, respectivamente em 1942 e 1943.

Também de modo semelhante ao que havia acontecido nesses outros dois distritos açorianos, o Núcleo Cultural da Horta resultou da conjugação das vontades do Governador Civil e do Presidente da Junta Geral que tinham em vista encarregá-lo das tarefas na área da cultura, senso lato, que a Junta Geral não estava vocacionada para realizar mas que podia financiar de acordo com o artº. 24º do Estatuto dos Distritos Autónomos das Ilhas Adjacentes. De notar que o Núcleo, no seu início, esteve sediado, mesmo que dito provisoriamente, nos chamados Paços daquela Junta Geral.

De acordo com a legislação então em vigor, os estatutos do Núcleo foram aprovados no ano seguinte (1955), pelo ministro da Educação Nacional. Desde então decorreram 50 anos.

Nestas circunstâncias, proporcionadas pelo cinquentenário do Núcleo Cultural da Horta, o tema desta edição de 2005 é « Institutos culturais nos Açores; Razões do seu aparecimento; Actualidade; Visão para os próximos anos».

Aceitaram contribuir com depoimentos sobre o passado, o presente e as perspectivas para o futuro das instituições a que estão ligados os presidentes das instituições congéneres, Henrique de Aguiar Oliveira Rodrigues, Presidente do Instituto Cultural de Ponta Delgada, e José Guilherme Reis Leite, Presidente do Instituto Histórico da Ilha Terceira, e ainda Jorge Augusto Paulus Bruno, Presidente do Instituto Açoriano de Cultura e Jorge Costa Pereira, da Direcção do Núcleo Cultural da Horta.

A instalação do Instituto Universitário dos Açores, depois Universidade dos Açores, e do governo próprio do arquipélago, com a autonomia política e administrativa, ambos em 1976, alterou substancialmente, a posição e a função na sociedade açoriana daqueles institutos. Na arquitectura cultural do arquipélago o lugar cimeiro que esses institutos ocupavam passou sê-lo pela Universidade e o Governo Regional passou a ter as casas da cultura como veículos da sua política cultural. Postas estas circunstâncias, António Manuel Machado Pires, Professor na Universidade dos Açores e seu antigo Reitor aceitou contribuir com uma reflexão sobre a Universidade nos Açores.

A secção vária está preenchida com artigos subscritos por Carlos Enes, Maria Isabel João e Conceição Castro Ramos.

A revista de livros inclui colaboração de Álvaro Laborinho Lúcio, Ana Isabel de Vasconcelos, António Araújo, José Guilherme Reis Leite, Luís M. Arruda, Ricardo Manuel Madruga da Costa, Rosa Maria Sequeira, Susana Goulart Costa e Victor Rui Dores.

O editor agradece a colaboração dos autores, dos membros da comissão editorial, dos avaliadores anónimos, de Maria Estela Guedes que tem assegurado a edição online do Boletim do Núcleo e de Luís Pinheiro que secretariou esta edição.

Tal como a edição de 2004, também esta tem o apoio financeiro, indispensável, da Direcção Regional da Cultura do Governo da Região Autónoma dos Açores.