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FRANCISCO PINHEIRO BAYÃO
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BAYÃO, Francisco Pinheiro (1863) - Carta para Felix de Brito Capello, do Duque de Bragança, 11 de Outubro, a falar de remessas e colecções de insectos, de um crocodilo  e de questões técnicas relativas às embalagens. Rascunho de descrição de um primata. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.20. Francisco Pinheiro Bayão.

BAYÃO, F. (1863) - Lista de remessa de 8 espécies de aves, do Duque de Bragança, 15 de Outubro, com a indicação da cor da íris. Nas costas do documento, Bocage faz a identificação de algumas e toma notas sistemáticas. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.21.

BAYÃO, F. (1865) - Carta para Bocage, de Luanda, 5 de Abril, a dizer que enviou exemplares pelo "Grey" e pelo "St. Patrich". Está preso há 16 meses e em perspectiva tem mais um período de prisão.  Pediu indulto, o ministro foi desfavorável. Comenta o sentido jurídico do indulto. O seu caso tinha sido anulado em Conselho de Justiça. Discute os aspectos legais do seu caso. "Se o ministro apresentar documentos d'accusação contra mim, não ha a responder-lhe senão que elles foram forjados pelo governador do Golungo, depois de por mim accusado do açoitamento". Nota de 4 de Maio a dizer que foi transferido para casa, mas que ainda lhe negam a homenagem. Espera vir a ser transferido para o reino e aqui julgado. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.22.

BAYÃO, F. (1865) - Carta para Bocage, de Luanda, 9 de Maio, a dizer que "a fera está mansa", foi-lhe concedida homenagem na cidade, está livre, mas não pode regressar por falta de meios, e por isso não pode ser julgado no reino. Tem mandado remessas. Insinua que se alguém falar ao Duque de Saldanha, este fará por ele o possível.  Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.23.

BAYÃO, F. (1865) - Carta para Bocage, de Penedo, 1 de Outubro, a agradecer a proposta de Bocage para que ele fosse comissionado pelo Museu, mas não aceita, e diz que de qualquer lado onde esteja mandará sempre exemplares para o Museu. A recusa deve-se a não desejar empreender estudos sérios, é tarde para começar a estudar, e além disso os problemas que teve inutilizaram-no para a vida pública: "Dois anos no cárcere ou pervertem um homem ou aniquilam-no".  Diz que chegou a Anchieta, que esteve morando com ele na fortaleza onde se acha. Tem colecções do norte de Angola e vai seguir para Lisboa. Entre os exemplares há alguns vivos: juvenis de crocodilo e duas serpentes. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.24. Ver ANGOLA.

BAYÃO, F. (1865) - Carta para Bocage, de Luanda, 18 de Outubro. Não se compromete a arranjar os crânios que Bocage lhe encomendara mas promete deixar-lhe o dele em testamento. "Arranjar exemplares authenticos de craneos é cousa impossivel agora para mim, e mesmo n'outra qualquer occasião seria preciso o auxilio dos medicos do hospital". Já encomendou a lontra para o Duque de Bragança. Continua na Fortaleza do Penedo, preso sem homenagem na cidade. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.25.

BAYÃO, F. (1865) - Carta para Bocage, do Duque de Bragança, 9 de Dezembro, a dizer que fora absolvido em Conselho de Guerra, nemine discrepante. Foi-lhe concedida homenagem, está a morar na cidade, falta a confirmação do Conselho Superior. "Tive occasião de surprehender em flagrante parturição vivipara um hypocampo, que cá tenho, e juntamente os filhos". Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.26.

BAYÃO, F. (1865) - Carta para Bocage, do Duque de Bragança, 25 de Dezembro, manifestando alegria por a sua primeira remessa ter chegado bem. Tem outra colecção fechada, mas quer levá-la com ele, pois espera regressar em breve a Lisboa. Diz que não conseguira encontrar mais nenhum exemplar de um pequeno quadrúpede que enviara em álcool, de nome indígena "muquengue-ia-nbulo". Muquengue é o nome que na região do Duque dão a certas raposas. Fora exonerado do comando do concelho antes de o ter pedido. Há guerra com o gentio vizinho. Sente-se bem "por terem recolhido com felicidade as forças que tinha na Ginga".  A sua exoneração e falta de soldo deve-se a ter feito requerimentos para que se aplicasse justiça ao governador do Golungo Alto por este ter mandado açoitar nas nádegas, com azorrague, quatro indivíduos do seu comando. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.27.

BAYÃO, F. (1865) - Carta para Bocage, de Luanda, 31 de Dezembro, manifestando esperança em que o Conselho de Guerra o absolverá. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.28.

BAYÃO, F. (1866) - Carta para Bocage, de Luanda, 29 de Janeiro, a dizer que finalmente está no pleno uso dos seus direitos civis e políticos: o Conselho Superior condenou-o a três meses de prisão, já cumpridos, mas não por insubordinado, nem salteador, sim por negociante. Absolvido pelo tribunal de todas as acusações, condenou-o por um motivo pelo qual não tinha sido acusado e do qual não se pode por isso defender. Vai regressar a Lisboa. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.29.

BAYÃO, F. (1866) - Carta para Bocage, de Luanda, 4 de Abril, a dizer que o processo acabou mas a perseguição tem continuado, e que não pode regressar a Lisboa por falta de dinheiro. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/B.30.