BUFONIDAE
Complexo “Sapo verde variável”


Bufo viridis (Laurenti, 1768)

Sinonímia: Rana variabilis Pallas, 1769; Bufo variabilis Merrem, 1820; Bufo boulengeri Lataste, 1879

Distribuição geral: Europa (da Itália para leste), Ásia, Norte de África.

Obs.: Houve experiências de cruzamento de Rana arvalis x Rana fusca e de Bufo communis x Bufo viridis para formação de híbridos (Noble, 1954). De l’Isle obteve mestiços de Bufo vulgaris x Bufo calamita (Lataste, 1879).

Bufo calamita Laurenti, 1768

Sinonímia: Rana ecaudata Razoumowsky, 1879; R. portentosa Blumenbach, 1797; Bufo cruciatus Schneider, 1799; Rana mephitica Shaw, 1802; Bufo cursor Daudin, 1803; Rana fetidissima Boulenger, 1898 (ex errore); Bufo viridis var. calamita D.B.

Distribuição geral: Europa até à URSS.

Distribuição geral: Europa até à URSS.

1. Bufo viridis balearicus Boettger, 1880

Sinonímia: Bufo variabilis var. balearica Boettger

1875. Martínez y Saez. Bufo viridis Laur.: Minorca.

1876. Barceló. Bufo viridis Laur. (B. variabilis Gm.). Más pequeño que el sapo común, abunda este batracio en Mallorca, en Ibiza, y en Menorca (Cardona). Não confirma a existência nas Baleares de Rana Bufo (=Bufo vulgaris, in Boscá), citada por Ramis em 1874. Refere o notável comércio de sapos que se desenvolve em Londres e Paris para apoio aos agricultores. O ministro da Agricultura francês desenvolveu uma campanha de protecção nas escolas: “Não mateis á los sapos”.

1878. Boscá. Corrige Lataste, já que este distingue B. viridis de B. calamita (seguindo Dugès, D. & B. consideraram calamita simples variedade de viridis): os exemplares de B. viridis de Valência são afinal calamita. Esta tem uma risca amarela no dorso, viridis não. Com risca e sem ela, todos os exemplares de Boscá pertencem a calamita. Os calamita com risca eram da zona marítima (Burjasot, Játiva), os calamita sem risca eram de altitude (Escorial, Ciudad Real). Espera que se confirme a existência de B. viridis em Espanha. Critica o argumento de autoridade e os copiadores, e aspira à independência intelectual espanhola.

1879. Martínez y Saez apresenta à Socidade Espanhola de História Natural 50 exemplares de um “sapito” a que chama Bufo vulgaris, proveniente das Astúrias. Considera-os muito bonitos, sobretudo por terem ficado todos iguais no álcool, de boca aberta a ensinarem a língua (das aves). O maior tem 2,7 cm. Compara com espécies africanas (Chiromantis guineensis) e americanas (Cystignathus, género que em África mudou de nome para Leptopelis e Kassina). Bufo bufo é um grande e feio sapo, com 20 cm em média.

1879, 1881 b, Boscá. Bufo vulgaris: Minorca, Maiorca e Ibiza, abundante. Citação, diz que Barceló não confirmou para Minorca.

1880. Boettger, descrição original da sua variedade: “Bufo variabilis Pall. var. balearica. “ Differt a typo cute natatoria in pedibus distinctissima, fere perfecta, in manibus membrana digitos basi jungente distinctiore. Caeterum typo simillima. - Hab. In insulis Balearicis Majorca et Minorca”. Refere Bufo pantherinus. “Obgleich B. variabilis schon von Martinez Saez von Menorca und Barceló von Mallorca und Ibiza”.

1881 b, Boscá. Betta referiu Bufo viridis para a Menorca, dois exemplares remetidos por Cardona para o Museu de Madrid. Confirma: “Tambien he podido ver esta especie en las manos del Sr. Von Will, durante mi permanencia en Palma de Mallorca, en Julio último”. Boscá cita Bufo viridis Laur., var. balearica Böttger, vulgo Calapot. Maiorca (Barceló), Minorca (Martínez y Saez com refª a Cordona), Ibiza. (Não é Cordona, sim Cardona).

1881 c. Boscá corrige B. viridis para a Península (deve ser calamita). Não corrige para Baleares, cita descrição de Boettger. Menorca (Betta), Maiorca. “Bufo viridis Laur. - Comun en las islas Baleares”.

1883. Boscá. Ibiza. Bufo viridis Laur., var. balearica Böttger, vulgo Calapot. Compara com o congénere e similar B. calamita, distinto pelo canto, pois B. viridis emite o som crreu com “la r doble”, à semelhança de “algunas personas, y especialmente los extranjeros al hablar el español”. Portanto B. calamita canta creu e B. viridis, estrangeiro, como não conhece bem a língua, canta crreu. Em cerca de cem indivíduos observados, nenhum “alcanzaba la aventajada talla adquirida por las hembras examinadas en el Museo de Madrid, procedentes de la isla de Menorca, teniendo las dimensiones ordinarias señaladas por los autores”.

1951. Colom considera muito estranha a distribuição do sapo verde nas Baleares, por ser o único lugar de Espanha onde se encontra. Explica o caso com a existência, no passado, de terra pelo lado da Córsega e Sardenha, por onde atravessou a pé. Põe de parte a ideia de introdução humanaporque os sapos causam horror às pessoas. Há muitos nas três ilhas e são na actualidade a espécie mais útil na agricultura por destruir insectos e moluscos prejudiciais.

1964. Colom considera Bufo viridis ssp. balearicus de alto valor biogeográfico.

1977. Sanchiz & Adrover informam que os únicos anuros vivos que existem em Maiorca são Rana ridibunda, Bufo viridis (N África, Europa e Ásia, mas não na Península Ibérica, Baleares) e Hyla meridionalis.

Bottger. Baleares.  Existe na Europa, em África e na Ásia, mas não na Península.

1980. Prats. Sapo verde, galapac, Bufo viridis: Menorca.

1987. Barbadillo: Bufo viridis balearicus: Maiorca. Espécie introduzida na Idade do Bronze, há restos subfósseis dessa época em Maiorca. Bufo viridis é uma espécie da Europa e África.  

2. Bufo bufo spinosus Daudin, 1803

Sinonímia: Rana bufo L., 1758; Rana rubeta L., 1758; Bufo ferruginosus Risso, 1826; B. tuberculosus Risso, 1826; B. palmarum Cuvier, 1829; Bufo carbunculus Bonaparte, 1835; B. vinearum Lesson, 1841; Bufo vulgaris Laur., 1768; Bufo vulgaris var. acutirostris Lessona, 1897; Bufo bufo (L.); Bufo bufo bufo

Distribuição geral: Portugal, S Europa, NW África, Ásia Menor

1797. Vandelli. Cita Rana rubeta para Portugal.Rãa.

[1787]. Ramis. Rana Bufo: Menorca.  

COMPLEXO DISCOGLOSSIDAE
ou o futuro das espécies

 
1 - Alytes obstetricans Laurenti, 1768 (1)

1879 - Lataste e sua espantosa faculdade criadora. Alytes Obstetricans Boscai, n. subsp., está muito próxima da forma típica. “Son aire géographique semble occuper, de la Méditerranée (Valencia del Cid) à l’Atlantique (Puentevedra), la péninsule ibérique, et ne pas la dépasser, tandis que la forme plus anciennement connue de la même espèce paraît confinée sur un territoire presque aussi restreint, en deçà des Pyrenées et des Alpes, s’avançant peu au delà des limites de la France vers le nord.” Lataste dedica ao seu amigo Boscá a recém-criada forma ibérica, porque foi Boscá quem lhe enviou os exemplares. E dedica a antiga, francesa, a A. de l’Isle du Dréneuf, transmutando-a em Alytes Obstetricans de l’Islei. Entre os caracteres que separam as duas subespécies, anota diferenças osteológicas e outras, e também, embora as diferenças de órgãos não existam, o pulmão mais pigmentado de de l’Islei. “Le testicule se montre arrondi et blanc chez ce dernier, tandis que je le vois chez l’autre légèrement oblong et de couleur indifféremment blanche ou noirâtre (dans un cas, le droit est blanc et le gauche noirâtre; dans un autre cas, c’est l’inverse qui a lieu)”. Por conseguinte, a descendência será café avec un nuage de lait. Boscai também não liberta “cette odeur vireuse dont A. de l’Islei est prodigue en pareille occasion” – a circunstância parecida é a dissecção. “A. de l’Islei” é silencioso ou emite só alguns fracos sons, “A. Boscai” au contraire ne cesse de pousser des cris faibles et plaintifs, assez comparables (sauf l’intensité) au vagissement d’un enfant nouveau-né. Em suma, A. o. boscai é uma forma recém-nascida, e embora Lataste fale de subespécies, realmente nomencla como se fossem espécies. “J’ai eu entre les mains une quinzaine d’individus de la nouvelle sous-espèce, recueillis par M. Eduardo Boscá, et provenant, trois de Valence, les autres de Fuy (sic) (Pontevedra). La famille des Alytidae se trouve ainsi représentée par trois formes distinctes: deux du genre Alytes Wagler et une du genre Ammoryctis Lataste; une française, qui fut longtemps le seul type connu de l’espèce, du genre et de la famille; et deux espagnoles, l’Am. Cisternasi Bosca, et la sous-espèce qui vient de faire l’objet de cette communication”.

1880 - Bedriaga começa por referir a existência de Alytes obstetricans em Portugal e de Alytes obstetricans var. Bosca (sic) em Espanha. A seguir, considera só a var. Boscai nos dois países. Não tem localidades próprias, refere as de Boettger, Seoane, etc.. Para Portugal não cita nenhuma.

1880a - Boscá diz que Lataste, em 1879, descreveu “Alytes obstetricans Laur. var. Boscai Lataste” a partir de exemplares que Boscá lhe enviara de Valencia, e mais tarde da Galiza e norte de Portugal. “Lataste usa a palavra subespecie como más apropiada para expresar las formas intermedias que se presentam en la naturaleza, de ordinario conocidas como variedades y razas; y propone reservar estas últimas voces, tan sólo para significar las últimas diferencias que pueden producirse ó acentuar-se rápidamente, por la intervencion de la voluntad del hombre. Dado el actual estado de verdadera transicion sintética en que se encuentra la Historia natural, pueden juzgarse como de escasa importancia, como finalidad para la ciencia, los conceptos especie, variedad y raza, aunque el mismo autor, en el título de su comunicacion, se vale de la palabra forma, un tanto generalizada ya, y que indudablemente expresa mucho mejor la idea transcendental, sin que por ello se prejuzgue la afiliacion á ninguna de las escuelas que aún discuten sobre la orígen de las especies” – Lataste não faz tal afirmação sobre o conceito de variedade e raça. Boscá considera a nova forma demasiado próxima de A. obstetricans para que se possa separar como espécie distinta, mas as diferenças são significativas, alcançam o esqueleto, a estrutura da pele e sua coloração, a isto se acrescentando a distribuição geográfica própria - toda a zona marítima do Atlântico e Mediterrâneo. No centro da Península não está confirmada a sua presença. Aqui, é substituído por A. Cisternasii. Refere os caracteres distintivos apontados por Lataste de nuestra variedad, pero não toca nos testículos. Usa três vezes seguidas a palavra variedad - e em todo o artigo a palavra variedad é usada mesmo sem necessidade de usar tantas vezes a palavra variedad, sabendo nós agora que variedad é sinónimo de raça, ou seja, a variedad resulta da acção da voluntad del hombre, donde não podia ser mais clara a declaração de que estes sapos são híbridos artificiais. Compara A. obstetricans De l’Islei com A. obstetricans Boscai. A respeito das marcas, conta que tem um exemplar de A. o. var. boscai de Tuy com una gran mancha na espalda em forma de V (símbolo de vitória). Diz que colectou a variedad, embora sem distingui-la então como tal, em diferentes locais de Valencia, onde se conhece com o nome vulgar de sapét, sobretudo em Játiva, junto á la puerta de Concentaina, en Puebla de Rugat, Carcagente, Bruñol, Foyos, Bétera, y en Valencia mismo en el Jardin Botánico, oyéndo-se su canto al anochecer en el paseo de la Alameda y otros jardines en donde se le conserva intencionalmente*. “El señor Gogorza me lo proporcionó de Santander, y he oído su canto á la bajada del valle de Córdoba por el ferro-carríl de Bélmez. Posteriormente lo he cogido en los alrededores de Tuy, en Oporto y en el Bom Jesus do Monte en Braga, en cuyos puntos abunda mucho.” Crê que os exemplares referidos por Machado de Sevilla e por Bocage de Coimbra pertencem á la variedad e não ao tipo. Esta variedad tem mais semelhanças com Alytes cisternasii do que com o tipo, e é difícil saber neste momento o que é o tipo, pois Lataste transmutou o Alytes obstetricans francês em Alytes obstetricans café com leche.

*Os sapos eram perseguidos pelas crianças e camponeses, que os consideravam repugnantes e maléficos. Espetavam-nos em paus a fazer de espantalhos, nos campos. Em certa altura houve campanhas governamentais junto das escolas para educação dos alunos. Vários países, entre eles Portugal, assinaram uma Convenção que visava proteger o sapo, ficando passível de ir a tribunal quem os matasse. Havia comércio deles para uso agrícola. A vantagem dos Discoglossidae, em relação aos Bufonidae, é serem pequenos, passando assim despercebidos. Para mostrar que os sapos são benéficos, por se alimentarem de insectos prejudiciais à agricultura, começaram a fazer-se estudos de conteúdos estomacais. Boscá é um dos pioneiros neste domínio.

1881a - Boscá conta que em Julho foi a Maiorca, viu notáveis monumentos “de las primeras edades históricas, así como de la Edad media, y tambien maravillas de la naturaleza, como son las famosas cuevas de Artá y la del Drach en Manacor.” Acrescenta à fauna das Baleares “algunas larvas del Alytes obstetricans” encontradas “en un abrevadero que existe en el camino desde Inca al colegio de Lluch, muy cerca ya de este pintoresco sitio. Dichas larvas son reconoscibles por ofrecer el espiráculo branquial en el medio de la region del pecho, ser de un negro pizarreño y alcanzar un tamaño relativamente grande, comparadas con el animal adulto. No tengo noticia de que dicha especie se haya citado como de las Baleares, por lo que, en union de la Hyla Perezii, puede aumentarse la lista de los anfíbios de aquella fauna.”

1881b - Boscá diz que o canto é bastante parecido com o do “petit duc (Scops giu Scop.)” (AVES) e que “ces petits Brataciens” (sic) se encontram aos pares, o que já tínhamos notado, na estação de Campanhã e no escadório do Bom Jesus de Braga. Faz o ponto da situação zoogeogáfica de Alytes obstetricans Laur. (Bufo) subesp. Boscai Lataste, citando os colegas. De novo, temos na “Extremadure: Las Hurdes (Sanz!); em Valência: commun dans les jardins potagers! Buñol! Foyos! Játiva! Puebla de Rugat! Et autres localités! Para Portugal, Alemtejo: Serra de San Mamede! Beira: (Mus. loc. de la Univ. Coimbra!).”

1881c - Boscá: “Alytes obstetricans Boscai Lataste.- “Comun en toda la zona marítima de la Península, hallándose en las Baleares. Entre los batracios de Mallorca hemos hallado el Alytes obstetricans subesp. Boscai Lataste, en estado de larva y la Hyla Perezii nobis.” Informa que a identificação das larvas de Alytes foi confirmada por Héron-Royer. Descreve-as. A abertura branquial fica no centro do peito, não há confusão possível com outras espécies.

1887 - Bonança dá para Alyte (sic) obstetricante (sic) os nomes vulgares de guarro e sapel, de acordo com Boscá, mas Boscá escreve sapét. Encontra-se nos terrenos de lavradio, veigas e pinhais.

1889 - Héron-Royer & Van Bambeke elevam à categoria de espécie Alytes boscai (1897, Boulenger), de resto já alguém (Lataste?) criara só para eles a família Alytidae, tal como Oliveira criou a família Chioglossidae só para a Chioglossa lusitanica, e Lataste cria o género Ammoryctys só para Alytes cisternasii.

1897 - Boulenger. Entre os exemplares do British Museum não figura a forma típica para a Península Ibérica. De Alytes obstetricans var. boscae havia espécimes da Corunna (larvas, of. Seoane), de Coimbra (larvas, of. Bedriaga), da Serra da Estrela (larvas, of. Gadow), de Oporto (of. Eduardo Allen) e de Valência (of. Boscá e Lord Lilford). This species varies very little in France, Germany and Switzerland. But the specimens from the Spanish Peninsula show less uniformity; the more divergent may be distinguished at a glance, and have been named var. boscae, Lataste. The skin is usually smoother, the parotoid glands are smaller, and the dorsal spots are generally larger and better defined, sometimes forming marblings; these characters combine to produce a physiognomy somewhat suggestive of a young Pelobates cultripes. Não vê em todo o caso razões suficientes para distinguir esta variedade da espécie típica. Alytes é um género nocturno e deve-se a de L’Isle a descrição do emparelhamento.

1897 - Vieira. Inclui Alytes obstetricans, Laur. var. Boscai Lataste na famíla Ranidae. Cinco exemplares no Museu de Coimbra, de Oliveira do Conde (Moller), Coimbra e Serra de Portalegre.

1911 - Ferreira & Seabra consideram que em Portugal existe uma espécie e uma variedade, e também um sinónimo, uma variedade e uma espécie. Nous pourrions faire quelques remarques sur des Amphibiens, dont une partie mérite une étude plus recherchée, qui apportera peut-être des révélations au sujet des variétés de R. esculenta L., d’Alytes obstetricans Laur., de Pelodytes punctatus Daud., de Discoglossus pictus Otth et encore du Molge palmata Schn. Et Salamandra maculosa Laur. et de l’espèce unique et privative de Chioglossa. Referem três vezes A. obstetricans “Var. Boscai LATOST.”, pela grande necessidade de dizerem três vezes LATOST., quando na bibliografia conseguiram escrever LATASTE.

1962 - Pasteur & Bons descrevem uma estranha forma de Discoglossidae de Marrocos (Rif), que não sabem se é espécie se subespécie nova: Alytes (obstetricans) maurus, a partir de larvas. Definitivamente não eram Bombina, como um deles antes tinha pensado, nem um Pelodytes (Pelobatidae), com o qual se parecem muito. As larvas desta misteriosa forma são distintas das de Alytes obstetricans, mas, na fase adulta, os A. maurus não se distinguem de A. obstetricans. Tudo se passa comme si les gènes responsables des caractères variables de la première et de la deuxième phase formaient deux ensembles super-polygéniques évoluant indépendamment.

1977 - Sanchiz & Adrover descrevem género novo, e espécie nova de Discoglossidae fóssil, Baleaphryne muletensis,  cujos ossos foram datados com C14 de “14385 a.C.” Terra típica: Cueva Muleta (Mallorca). Comparam com formas fósseis e vivas, entre estas com Alytes, a mais parecida. Põem como hipótese a derivação filogenética de Alytes a partir de Baleaphryne. Informam que os únicos anuros vivos que existem em Maiorca são Rana ridibunda, Bufo viridis (N África, Europa e Ásia, mas não na Península Ibérica, Baleares) e Hyla meridionalis. Discutem as causas da extinção. Na bibliografia, não referem Boscá, que citara Alytes para Maiorca.

1979 - Crespo: A. o. boscai “Também não parece frequente na região da depressão do Guadalquivir, local onde Boscá (1881), todavia, o refere (região de Sevilha). Naquele trabalho Boscá menciona também a existência de A. obstetricans nas Baleares. Os autores mais modernos não confirmam, porém esta última referência (Salvador, 1974). Cremos tratar-se de um erro, que deve ter tido origem na má identificação de formas larvares.”

1980 - Alcover & Mayol descobrem Baleaphryne muletensis vivos em Maiorca. Citam restos fósseis na Cueva de Canet (Esporlas) e anunciam trabalho em que descrevem nova espécie fóssil, datando de entre os séculos XIV e III a.C. Lembram que Boscá (1881) citara Alytes obstetricans a partir de larvas por ele recolhidas. “Lnas (sic) larvas recolectadas en 1974 y clasificadas igualmente como Alytes con las claves disponibles fueron la base de la inclusión de esta especie en la lista de Alcover (In RIBA, O. et al., 1979 - Geografía física dels Paisos Catalans, Ketres, Berna, pág. 177-190). A espécie viva, Baleaphryne muletensis, existe em pelo menos 6 localidades.

1982 - Antúnez, Vargas & Romero explicam como se reproduz Alytes obstetricans Laur. na Sierra Tejeda (Andaluzia), significando isto que há Alytes obstetricans na Sierra Tejeda. Das 10 espécies de anfíbios existentes na região, A. obstetricans é a mais abundante. Existe nas cabeceras de arroyos, fuentes e estanques. Nos estanques há sempre muitas larvas, que coabitam com as de Discoglossus pictus, Rana ridibunda, Pelobates cultripes, Pelodytes punctatus, Bufo, etc.. Las cabeceras de los arroyos constituyen el habitat original de las larvas puesto que los otros dos tipos (fuentes e estanques) proceden en mayor o menor grado de la mano del hombre.

1984 - Arntzen estudou a diferenciação genética entre os Alytes africanos e europeus: os girinos do Rif (Marrocos) são electroforeticamente very similar to Iberian Alytes obstetricans. The data point to relatively recent colonization or anthropogenic introduction of the Midwife Toad in Africa. Por consequência não aceita a subespécie A. o. maurus criada por Pasteur & Bons. A distância genética entre A. obstetricans e A. cisternasii é de 1.6, muito grande, supomos. Entre A. obstetricans e A. o. maurus era só de 0.07, nada de significativo. Alytes cisternasii e Alytes muletensis são claramente distintos de A. obstetricans. Insiste na introdução em Marrocos, para isso invoca o caso do camaleão e diz que há A. obstetricans na Sierra Tejeda, no sul de Espanha, de onde provavelmente foram levados. A distância é de cerca de 13 km. Distância entre o Rif e Gibraltar. Considera distintos Alytes obstetricans de A. o. boscai, e informa que os Alytes marroquinos são similares a A. obstetricans mas diferentes de A. o. boscai. Não há dúvida: na Península Ibérica, mais precisamente na Sierra Tejeda, existe Alytes obstetricans Laurenti, 1768. Crespo (1982), however, pode não confirmar esta observação. Ficámos sem saber com quem se parecem mais os Alytes muletensis da Maiorca.

1984 - Mellado encontrou “A. obstetricans (Laurenti, 1768)” na Lagoa Comprida, Sabugueiro, Laguna de Las Penhas Douradas, Vale de Rossim y Poço do Inferno - Serra da Estrela. No Poço do Inferno também encontrou Chioglossa lusitanica.

1984 - Sanders noticia a descoberta de vestígios de Baleaphryne talaioticus e Podarcis lilfordi na Minorca, datados de “200 a.d.”. Numa estação arqueológica, na estrutura Taula, foram encontradas 25 amostras de várias espécies. O autor considera Taula “probably a centre for meetings of religions or governmental character”. Entre os vestígios, havia-os de animais domésticos (cães: Canis familiaris de 230, 150 e 100 anos b.c.; e gatos: Felis domesticus de 50 anos b.c.). “Using the stratigraphical positions and several C14 dates, the 25 samples were, on paper, recombined in five larger samples, their size ranging from 176 to 952 individuals and their age from 800 y.b.c. to 200 y.a.d. (uncalibrated C14 age interpretation)”. Uns animais são ditos introduzidos, outros endémicos, sem argumentação. Parte dos ossos faziam parte de regurgitações de aves de rapina (owl pellets), que se supõe terem feito parte da sua dieta entre “800 b.c. and 200 a.d.”. “The small endemic animals (Baleaphryne and Lacerta) were not present in the 800 b.c. sample, but beeing endemic, must have been present in the fauna of the time. Just like the introduced small animals, they then become more numerous, at least in the samples, but later they are gradually (Baleaphryne) or abruptly (Lacerta) found in lesser numbers”. Considera introduzidos 800 b.c. os ratos. Também foram encontrados restos de Oryctolagus (coelho? - ver) mas em número tão insuficiente que não são considerados.

1985 - Arribas comete uma barbaridade. A propósito das larvas albinas de Pelodytes punctatus coligidas em Vallvidriera (Barcelona): “Todo el da a la larva un aspecto idéntico a la larva albina de Alytes representada por Lataste (1880)”.

Obs.: Arribas refere-se ao artigo em que Lataste (1879) descreve Alytes obstetricans Boscai. Lataste não faz qualquer referência a larvas. Há apenas um carácter discriminante de cor branca, o que permite dizer que Arribas considera semelhantes as larvas albinas de Pelodytes e um dos testículos de Alytes obstetricans.

1987 - Barbadillo aceita contrafeito a subespécie: la forma que habita la península se ha descrito como Alytes obstetricans boscai, que se diferenciaría en principio de la forma nominal (A. o. obstetricans) por su mayor robustez, cabeza más ancha, parótidas muy reducidas y coloración más contrastada. Distribui-se pela mitad norte de la Península. También en Levante y algunas sierras andaluzas. Quanto a Alytes (Baleaphryne) muletensis: Maiorca. Fóssil e vivo; origem filogenética de Baleaphryne desconhecida. Autóctone. Distribuição: por enquanto, só nas serras da Tramontana mallorquina.

1988 - Arnold & Burton: Alytes obstetricans. S’étend de l’ouest de l’Europe jusqu’à l’Allemagne, et vers le sud jusqu’aux Alpes et à la péninsule Ibérique. Quelques introductions limitées ont été faites en Angleterre.

1990 - Arntzen. Os Alytes marroquinos são similares a A. obstetricans da Península Ibérica do ponto de vista electroforético. Pode ter havido introdução em África por parte do homem. Há porém diferenças entre Alytes cisternasii e A. muletensis em relação a A. obstetricans. A. obstetricans existe no sul de Espanha (p. ex., Sierra Tejeda) e no Rif. Há diferenças entre A. obstetricans obstetricans e A. o. boscai; os autores não validam a subespécie maurus (Pasteur & Bons, 1962) de Marrocos, pois não se distingue de A. o. obstetricans.

1990 - Rosa, Vigas & Crespo. A. o. obstetricans da Serra de S. Mamede é um isolado. A distância genética encontrada entre A. obstetricans e A. cisternasii (0.73) é menor que a indicada por Arntzen & Szymura (1.6). Mas recentemente Arntzen fez novos testes e a distância encurtou para 0.7. Segundo Arntzen, a população de Sierra Tejeda é um isolado e “may either be considered conspecific with A. muletensis, or may constitute an undescribed species genetically closer to A. muletensis than to A. obstetricans.” Os autores estudaram uma população isolada de A. obstetricans da Serra de S. Mamede (equiparável a uma ilha atlântica), e amostras do Gerês, Tourém e Valado de Frades. A distância genética entre A. obstetricans e A. cisternasii é de 0.99. Há diferentes distâncias entre as populações de A. obstetricans, mas entre as populações de A. cisternasii fica perto de zero. Todos os indivíduos de A. obstetricans de S. Mamede tinham um mesmo alelo, e isso “seems to confirm that the albumin form of A. obstetricans from Serra de S. Mamede is unique”. O isolado de Valado de Frades é um problema (algures, para os lados de Peniche) pois ocupa um habitat não usual (pinhal e campo agrícola). Há fragmentação da área de distribuição geográfica. “Alytes muletensis, however, presents an albumin form (…) similar to the form we found in the population at Serra de S. Mamede”.

1995 - Roman & Mayol referem que nos últimos anos se descobriram quatro populações da relíquia insular endémica Alytes muletensis em lugares precisos da serra “Tramuntana”, NW de Maiorca. Entendem que a espécie tem vindo a ser destruída por cobras introduzidas (Natrix maura, Macroprotodon cucullatus) e outros factores, donde há necessidade de uma Reserva Natural para o “Ferreret”.

1995 - Arntzen & García-Paris descrevem uma nova espécie, Alytes dickhilleni, e uma nova subespécie, A. obstetricans almogaravii, para a Penínsuila Ibérica, deduz-se de García- Paris (1995).

1995 - Garcia-Paris relata que foram feitos estudos que revelaram uma diversidade genética insuspeitadamente alta entre os Alytes ibéricos, de forma que nesta data há as seguintes espécies: Alytes cisternasii, exclusivo do suroeste; Alytes muletensis, endémico das montanhas mallorquinas; Alytes obstetricans, extendido por Europa Occidental y Norte de Africa y el recientemente descrito, Alytes dickhilleni Arntzen & Paris, 1995, el sapo partero de las sierras béticas, endémico del sureste peninsular. Unicamente se ha reconocido variación geográfica destacada en A. obstetricans, de maneira que nesta data tem as seguintes subespécies internacionais: A. obstetricans obstetricans, A. obstetricans boscai, A. obstetricans maurus e A. obstetricans almogaravii Arntzen & Paris, 1995. A distribuição é pouco inteligível, por isso não a citamos. Em todo o caso, vendo o mapa fornecido pelo autor,  podemos dizer que A .o. maurus continua em Marrocos, A. o. boscai no norte de Portugal e províncias orientais de Espanha, A. o. almogaravi parece ter-se instalado nos Pirinéus, onde se esperava que aparecesse Discoglossus pictus e onde D. pictus ainda não apareceu, apesar de existir nos Pirinéus franceses, e A. o. obstetricans ocupa uma faixa costeira no norte de Espanha. O resto do território ibérico ou está em branco ou tem pontos de interrogação. O autor fez estudo electroforético de proteínas em zonas de contacto de formas, a ver se havia híbridos. Os resultados confirmam a diferenciação específica e subespecífica, sem bem que os animais de Guadarrama levantem problemas de ambiguidade, apresentando-se com carácter híbrido.

1996 - Salvador em Marrocos. Não aceita Alytes (obstetricans) maurus de Pasteur & Bons. Diz que A. obstetricans é mais pequeno em Marrocos do que na Europa e que não foram descritas variedades. Distr.: Rif and nearby Middle Atlas mountains.

 2 - Alytes cisternasii Boscá, 1879

1879 a - Boscá. Comunica à Sociedade Española de Historia Natural que descobriu nos arredores de Mérida e Alange um anfíbio provavelmente novo, idêntico a Alytes obstetricans. Descreve sucintamente. A nova espécie só tem dois tubérculos na palma das mãos. É um sapo parteiro como obstetricans.

1879 c - Boscá - Pardo, junto ao Manzanares (Madrid). Toledo (Perez Arcas).

1880 - Bedriaga - Mérida.

1880b - Boscá - Serra de S. Mamede: Portalegre.

1881 b - Boscá aceita o género (Amor ao peixe, Jesus!) criado por Lataste especialmente para a sua nova espécie, lançando Alytes em sinonímia, veremos por quanto tempo.
 

HYLIDAE

 

1. Hyla meridionalis Boettger, 1874

Sinonímia: Hyla arborea var. meridionalis Boettger, 1874; Hyla perezi Boscá, 1880; Hyla barytonus Héron-Royer, 1884

Distribuição geral: Portugal, Espanha, S. França, NW Itália, Baleares, NW África, Canárias, Madeira, Japão, Grã Bretanha.

[1787]. Ramis. Rana Arborea: Menorca.

1875. Martínez y Saez. Hyla arborea: Minorca.

1876. Barceló. Rana arborea Lin. (Hyla Laur.), Rana de San Antonio. En Mallorca: y en Menorca (Ramis, Cardona, Oleo). Descreve e fala do barómetro ranilla.

1876. Boscá. Comunica que encontrou uma Hyla que não é a arborea dentro de um frasco com outros animais de diferentes classes, “pero todos españoles”, frasco esse que pertencera ao seu mestre, D. Rafael Cisternas. Suspeita que a Hyla pertença a espécie nova, ao menos para a Península.

1879. Boscá. Hyla arborea: Maiorca e Minorca, citação.

1977. Sanchiz & Adrover informam que os únicos anuros vivos que existem em Maiorca são Rana ridibunda, Bufo viridis (N África, Europa e Ásia, mas não na Península Ibérica, Baleares) e Hyla meridionalis.

1978. Colom. Hyla arborea ssp. Perezii E. Boscá. Maiorca e Menorca.

1881 b. Boscá põe em dúvida a existência de Hyla arborea nas Baleares, perguntando se não será a sua Hyla Perezi, a qual “se trouve aussi dans les Baléares”, “Majorque (Will!)”. “Me trouvant pendant une belle soirée (24 mars 1880) sur les bords de la rivière de Seda (Alemtejo), je pus entendre un concert, très délicieux pour moi, exécuté par les deux Rainettes [perezi e arborea], le Pélodyte ponctué et la Grenouille commune”.

1881 c. Boscá. “Entre los batracios de Mallorca hemos hallado el Alytes obstetricans subesp. Boscai Lataste, en estado de larva y la Hyla Perezii nobis”.

1980. Prats. Granota menuda, Hyla meridionalis: Menorca. É verde, mas podem encontrar-se exemplares mais ou menos azulados o incluso parduzcos.

1987. Barbadillo refere Hyla meridionalis só numa ilha, ver qual. 

RANIDAE


1. Rana perezi Seoane, 1885

Sinonímia: Rana ridibunda Pallas, 1771; R. esculenta; R. viridis; R. cachinnans; R. hispanica Fitzinger (nomen nudum); R. bosci; R. esculenta var. latastei Camerano, 1882; R. esculenta var. ridibunda Boulenger, 1910; R. esculenta L. var. Perezi Seoane, 1885; R. esculenta L. var. hispanica Bedriaga, 1889; Rana ridibunda perezi

Nome vulgar: Rã verde (maior).

Distribuição geral: Península Ibérica, S de França, Baleares, N África. Introduzida nas Canárias e Açores.

Obs.: Seoane diz que a forma de Rana esculenta do NE de Espanha e Portugal é tão diferente que merecia ser considerada uma raça ou subespécie distinta. Rana esculenta é um híbrido, e um dos seus pais é Rana ridibunda. O outro é R. lessonae (Tunner, 1970). Rana tigrina (Ásia) faz parte do complexo esculenta-ridibunda.

[1787]. Ramis. Rana Esculenta e Rana Temporaria: Menorca.

1876. Barceló. Rana escubente Lin.. Muy comun en estas islas. R. temporaria Lin. - Es menos comun que la especie anterior. Fala do comércio alimentar, refere os viveiros espalhados pelo continente, necessários para suprir a grande procura.

1977. Sanchiz & Adrover informam que os únicos anuros vivos que existem em Maiorca são Rana ridibunda, Bufo viridis (N África, Europa e Ásia, mas não na Península Ibérica, Baleares) e Hyla meridionalis.

1978. Colom. Rana aesculenta ssp. ridibunda Pallas – Menorca e Maiorca.

1879, 1881 b, c, 1883. Boscá. Rana esculenta: Ibiza. “Comunísima en toda la Península, así como en las Baleares”.

1889. Bedriaga. Rana esculenta L. var. hispanica Michah. 1830. Rana viridis Barbosa du Bocage. Cette espèce est répandue par toute l’Europe; elle habite une grande partie de l’Asie, ainsi que le nord d’Afrique, les îles Açores, l’île de Madère et les îles Canaries. Elle est très commune dans la Péninsule Ibérique, comme dans les Baléares.

1943. Oliveira ??. Rana esculenta=Rana tigrina Eschw.. Significa que há espécies híbridas de tigrina em África. Tigrina é asiática, é a base de comércio alimentar e “desportivo”. Bull frog.

1980. Prats. “Tanto Barceló como A. Comte, citan para Menorca a la Rana verde común (Rana ridibunda), Guillermo Colom, también, admite su presencia. Nosotros llevamos bastante tiempo recorriendo el campo y no hemos podido hallar ningún espécimen.”

1987. Barbadillo. Rana perezi: Maiorca. Introduzida em época recente.

SALAMANDRIDAE


1. Triturus boscai (Lataste, 1879)

Sinonímia: Triton parisinus; Pelonectes Boscai Lataste, 1879; Triton palmatus Schn. var. Boscai; Triton Maltzani Boettger, 1879; Molge boscae

Distribuição geral: Portugal e Espanha.

Obs.: Muito comum em todo o país. Lataste (1879) é um dos criadores de híbridos. Em 1878 conseguiu obter girinos monstruosos do cruzamento de Pelobates fuscus com Pelobates cultripes. Só sobreviveram até ao aparecimento das patas.

[1787]. Ramis. Lacerta Acuatica e Lacerta Salamandra: Menorca. L. aquatica Lineu=Triturus vulgaris.

1876. Barceló. Não confirma até ao presente a existência nas Baleares de Lacerta Salamandra e Lacerta acuatica referidas por Ramis.

1879. Boscá. Triton parisinus: Minorca.

1880. Bedriaga. Balearische Inseln. Entre os Arten von zweifelhaften Vorkommen refere Triton taeniatus. Entre os Constatirte Arten figura Salamandra maculosa.

1880. “- El señor Bolívar, en nombre del señor Lopez Seoane, hizo á los señores socios las preguntas siguientes: ‘?El Pelonectes Boscai Lataste, es una especie bien fundada?” Mandou seis espécimes vivos e teremos a resposta na próxima reunião.

1881 b. Boscá diz que Triton parisinus foi confundido com Pelonectes (=Triturus) boscai. No catálogo não a refere para as Baleares, mas também não desconfirma. Rever 1879, para ver a quem pertence a referência.

1881 c. Boscá repete que Triton parisinus foi confundido com Pelonectes (=Triturus) boscai. Informa que Boettger não admite a especificidade de P. boscai, considera-o apenas uma variedade de Triton palmatus Schn. Lataste refutou Boettger e Bedriaga impôs P. boscai.  “En cuanto á la falta de urodelos sobre la costa oriental (de Espanha), lo mismo que en las islas Baleares, habrá que esperar nuevas investigaciones ántes de que pueda asegurarse en absoluto su ausencia. Nota de rodapé: “D. Juan Ramis refiriéndose al año 1786, cita la Lacerta aquatica como hallada en Menorca; sin embargo, hasta la fecha no se ha podido confirmar la existencia de ningun urodelo en las Baleares, no obstante las investigaciones del profesor Sr. Barceló, así como las del Sr. Bedriaga en 1878”.

Nome vulgar: tritão.

2. Salamandra salamandra gallaica Seoane, 1884

Sinonímia: Lacerta salamandra Linnaeus, 1758; Salamandra maculosa Laur., 1768: Boettger, 1887; Salamandra maculosa var. molleri Bedriaga; Salamandra maculata Merrem, 1820; Salamandra salamandra var. gallaica Seoane, 1884; Salamandra salamandra var. molleri

Distribuição geral: Portugal e NW Espanha.

Nome vulgar: Saramantiga

1880. Bedriaga. Entre os Constatirte Arten das Baleares figura Salamandra maculosa.

1881 b. Boscá. Ramis citou Salamandra maculosa para a Minorca, não confirmada a citação por Barceló. A questão é: citam-se Salamandridae para as Baleares, inconfundíveis com sapos e rãs, os únicos anfíbios ali conhecidos. Colom (1978), por exemplo, afirma que não há nas Baleares nenhum urodelo, nem sequer a Chioglosa lusitanica E. Boscá.