Combinando didáctica da literatura e exercício
ensaístico, a autora partilha nesta obra a experiência da leitura de
textos de autores de referência (Eça de Queirós, Sophia, Teolinda Gersão),
esclarecendo aspectos teóricos e metodológicos do trabalho analítico até
nos exemplos que apresenta: sublinha o seu movimento aproximativo de
leitura, desde a moldura em ‘grande angular’ compreensiva da modernidade
literária (“Territórios”), até aos rostos autorais e imagens que
os textos esboçam na sua imaginação, figurações; nos “Diários de
Bordo”, desdobra itinerários de leitura, distinguindo-lhe etapas em
progressão de complexidade (do mais literal ao mais abrangente e
esteticamente expansivo) e demonstra o raciocínio que as relaciona,
assim como o movimento intelectivo em que se geram, justificam e
legitimam.
Conteúdos I Roteiro Não Exaustivo:
Da Literatura Portuguesa Contemporânea · Da Poesia
Portuguesa Contemporânea · Reconfigurações da Europa na Cultura
Portuguesa do Romantismo ao início do séc. XX · “José Matias” (1897) de
Eça de Queirós · “O Silêncio” (1966) de Sophia · “A Casa do Mar” (1970)
de Sophia · “Cidades” (2007) de Teolinda Gersão. |
Annabela Rita (n. 1958). Doutorada em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea pela Universidade de Lisboa, em cuja Faculdade de Letras é professora. Integrou a MRPB - Missão para o Relatório sobre o Processo de Bolonha (2003-04) e, actualmente, é Conselheira para a Igualdade de Oportunidades do MCTES. Directora do Centro de Literaturas de Expressão Portuguesa das Universidades de Lisboa, investigadora do Centro de Literatura e Cultura Portuguesa e Brasileira (Universidade Católica Portuguesa) da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, coordenadora de um projecto do Centro de Estudos de Culturas Lusófonas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, membro da Direcção da Associação Portuguesa de Tradutores, do P.E.N. Clube Português, da Associação Portuguesa de Críticos Literários, etc., além de integrar os Conselhos Consultivos da Fundação Marquês de Pombal e do Instituto de Cultura Europeia e Atlântica, tem colaboração ensaística dispersa em periódicos e obras colectivas da especialidade em Portugal e no estrangeiro. As suas principais publicações: Eça de Queirós Cronista. Do “Distrito de Évora” (1867) às “Farpas” (1871-72), Lisboa, Cosmos, 1998; No Fundo dos Espelhos. Incursões na Cena Literária (vol. I), Porto, Edições Caixotim, 2003; Labirinto Sensível (em co-autoria com Casimiro de Brito), Lisboa, Roma Editora, 2003; Breves & Longas no País das Maravilhas, Lisboa, Roma Editora, 2004; O Mito do Marquês de Pombal (em co-autoria com José Eduardo Franco), Lisboa, Prefácio, 2004; Emergências Estéticas, Lisboa, Roma Editora, 2005 (a sair); No Fundo dos Espelhos. Em Visita, Porto, Edições Caixotim, 2005 (a sair). Tem a direcção de três colecções literárias: “Obras de Almeida Garrett” (Edições Caixotim), “Faces de Vénus” e “Faces de Penélope” (Roma Editora). |