Este projecto visa estudar como desdobramentos do conceito de natureza com as expressões - antropológica, psicológica, cosmológica, biológica, sociológica, urbanística, respectivamente - se manifestou entre os jesuítas, nomeadamente, numa concepção tripartida de homem sob o domínio da vontade, em tratados de Filosofia Natural com uma cosmologia preponderante, na Farmacologia operativa entre a saúde e a doença enriquecida pelos conhecimentos indígenas, na estrutura das reduções, em favor da sedentarização e da monogamia, junto dos povos guarani.
Visa ainda criar condições e meios metodológicos que favoreçam comparações, paralelismos, relacionamentos e conexões entre estas instâncias e o processo epistemológico percorrido pela forma como a ciência moderna também foi estipulando a sua concepção de natureza.
Logo, visa finalmente um estudo comparativo entre as visões teóricas mais recentes - sécs. XIX e XX - e as dos jesuítas dos séculos anteriores. Porque eles não desapareceram, mas foram mandados embora, talvez o marco comparativo possa ser este: antes e depois da expulsão dos jesuítas do Novo Mundo. Continuidade ou corte na visão da natureza?
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ANA LUÍSA JANEIRA . Professora Associada com Agregação em Filosofia das Ciências do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa .
Rua Ernesto de Vasconcelos, 1700 Lisboa, tel. 351.217573141, fax 351.217500088 .
Co-fundadora, primeira coordenadora e actualmente investigadora do Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa (CICTSUL) .
Instituto de Investigação Científica Bento da Rocha Cabral .
Calçada Bento da Rocha Cabral, 14 - 1250-047 Lisboa
janeira@fc.ul.pt . aljaneira@sapo.pt
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