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Ana Luísa Janeira

Entre muitos sons e nuvens – marcas andarilhas pelos orientes

Depois de um mês com passagens curtas por New Delhi, Buthan ou o Dubai, e uma permanência prolongada no Nepal, dá para concluir que perdemos em sinos e campainhas o que eles continuam a ganhar em tambores e trompetes, marcando o começar do dia lá pelas 5 e tal, e só terminando com o cair da noite, lá pelas 18.

De facto, o quotidiano em torno dos mosteiros, e são muitos por essas paragens budistas, é marcado visivelmente pela presença de um tempo ligado ao sagrado que não só se impõe por si mesmo, como cadenceia o profano.

Tempo esse onde o corpo se redobra em prostrações, num ritmo muito particular, que não olha a posições sociais ou idades, segundo um esforço visível que se associa a outras tantas dádivas e oferendas.

Assim, a Stupa de Boudhanath, coração especial da vivência tibetana em Kathmandu – em qualquer dia, mas muito especialmente nos “festivais” – parece encontrar, também por isso, as linhas ascendentes dos Himalaias também sempre presentes (como linha do horizonte ou proximidade mais real) numa harmonia que ajuda a despegar na subida.

  

Ana Luísa Janeira 

se lhe apetecer saber mais

pode clicar em www.marcasandarilhas/wordpress.com

 
 
 
   
 
 
   
 
   
 
 
 
 
 
 

Ana Luís Janeira. Professora Associada com Agregação em Filosofia das Ciências do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Rua Ernesto de Vasconcelos, 1700 Lisboa, tel. 351.217573141, fax 351.217500088.

Co-fundadora, primeira coordenadora e, actualmente, investigadora do Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa (CICTSUL).

Instituto de Investigação Científica Bento da Rocha Cabral
Calçada Bento da Rocha Cabral, 14 - 1250-047 Lisboa

janeira@fc.ul.pt

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