O dia é um mar passando na minha alma Com palavras desfocadas das pessoas que passam Numa distância de ausência, Porque o meu ser adormeceu num sol Estranho do esquecimento Que é silêncio absoluto, De onde nascem primaveras brancas E crianças ressurrectas cantando Com o seu riso de flores do eterno; E o meu sangue é uma girândola De lágrimas de alegria para orvalhar O branco em que tudo se tornou. Lisboa, 3 de Maio de 2000 |