Ainda as fissuras da ponte

A.M. GALOPIM DE CARVALHO


Sempre que o governo de António Costa, apoiado pelas esquerdas, sobe mais um degrau no caminho dos êxitos que não pára de conseguir, por demais confirmados cá dentro e lá fora, toda a comunicação social (e é muita) ao serviço das oposições, pois delas depende financeiramente, põe umas cascas de banana na respectiva escadaria, na esperança desesperada de o ver escorregar, se não mesmo, cair.

Desta feita, e não será a última, foi a ponte da “saudade”; na cegueira impensada de, uma vez mais, denegrirem o governo, trouxeram a público uma situação que, ao contrário do pretendido, ou como se diz, vira o feitiço contra o feiticeiro, alerta o cidadão para um facto que andava esquecido e que agora não deixará de perguntar: Se esta ponte (à semelhança da Vasco da Gama) está concessionada a uma empresa privada, a Lusoponte,  então é o governo o responsável pela sua manutenção? E mais,  então são os contribuintes que, além de pagarem as portagens, têm de pagar, com os seus impostos, a dita manutenção? E que governo concessionou (privatizou) estas, que além de colossais fontes de rendimento, representam infraestruturas estratégicas da capital do país?