Conheci o Acácio no Diário Popular, depois passámos ambos para o Diário de Lisboa e a seguir para o Diário de Notícias. Ele era chefe de redacção, eu, colaboradora das secções literárias. Tornámo-nos grandes amigos. De vez em quando almoçávamos pelos restaurantes do Bairro Alto, em Lisboa, mais frequentemente na Associação 25 de Abril.
O Acácio Barradas é das pessoas mais íntegras e mais intransigentemente defensoras dos valores da democracia que já conheci. A partir de certa altura os amigos essenciais, aqueles que partilham connosco a vida mental, começam a ser valores tão importantes que a sua falta nos empobrece até à miséria. É o caso do Acácio, que não morreu inesperadamente, mas cujo óbito me causa imensa mágoa redigir.
Apresento os meus sentimentos à família.
Maria Estela Guedes
Britiande, 26 de Outubro de 2008