A labiríntica inteligência

 

 

 

 

 

LUÍS DE BARREIROS TAVARES
Org.


MANOEL TAVARES RODRIGUES-LEAL
 A labiríntica inteligência cega-me de tão antiga


Quatro poemas inéditos do caderno Apresentação de Paula

 

I

Consinto, dispo-me, depois celebro

minha íntima memória. Que ofício o do cio

e o de cantar-te, mineral. Acaricio-

-te e que mental algidez me percorre,

me embriaga. À noite, dispara-se um tiro

de solidão no crânio. Vos respiro,

e esses corredores álgidos da dor dos dias e da dos deuses, quem os consente?

Lx. 18-6-76