A jornada do louco, uma arte régia

 

 

 

 

 

 

PAULO JORGE BRITO E ABREU


«O inconsciente é estruturado como um teatro.»
Antonio Quinet


( dedico o meu labor à Paz planetária )

 

Paz e Bem para todo o ser vivo. No terceiro livro de «Psicologia», menta, deste modo, o Estagirita (Estagira, 384 a. C. – Atenas, 322 a. C.): o homem não pode pensar, correctamente, sem a ajuda, generosa, dos fantasmas ou imagens. Quero eu dizer: das parábolas, metonímias ou figuras de estilo. Os tropos comandam, desta sorte, a vida psíquica do Homem, por as imagens se manifesta o nosso inconsciente. Meditemos, então, matutemos nós outros: «image» e «magie», na língua do Galo, são perfeitos anagramas. O Autor deste «liber» é, na faina, pessoa bem preste, um Psicólogo de prol, ele é, ademais, o pronto Esoterista: disso trataremos e disso, neste ensaio, nós daremos testemunho. O Tarot de Paul Akh ( Lisboa, 09/ 12/ 1966 ) é pois Ator, o Tarot é um mundo mágico-simbólico. Segundo Jung ( Kesswil, Turgóvia, Suíça, 26/ 07/ 1875 – Kusnacht, Zurique, Suíça, 06/ 06/ 1961 ), o sonho é muito mais do que os resíduos arcaicos, o sonho expressa, o sonho exprime, os Arquétipos – Arcanos. Ou melhor: se a «Psicologia» é de feito uma «fala da Alma», os tópicos são tropos, e o mesmo diremos nós do feérico Tarot. À guisa de escólio: se 22 são as letras do alfabeto hebraico, são 22, outrossim, os Arcanos Maiores, e eis no carme aqui a «jornada do louco», e o carme é o charme e o canto é encanto, e professa, o adivinho, o caroal e divinal. E 22, ademais, 22 são os capítulos do feraz Apocalipse. E Paul Akh ( Lisboa, 09/ 12/ 1966 ), com este livro, e Paul Akh é Professor duma recta e escorreita mistagogia – e é direito, com «adresse», é director o reitor. E referindo-nos, agora, ao múnus e mester de Jacob Levy Moreno ( Bucareste, Roménia, 18/ 05/ 1889 – Beacon, Nova Iorque, 14/ 05/ 1974 ), os nossos psicodramas são compostos no Céu – e representados, com efeito, na terra das sombras – e eis, portanto, o sidéreo, eis o espectro, aqui, da especulação. Se a histeria, para Freud ( Freiberg in Mahren, 06/ 05/ 1856 – Londres, 23/ 09/ 1939 ), é uma obra de Arte deformada, então o louco, segundo Kant, «o louco é uma pessoa que sonha acordada». E os sonhos são Utopias, os sonhos são obras de Arte que nós forjamos e formamos, todalas noutes. Na língua do Galo, «tout songe est mensonge». Que os sonhos, afinal, os sonhos são mentiras que matutadas, manducadas, se transformam em verdade. Sendo o sonho uma curta loucura, a loucura, dessarte, um grande sonho. Sendo a «Pedra Filosofal», de António Gedeão (Sé, Lisboa, 24/ 11/ 1906 – Campo Grande, Lisboa, 19/ 02/ 1997 ), é como aduzia o Poeta da «Mensagem»: loucos são os heróis, loucos são os Santos, são génios os loucos – e era vesânia, pra São Paulo, a «loucura da Cruz» ( 1 Cor, 1: 18, 25 ). E a esquizofrenia, a par da histeria, ela é, muitas vezes, o instante máximo da Obra – e é o que acontece com Mário de Sá-Carneiro ( Lisboa, 19/ 05/ 1890 – Paris, 26/ 04/ 1916 ), Antero de Quental ( Ponta Delgada, 18/ 04/ 1842 – Ponta Delgada, 11/ 09/ 1891 ) e Fernando Pessoa (Lisboa, 13/ 06/ 1888 – Lisboa, 30/ 11/ 1935). E não leixemos, aqui, no oblívio: Holderlin (Lauffen am Neckar, 20/ 03/ 1770 – Tubingen, 07/ 06/ 1843), Bocage ( Setúbal, 15/ 09/ 1765 – Lisboa, 21/ 12/ 1805 ) e Van Gogh (Zundert, 30/ 03/ 1853 – Auvers-sur-Oise, 29/ 07/ 1890).  E, nos nossos dias, a Adília Lopes ( Lisboa, 20/ 04/ 1960 – Lisboa, 30/ 12/ 2024 ), também. Quanto à paixão amorosa, é uma forma de loucura não entravada por a psiquiatria, e as Musas são também o furor e alor. A tese foi defendida por Platão, e, antes dele, por Demócrito de Abdera: não há Poeta, desta sorte, sem furor, e falamos, aqui, do sopro divino. Aprendemos, preste, preste, com o Peripatético: não há nenhum grande Génio que não tenha, em si, uma veia de loucura. Pois falando do Tarot, falando da estesia, falando da Poesia, para Platão a mania é uma forma de mancia. Ou melhor: para Arístocles, de facto, o deus Dioniso e as Musas são «loucura divina» ou hieromania, e Horácio ( Venúsia, 08/ 12/ 65 a. C. – Roma, 27/ 11/ 8 a. C. ) chama, ao canto, uma «amabilis insania». É que o louco, na simbologia, é plasmado por o Tau. É a Cruz em forma de T, a «Crux ansata», o «Ankh», afinal, do povo das pirâmides. E esse Tau, como já vimos, é o número 22. É chamado um número Mestre, ele é, por extensão, o Iniciado, o Adepto, o Construtor das Catedrais. Aquele que vem para alentar, acalentar, alimentar o paciente no jogo da vida. Nós queremos firmar, e no lance confirmar: o livro, ou tirocínio, de Paul Akh ( Lisboa, 09/ 12/ 1966 ), ele versa, e averba, o «Liber Mundi», o «Livro do Mundo» de que falam Rosacruzes. E, também, o Livro da Vida de que fala o Apocalipse. Quero eu, aqui, dizer: o Livro de Thot, o deus da Magia. E se o Nume é o número, e se «Deus geometriza» segundo Platão, nos amparamos e esteamos no Pitagorismo – e eis aqui a «Guematria» do nosso Paul Akh: 7 + 1 + 3 + 3 + 1 + 2 + 8 = 8 + 6 + 3 + 8 = 14 + 11 = 25. E 2 + 5 = 7. O 7 é veramente a entrada nos Mistérios, é o Nume, e o número, das Artes Liberais. Sendo a soma de 3 ( o Espírito ) com o 4 ( a matéria ), ele é, no Arcano do Carro, o Guia, ou Auriga, mandando e comandando a sápida Quadriga. Para Platão, o 3 simboliza a Ideia, e é o 4 a materialização, a concretização, dessa mesma Ideia. São 7 os dias da criação, são 7 os planetas, e são 7, ademais, as cores do arco-íris. É o símbolo, também, dos 7 Chakras, e sendo a sabatina, era, antigamente, o número dos anos do Ensino Secundário. E são 7, portanto, os dias da semana. Mas há mais, ainda mais: com o «Pater Noster» de Mateus, são 7 os pedidos que fazemos, de feito, ao Pai Inefável: «Pai nosso, que estais nos céus, / santificado seja o vosso nome,» ( 1 ) / «venha a nós o Vosso reino» ( 2 ); / «faça-se a Vossa vontade, assim na terra como no Céu» ( 3 ). /«O pão nosso de cada dia nos dai hoje», ( 4 ) /, «perdoai-nos as nossas ofensas», ( 5 ) / «assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido», / «e não nos deixeis cair em tentação», ( 6 ), «mas livrai-nos do mal.» ( 7 ) ( Mt 6: 9, 13 ). Reparando bem, os três primeiros pedidos são dirigidos a Deus, são, os últimos quatro, atinentes ao Homem. Quanto agora ao consulente: tanto no nome civil, como no artístico nome, a primeira consoante ela é decerto o P. E P, portanto, igual a 7. Simbolizado por Neptuno, o P apela à mente, à expressão, e ao feraz criacionismo. É de quem se alcandora, de feito, no espiritual, no caminho intelectual. Neptuno representa a Utopia, o misticismo, as faculdades paranormais. Meditativo e mediúnico, é a fusão do indivíduo no Todo universal. E unindo a Numerologia à ciência onomástica, nós temos, de boamente: Paulo Samuel, Paula Moura Pinheiro e Paulo Borges, e, no estrangeiro, Paul Verlaine, Paul Tillich e Paul Simon, todos eles regidos, ou dirigidos, por o número 7. Reincidindo, agora, na Filosofia: o tópico e típico, do Doutor e Autor, ele é plantar, plasmar, elaborar a doutrina. E essa doutrina, mais que terapeuta, ela é PsicoTaropêutica. À guisa de Paulo Urban ( São Paulo, 10/ 02/ 1965 ), ela é feeria, ela é Terapia do Encantamento. E sendo a Psicologia uma pesquisa espiritual (mormente com o Jung, e também com o Karl Jaspers), é o Homem, dessarte, em busca do «Self». E do princípio, solerte, de individuação. Ou melhor: de uma paixão pela qual valha a pena viver, a pena valha morrer. Falemos, sem falácia, de Karl Jaspers (Oldemburgo, 23/ 02/ 1883 – Basileia, Suíça, 26/ 02/ 1969): Karl Theodor Jaspers, na jorna, ele é feitor, e Autor, de «Psicopatologia Geral» (1913), e eis um clássico da moderna, hodierna, Psicoterapia. Ao qual no ádito aditamos: «Psicologia das Concepções do Mundo» ( 1919 ). Cousa rara, e preclara, ele é Autor, outrossim, de «Os Mestres da Humanidade: Sócrates, Buda, Confúcio, Jesus» ( 1957 ): são quatro figuras, figuras-fulgor, da espiritualidade. Ou melhor, ou melhor: são luminares, e lustrações, da Filosofia de Vida. Que não devem, na lida, ser explicados, eles carecem, no lance, de ser compreendidos. E vividos, no Verbo, até ao acme e acume. Que eles moldem, modelem, modulem, no lais, a nossa jornada. Queremos dizer: através dos símbolos, metáforas e cifras, a «fé filosófica» é o aclaramento, o esclarecimento, da nossa existência, pois com o nosso Akh, ela clareia, abertamente, na clareira do Ser. E sendo, essa cifra, a ponte, a porta ou medianeira, entre o inconsciente pessoal e, nos Arquétipos, o inconsciente colectivo. E sendo o Tarólogo, ou o Psicoterapeuta, uma sorte, uma espécie, de Crítico Literário. Queremos mentar: aquele que decifra o criptograma cordial. Ora reza a Tradição: os Astros inclinam, mas não determinam. Ou na chama e chamada do Shakespeare divino (Stratford-upon-Avon, 23/ 04/ 1564 – Stratford-upon-Avon, 23/ 04/ 1616): «O destino baralha as cartas, mas somos nós que as jogamos.» Assim acerta, e disserta, Arthur Schopenhauer ( Danzig, 22/ 02/ 1788 – Frankfurt, 21/ 09/ 1860 ), o acérrimo inimigo do Hegel professor ( Estugarda, 27/ 08/ 1770 – Berlim, 14/ 11/ 1831 ). Mas por mais atro, e roaz, que seja o nosso Karma, aquele que acende, nas trevas, uma luz, é sempre o primeiro a dela, e com ela, se beneficiar. Pois tanto para o bem, como para o mal, o homem é quem cria, solerte, o seu destino, o homem é fruto, e produto, das suas obras e feitos. Ao contrário do que pensa o lauto Lutero  (Eisleben, 10/ 11/ 1483 – Eisleben, 18/ 02/ 1546), meditemos, biblicamente, com Tiago, 2: 26: «Assim como o corpo sem alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.» Ou como luz, e aduz, o sápido Goethe (Frankfurt am Main, 28/ 08/ 1749 – Weimar, 22/ 03/ 1832):  «No princípio era a acção.» Pois ao invés do que pensam materialistas, nem o passado, nem a raça, nem o meio, são decisivos, terminantes, na existência e na vida do bípede implume; e citando Victor Hugo ( Besançon, 26/ 02/ 1802 – Paris, 22/ 05/ 1885 ), «é que a Palavra é o Verbo e o Verbo Deus é». Em lugar do pretérito, vejamos o futuro, em lugar da etiologia, firmemos, afirmemos uma teleologia. Ou melhor: não somente o porquê, mas de facto, e de feito, o para quê. Que Paul Akh (Lisboa, 09/ 12/ 1966), ademais, concorda, afinal, com Rimbaud ( Charleville, 20/ 10/ 1854 – Marselha, 10/ 11/ 1891 ): mais do que pensarmos à maneira do «cogito», nós somos, em vez disso, bem pesados e pensados por o nosso inconsciente. Quanto ao mais, este livro de Paul Akh ( Lisboa, 09/ 12/ 1966 ) é concorde, no lance, com Santo Atanásio de Alexandria ( Alexandria, Egipto, c. 296 – Alexandria, 02/ 05/ 373 ): é que «Deus se fez homem para que o homem se torne Deus». «Também eu sou da raça dos deuses»: assim sidera, e assevera, a escola de Orfeu. Em seu discurso no Areópago, de Atenas, o Apóstolo dos Gentios cita «Cretica», de Epiménides ( «É nele, realmente, que vivemos, nos movemos e existimos» ), ele cita, outrossim, os «Fenómenos», de Aratos («Pois nós somos também da sua estirpe»), e isto esquadrinhamos em Act 17: 28. E é que é uno, o Tarot, com a Santa Kabbalah, e é que os números, os sons e as letras são o principal legado do Hermes Trismegisto. E é que o Nume é cardeal, é que as imagens e magias elas formam, e forjam, a Música das Esferas.  Que a Matemática, nas artes, é o esqueleto da Poesia, e o Tarot, por isso, é Poesia pintada. O Tarot tradicional (sendo o mais popular o Tarot de Marselha), é composto, cordialmente, por 78 cartas: são trunfos 21, o Mate ou o Louco, e 4 conjuntos de naipes com 14 cartas cada, compreendendo, cada conjunto, 10 cartas numeradas e 4 figuras correspondentes, como os naipes, aos 4 elementos (Rei, Rainha, Cavaleiro e Valete). Ora 22 + ( 4 x 14 ) = 22 + 56 = 78. E ora muito, muito bem: pra nosso pasmo, e assombro, 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 + 11 + 12 = 10 + 18 + 27 + 23 = 28 + 50 = 78. E invertendo, agora, os dígitos de 12, ficamos com 21, é o Louco que vai, destemidamente, até ao fim da jornada. E é que o Mundo é chamado, simbolicamente, a Coroa dos Magos. Mas precisemos, agora, os nossos lemas e noemas. Quem recorre, sibilino, aos cartomantes, não vai às consultas para aprender («mathein»), mas pra sofrer, patético, emoções, para ter a simpatia («pathein»). Ou nas palavras do Professor, e Doutor, Eudoro de Sousa ( Lisboa, 1911 – Brasília, 14/ 09/ 1987 ): «O mistério da catarse podia consistir, simplesmente, na sua original afinidade com a catarse dos Mistérios.» Foi só adunando Aristóteles (Estagira, 384 a. C. – Atenas, 322 a. C.)  a Freud (Freiberg in Mahren, 06/ 05/ 1856 – Londres, 23/ 09/ 1939)  que forjou, Jacob Levy Moreno   (Bucareste, Roménia, 18/ 05/ 1889 – Beacon, Nova Iorque, 14/ 05/ 1974), o preste Psicodrama. Que o astro é pois o estro, e imitação, lilialmente, é o mimo e a «mimesis», é o Mito e a mentira postos em acção. Ou melhor: morrendo, como histrião, renasce, o Poeta, como Mago ou Saltimbanco, o dono e o senhor dos jogos malabares. Ensina, desse modo, o Peripatético: se apela, a História, para o particular, anela, a Poesia, o Mito universal, quer dizer: do inconsciente pessoal se passa, preste e pronto, para o colectivo, oblativo inconsciente. É assim que podemos compreender a paixão, o apalavrar, o parecer de Kierkegaard (Copenhaga, 05/ 05/ 1813 – Copenhaga, 11/ 11/ 1855): quanto mais individual, tanto mais existente, quanto mais subjectivo, tanto mais universal. E por isso diremos ora: Paul Akh (Lisboa, 09/ 12/ 1966), desta sorte, ele é ex-cêntrico. À força de contemplar o protótipo, isto é, o Astro ou Arquétipo, nem dá por o filisteu, por o banal e prosaico da vida quotidiana. A isso chamam, os Gregos, «Teoria». A isso chamava, o Schopenhauer ( Danzig, 22/ 02/ 1788 – Frankfurt, 21/ 09/ 1860 ), a especulação, a templação, da Ideia Platónica. Queremos dizer, o con-siderar, o esquadrinhar, o sidéreo, com a ajuda de um espelho. E não é que o Espinosa (Amesterdão, 24/ 11/ 1632 – Haia, 21/ 02/ 1677) era um polidor de lentes??? E não é que, para Schelling ( Leonberg, 27/ 01/ 1775 – Bad Ragaz, 20/ 08/ 1854 ) e Hegel ( Estugarda, 27/ 08/ 1770 – Berlim, 14/ 11/ 1831 ), os dous Filaleteus, os dous colegas em Tubingen, era, a Beleza, a Ideia arquetipal tornada sensível??? Quanto a nós, perfilhamos a ideia de que é, o Tarot, uma ciência milenar, nascida, quiçá, no Egipto das Pirâmides. E seguindo e segundo Court de Gébelin ( Nimes, 07/ 01/ 1725 – Paris, 10/ 05/ 1784 ), no avito idioma egípcio o vocábulo «Tarot» é a junção de «Tar» (caminho, rota), com «Rho» (Rei, Real); ele é, pois, o Caminho real ou Caminho verdadeiro. Ou melhor: aquilo que está escrito nos Akáshicos Arquivos. E chegamos, emocionado e movido, à Logoterapia; ela é, por definição, «uma psicoterapia que fala do espiritual». Seu criador e promotor foi, de facto, Victor Frankl ( Viena, 26/ 03/ 1905 – Viena, 02/ 09/ 1997 ). Na sequência de Freud ( Freiberg in Mahren, 06/ 05/ 1856 – Londres, 23/ 09/ 1939 ), primeiro, e do Adler ( Rudolfsheim, 07/ 02/ 1870 – Aberdeen, Escócia, 28/ 05/ 1937 ), depois, é a tércia, ou terceira, escola vienense de Psicoterapia. Cunhado, em 1926, o termo «Logoterapia», para o solerte Victor Frankl a neurose não vem só do recalcamento das pulsões, ela é, acima de tudo, espiritualidade recalcada, e preste aporretada. E como é que Victor chegou a esta conclusão??? Foi, antes de mais nada, por a experiência, tormentosa, dos campos de concentração. Foi a Geena, desse modo, vivida na terra, e nela perdeu, o Psiquiatra, seus Pais, sua mulher, e seu irmão outrossim. E foi o lance lancinante, e foi a raiva e o desdouro, mas foi, o Averno, totalmente ultrapassado: em 1946, em 9 dias consecutivos, o esculápio regista e escreve, ele grafa e grava, supimpa, «A Psychologist Experiences the Concentration Camp», «Em Busca de Sentido: um Psicólogo no Campo de Concentração». Um pouco por todo o mundo, esse livro vendeu 12 milhões de exemplares. E o holocausto, por isso, nazi, foi o que sucedeu, igualmente, com outro vienense, com o Bruno Bettelheim  (Viena, 28/ 08/ 1903 – Silver Spring, Maryland, 13/ 03/ 1990).  Bettelheim o Autor, acareado, da «Psicanálise dos Contos de Fadas» ( 1976 ). Revertendo agora a Victor: quem é senhor do próprio caos ele só se livra, e amelhora, criando, na cruzada, um novo Cosmos. «Análise existencial»: eis uma expressão forjada, por Frankl, em 1939. Quanto ao mais, Victor Frankl concorda, caroal, com Álvaro Ribeiro (Porto, 01/ 03/ 1905 – Lisboa, 09/ 10/ 1981): a Arte ela é expressão do inconsciente, o inconsciente ele é expressão do preternatural. E eis aqui de Victor a tese de doutoramento em Filosofia: se trata, e correlata, «O Deus Inconsciente» (1948). E é, precisamente, a dimensão noológica, que exalça, no homem, já não a «vontade de poder», mas, sempre e sim, a «vontade de sentido». «A Respeito do Sentido da Vida»: eis a prima colação de Victor Frankl, em 1921. Sendo, a neurose, uma falta de norte, um vazio, desse modo, existencial. E mencionemos, por mor do Númen, «Psicoterapia e Existencialismo» ( 1967 ). E memoremos, nós ora, com a vénia devida; para Carl Gustav Jung ( Kesswil, Turgóvia, 26/ 07/ 1875 – Kusnacht, Zurique, 06/ 06/ 1961 ) é como segue: para os doentes e dolentes na segunda metade da vida, a neurose é qual recusa, o enfraquecer, da espiritualidade. Por vocábulos outros, religião é qual catarse para o sápido Jung, religião sempre é sistema da Psicoterapia. Que a existência, desse modo, para Victor, é a resposta que nós damos ao Deus que nos apela. E estamos longe, mui longe de Freud para quem era, a religião, uma neurose obsessiva infantil. Mas mesmo para Freud não é, a religião, contraproducente, ouçamos o que ele escreve em «O Futuro de Uma Ilusão» ( 1927 ): «É certo também que o crente se encontra protegido, em elevado grau, contra o perigo de certos distúrbios neuróticos. A aceitação de uma neurose universal subtrai-o à hipótese de formação de uma neurose pessoal». A respeito, ainda, da Logoterapia, ouçamos o «sage», na vis, que é Victor Frankl: «Quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se.» Ou melhor: quem quiser mudar o mundo começará, na monda, por mudar-se a si próprio: o que está no alto, está na base, e o que é fora, dentro está. E antes, na freima, de findarmos: o Paulo nasceu na cidade lisboesa, a 09/ 12/ 1966. Quem nasce a 9, é movido, destarte, por a celeste Boa Nova. Ele é humanitário, missionário, ele serve os outros para a concretização do Reino de Deus – e é dele o caminho da «Philadelphia», filantropia, ou Filosofia; poderá ser, o nono, afecto, e afeito, a doutrinas esotéricas. Os nados a dia 9 eles são também pessoas que amam as artes, eles poderão campear em trabalhos caroais, e portanto criativos. Ora isso envolve música, pintura, teatro ou literatura; o Papa João Paulo II, que era Poeta, nasceu em Wadowice, a 18 de Maio de 1920; Paul McCartney, o «Beatle», foi nado em Liverpoool, a 18 de Junho de 1942 – e 1 + 8 = 9. Mas há mais, ainda mais: o criador do Psicodrama, Jacob Levy Moreno, foi nado em Bucareste, a 18 de Maio de 1889, com a mesma vibração, deveras, do Vigário de Cristo. Mencionemos, ainda, Friedrich Hegel; ele foi nado em Estugarda, a 27 de Agosto de 1770, e 2 + 7, novamente, igual a 9. E eis a prova probante de que é, o Pitagorismo, bem recto e escorreito: o supimpa John Lennon nasceu em Liverpool, a 9 de Outubro de 1940. E a 9 de Março de 1907, em Bucareste, foi nado, meigamente, Mircea Eliade. E qual é a Missão do nosso Paul Akh??? Somando o dia com o mês chegamos à resposta: 9 + 12 = 21, sendo 1 + 2 = 3. Ora se 1 é o homem, e o 2 é a mulher, 1 + 2 = 3, que é o número do filho: é a Obra a ser feita, esta é portanto a via da criatividade. E prosseguindo, na freima, o nosso Ágape, agora: o Paulo nasceu a Dezembro ( 12 ) e 1 + 2 = 3. Como profissão, recreio, ou como «hobby», é a Arte qual a via do beletrista ou publicista. E vamos nós ora ao ano de nascimento: em 1966, 1 + 9 + 6 + 6 = 22: é um ano de conseguimentos pragmáticos e práticos. Grandes Obras, desse modo, grandes Obras são feitas com esta vibração. E quanto, agora, ao Número de Destino, ou Número de Vida, somemos, do Paul, somemos os dígitos da data natal: 9 + 1 + 2 + 1 + 9 + 6 + 6 = 12 + 22 = 34, e 3 + 4 = 7. Ou melhor: o Paulo é um Psicólogo de livros e de livres, ele procura, e ele professa, as Artes Liberais. Até ao cume e à crisálida. Até ao Karma, à credência, até à força da crença………………………………………….


Tomar, 16/ 03/ 2025

DAT ROSA MEL APIBUS

PAULO JORGE BRITO E ABREU