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venda das raparigas . britiande . portugal . abertura: 2006 |
R.'.V.'.C.'. das Raparigas, nº 16,
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DIEGO DE ALMEIDA |
Igualdade na Maçonaria -
Deficientes físicos e o landmark 18 |
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seus artigos iniciais, nos fala que:
Estive visitando alguns sites de Lojas e Potências Maçônicas e qual não foi minha surpresa quando me deparei com uma foto de um maçom vestido em trajes de Mestre, em uma loja francesa, em uma cadeira de rodas e com facies típicas de portador de esclerose múltipla! Já tinha parado para pensar outras vezes sobre o assunto “necessidades especiais e maçonaria”, até mesmo por questões particulares e familiares, mas até então, desconhecia a existência de maçons com tal grau de deficiência. Foi aí que reacendeu em mim o questionamento sobre alguns Landmarks da Maçonaria, como o Landmark 18 de Albert Mackey transcrito anteriormente. Se a Maçonaria se vale dos preceitos de Igualdade, Fraternidade, Liberdade e União, defendendo-os e propagando-os, como pode ter como regra básica de conduta um “artigo” de cunho tão retroativo e preconceituoso? Se no passado, mulheres, deficientes físicos e “escravos”, não eram tidos como seres humanos em pé de igualdade com os “homens”, esse tempo passou e muita água rolou por de baixo da ponte da história. Outra incongruência desmedida é o fato de a Maçonaria primar por ser investigadora das verdades e promotora do bem social e, mesmo assim, admitir que seus Landmark “sagrados” são dogmas imutáveis, incontestáveis e absolutos. Que tipo de investigador da verdade é este, que está preso a decretos de algum “desmiolado” preconceituoso do passado, agrilhoado a uma forma pré-estabelecida de pensar, tolhido de seu livre-arbítrio e de sua livre-consciência, trilhando passos já pisados sem poder inquirir um porquê das coisas? Já era contra o Landmark 18 por ser excludente com as mulheres, que sempre foram nossas iguais e sempre participaram das sociedades iniciáticas do passados, das filosóficas, religiosas e afins. A mulher sempre esteve na Maçonaria desde seu primórdio e só foi “excluída” do seu meio por um pensamento típico clericalista inglês do Século XVIII, machista, escravagista e classicista. É este mesmo pensamento que exclui até hoje pessoas de bem, inteligentes, produtivas, Humanas, de suas lojas, apenas por não cumprirem com os “padrões de perfeição física” exigidos. Uma das Maçonas mais encantadoras e inteligentes que conheci (sim, uma mulher maçona), minha amiga Stella, falou uma vez que os segredos da Maçonaria residem em seus sinais, palavras e toques especiais e típicos de cada grau. Sendo assim, ela jamais poderia trair os segredos maçônicos, pois, por questões pessoais que a impediam de frequentar assiduamente os trabalhos em loja, muitos desses sinais, toques e palavras ela já havia esquecido ou confundido. Muito parecido já ouvi de graduados mestre-maçons, que tinham receio de visitar uma outra Loja, pois não lembravam como se fazer reconhecer maçons caso isso lhes fosse requisitado. Assim sendo, se pessoas capacitadas fisicamente podem “falhar” com os ensinamentos maçônicos e mesmo assim, continuar sendo maçons, sem maiores problemas, por que vamos impedir que outras pessoas sejam iniciadas nos mistérios maçônicos, só por não poderem dar um toque ou fazer um sinal? Se possuem capacidade intelectual para estudar, meditar e se aprimorar sócio-cultural-moralmente, não lhes falta nada que seja exigido de um candidato para poder participar dos estudos que os mananciais da maçonaria oferecem a seus consortes. Muitos expoentes da cultura, das artes, política e várias outras áreas do conhecimento humano tinham deficiências e nem por isso foram menos eficientes em suas atividades. Beethoven compôs a 9ª Sinfonia em Ré menor quando já estava praticamente surdo e muitos consideram que esta peça é sem dúvida fruto do ápice de sua genialidade. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, mesmo mutilado por sua doença (que até hoje não se confirmou o diagnóstico) continuou esculpindo e em 1796 recebeu uma encomenda de grande importância, para a realização de esculturas da Via Sacra e os Profetas para o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, consideradas a sua obra-prima. Atualmente, no esporte, vemos atletas de várias idades e modalidades que são verdadeiras marcas de superação, competindo em olimpíadas e jogos por todo o mundo, e são chamados de “para-atletas”, pois apresentam deficiências físicas. Contudo, a despeito de suas deficiências, dão de 10 a 0 em muitas outras pessoas, atletas ou não, com seus “corpos perfeitos”! Por isso e por vários outros exemplos que temos, sou levado a crer que nenhuma necessidade especial que alguém possa apresentar é fator impeditivo absoluto para que o mesmo participe da Maçonaria. Já não somos mais operativos; não necessitamos de corpos fortes e mão hábeis para realizar as tarefas de construção e artesanato; nossa obra é realizada com nossa mente e nossa argamassa é o estudo pautado no discernimento e na razão! Se é Igualdade, Fraternidade, Liberdade e União que defendemos e usamos por lema, que o sejam também por nós propagadas a começar dentro de nossas próprias Vendas e Lojas! Sejamos os exemplos de Igualdade, pois vãs são as palavras, quando não se acompanham de ações. |
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LINKS: |
La Renoué - Le Rite Forestier des Anciens - http://www.larenouee.org/ |
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Revista TriploV |
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