Neste momento, já não importa o conteúdo do relatório sobre a fuga de
informação nas secretas. O importante é saber se os intervenientes são da
Maçonaria.
Sendo isto muito importante, para não criar um Estado dentro do Estado ou
que aconteça em Portugal um novo caso P2, o importante é apurar
responsabilidades sobre a passagem de informações secretas para entidades
que nada tinham a ver com os serviços, ou a utilização das secretas para
fins diferentes daqueles para que foram criadas. Se no interior dos serviços
houve más práticas, devem ser apuradas e os autores devidamente punidos,
sejam da Maçonaria, de uma outra qualquer obediência, de qualquer partido ou
grupo económico ou de pressão. As pessoas podem filiar-se naquilo que bem
entenderem.
Não podem é com isso ter privilégios que os não filiados não têm, nem estar
acima da lei. Esta tem de se aplicar a todos. A desilusão com o relatório é
que ele não apura responsabilidades individuais. Não me interessa que o
responsável seja a Maçonaria. Gostava era de saber quem foram
individualmente os responsáveis e quais as consequências. Isto é que era
importante. O resto é ficar tudo na mesma.
Correio da Manhã 2012-01-06
Selecção e Edição: BuenoPress, Gabinete de Imprensa & Edições buenopress@gmail.com
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