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Breve historial da Maçonaria Carbonária em Portugal Pelo Irmão A.M.Gonçalves Mestre Maçom [1] R.L. Anderson nº 16 Grande Loja Regular de Portugal/GLLP 14º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceite. |
Notas |
[1] Mestre ?Maçom ?.Grande Loja Legal de Portugal - Grande Loja Regular de Portugal; Iniciado em 8.04.97 na R?L ? Estrela da Manhã nº 7; Perfeito e Sublime Maçom, 14º Grau ? R.L. Perfeição Albert Pike sob jurisdição do Supremo Conselho para Portugal do ?.Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceite. [2] M.C. Jacob, The radical Enlightenment: Pantheists, Freemasons and Republicans, Londres, 1981; G. Gayot, La franc-maçonnerie française. Textes et pratiques, Xviiie-Xixe siècles, Paris, 1980. [3] Gnoose and Gridiron, Crown ale House, Apple Tree, Rummer and Grapes. Ver Alec Mellor, Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons, Martins Fontes, S. Paulo, 1989, pp 16-17. [4] Neste sentido M. Borges Grainha, História da Maçonaria em Portugal, Lisboa, 1912, p. 31. [5] A. H. Oliveira Marques, A Maçonaria portuguesa e o Estado Novo, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1983, p. 43. [6] Quase todos os membros da loja eram católicos e frequentavam o Corpo Santo, gozando de boa opinião pública. Ver lista de obreiros da Loja em A.H. Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal, Lisboa, Editorial Presença, vol I -Das origens ao triunfo, p. 123. [7] A Bula viria a ser conhecida em Lisboa, dias antes de 24 de Junho de 1738, mas seria divulgada em 28 de Setembro do mesmo ano. A Bula considerava que nas lojas se associavam homens de todas as religiões; que o que aí se praticava ficava encoberto com inviolável sigilo; procediam mal porque se assim não fosse não aborreceriam tanto a Luz; em vários países a Maçonaria fora proscrita pelo Poder Temporal, por contrária à segurança do Estado. Concluía condenando todos os conventículos de pedreiros-livres e proibindo todos os católicos de neles entrarem ou por alguma forma propugnarem, ocultarem e auxiliarem, sob pena de excomunhão, ordenando aos bispos e aos inquisidores de todo o orbe católico que inquirissem os transgressores e contra eles procedessem, castigando-os, se necessário com o auxílio do braço secular. A.H. Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal, ibidem, p. 125. [8] Jasper Ripley, The Freemasons, Robinson, Londres, 2000, p. 55. [9] S. Vatcher, John Coustos and the Portuguese Inquisition, Acta Quatuor Coronatorum, Transactions of Quator Coronati Lodgem vol 81 (1968) p 9-87. A. R. Hewet , Tribulations pf an English Lodge, 1799, 1971. Wallace McLeod, John Coustos: his Lodges and his book'', 1979. [10] Neste sentido Ripley, ibidem, p 55. [11] Grainha, ibidem, pp 35-7. [12] No mesmo sentido, Arthur Edward Waite, A New Encyclopaedia of Freemasonry, Nova Iorque, Wings Books, p. 17. [13] Oliveira Marques, História da Maçonaria .., vol I, p. 122. [14] Ver Oliveira Marques e Alves Lins em Pombal na tradição portuguesa, separata de Pombal Revisitado, coordenação de Maria Helena Carvalho dos Santos, vol I, Lisboa, 1984, pp. 61-71 e Domingos Maurício, Pombal e Maçonaria, Brotéria, Vol LXXXIX, ano II, 1969, pp. 478-487. [15] Ver Oliveira Marques, ibidem, p. 45. É possível que só com a vinda do Conde de Lippe em 1762, passassem a existir lojas com participação de nacionais portugueses. Ver Maria da Graça Silva Dias, Anglismo., p. 400. [16] Nada aponta, no entanto, no envolvimento da maçonaria contra a Monarquia Absoluta ou que os maçons portugueses estivessem vinculados ao liberalismo político e francês ou mesmo fisiocrático. Esta primeira Maçonaria Lusitana não põe em causa o poder instituído e adopta convictamente uma atitude de bom entendimento com os governos existentes orientação adoptada pela Grande Loja de Inglaterra em 1717. Por outro lado a alegação da atitude do Marquês como anti-católica é em si despropositada. Pombal é como D. Luís da Cunha, Ribeiro Sanches e Vernei um dos expoentes do Iluminismo católico. Maria da Graça da Silva Dias, Anglismo na Maçonaria em Portugal no limiar do Século XIX, revista Análise Social, II Série, Vol. XVI, 1980, nººs 61-2. pp 399-428. [17] Latino Coelho, História política e militar, tomo 3. p. 67. [18] Latino Coelho, História política e militar, tomo 2, p. 385. [19] Não se encontra provado que a Maçonaria ou os franco-maçons tivessem sido no século XVIII propulsores das ideias da Revolução Francesa ou tivessem conotações jacobinas. A lenda do jacobinismo é como refere Maria da Graça Costa Dias uma visão apriorística de Pina Manique que se encontra, a partir de certo momento, sob influência das leituras de Barruel, conhecido intelectual anti-iluminista. É conhecida a tese do Jesuíta: a Revolução Francesa fora obra de um complôt maçónico, ou melhor de três conspirações - a da incredulidade, a da rebelião e da anarquia - que se haviam fundido no grande clube dos jacobinos. Maçon é na doutrina política contra-revolucionária igual a jacobino, logo partidário dos franceses logo traidor. Por volta de 1773 desenvolvera-se actividades de recrutamento a partir de Lisboa, envolvendo intelectuais e estudantes em Coimbra e Porto. Em Lisboa, vários maçons estrangeiros encontrava acolhimento junto de influentes personalidades como o ministro e cônsul dos Estados unidos e o cônsul da Suécia em Lisboa, que mantinham relações próximas com o Abade Correia da Serra e o Duque de Lafões considerados próximos das ideias da Revolução Francesa. Opor esta época, a maçonaria ter-se-á espalhado por terras americanas, designadamente no Brasil, embora se possa admitir a existência ali de maçons vindos da Europa desde há algum tempo. [20] Oliveira Marques, ibidem, p. 45. [21] Borges Grainha, ibidem, p. 53. [22] Hipólito José da Costa terá no regresso a Portugal visitado o Grande Oriente de França com o mesmo intuito. Em 25 de Abril de 1884 foi assinado um tratado entre os Grandes Orientes da França e de Portugal estabelecendo relações de amizade e fraternidade entre as duas Obediências, bem como conferindo privilégios e direitos iguais para maçons de ambas. A ratificação pela França seria no entanto adiada, sine die, e a certo tempo o tratado foi arquivado. As razões encontram-se por explicar. Oliveira Marques, História da maçonaria., vol I, p. 81. [23] Ver detalhe em Borges Grainha, ibidem, pp 56-59. [24] Neste sentido, Luis Nandin de Carvalho, Teoria e prática da Maçonaria, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1995, p. 64. [25] Jasper Ripley, The Freemason, ,ibidem, pp 152-3. [26] Alec Mellor considera-o em Dicionário da Franco-Maçonaria e dos franco-maçons,p. 321, uma falácia já que não há vestígio do funcionamento em Malta durante esse tempo de uma loja maçónica. [27] Ripley, ibidem, p. [28] Borges Grainha, ibidem, pp 60-1.. [29] Ver Borges Grainha, ibidem, p. 62 e Oliveira Marques, ibidem, p. 47. [30] Originária de um dos membros do Conselho de Regência, o Bispo do Porto, e que pretextaria a folha volante de desagravo escrita por José Liberato e citada por Borges Grainha, ibidem, pp, 66-7. [31] Borges Grainha, ibidem,p. 67. [32] Oliveira Marques, História.ibidem, p. 109. [33] Oliveira Marques, Ensaios de Maçonaria, Lisboa, Quetzal Editores, p. 50. [34] O General Gomes Freire de Andrade seria escolhido por Junot para a Legião Lusitana que saiu de Portugal em 1808 e acompanhou os exércitos napoleónicos, tendo tomado parte na campanha da Rússia. Freire de Andrade havia sido iniciado na Loja de Viena a que pertencera também Amadeus Mozart. [35] Luz Soriano, História da Guerra Civil, 3ª época, vol 2º, p. 260. [36] Maria da Graça Silva Dias relativiza a importância de Gomes Freire de Andrade considerando que por detrás dele e dos seus projectos estava o príncipe Augusto Frederico, duque de Sussex, grande oficial da maçonaria inglesa, que seria depois seu Grão-Mestre. [37] Ver Oliveira Marques, ibidem, p. 47. [38] Borges Grainha, ibidem,p. 76-7. [39] Sobre o Sinédrio ver Dicionário da História de Portugal, Joel Serrão, vol III, pp 893-893. [40] Luz Soriano, História da Guerra Civil, vol 2, parte 1ª, p. 185. [41] Pinheiro Chagas, História de Portugal, p. 53 e 54. [42] D. Pedro nunca renegaria a sua condição de maçon. Entre 1831 e 1834 rodear-se-ia na luta contra D. Miguel de maçons famosos: Mouzinho da Silveira, Cândido José Xavier, Agostinho José Freire, Bernardo de Nogueira, Silva Carvalho, Joaquim António de Aguiar, Francisco Simões Margiochi, Pereira do Carmo Saldanhas e outros. Era também maçon o seu confessor pessoal, Padre Marcos Pinto Soares. Oliveira Marques, Ensaios., p. 91. [43] Borges Grainha refere-se à alternância entre Silva Carvalho, o Duque de Saldanha e Passos Manuel à frente do governo e da oposição. Estes Grão-mestres foram também chefes de várias revoluções políticas da época. Passos Manuel foi chefe da revolução de Setembro de 1836 (a Setembrista) que pôs de parte a Carta outorgada por D. Pedro e proclamou a Carta de 1822. A revolução de 1842 (a Cartista) foi feita pelo Grão-Mestre Costa Cabral com o apoio de lojas do seu ''Oriente''. [44] Oliveira Marques fala, ibidem, p. 50 que entre 1849 e 1867 coexistiram em Portugal cinquenta e oito obediências maçónicas distintas. [45] Borges Grainha, ibidem,p. 113-4.. [46] Oliveira Marques, ibidem, p. 115. [47] Integrando-se como refere Oliveira Marques grande parte da elite do país como Egas Moniz (cientista), Rafael Bordalo Pinheiro (artista), e escritores como Camilo Castelo Branco, Antero de Quental, Inocêncio da Silva, Gomes de Brito, Heliodoro Salgado. [48] Oliveira Marques, ibidem, p. 52 [49] Proclamada em Fevereiro desse ano em França. [50] Augusto José Vieira, História do Partido Republicano Português, 1909, p. 128. [51] Borges Grainha, ibidem, p. 156. [52] Oliveira Marques sublinha nos seus Ensaios de Maçonaria, ibidem, p. 62 que a Maçonaria patrocinou a constituição da Carbonária, alavanca decisiva na Revolução do 5 de Outubro de 1910. [53] Alec Mellor, Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons, p. 84. [54] Borges Grainha, ibidem, p. 136. [55] Machado dos Santos in A Revolução Portuguesa, citado por Oliveira Marques, ibidem, p. 54. [56] Diz Jorge de Matos in O pensamento maçónico de Fernando Pessoa, Lisoba. Hugin Editores, 1997, p. 135, «importa ter em consideração que se a maçonaria se poltiza, profanando a iniciação, deixa de o ser, ou deixa de o existir - ou a maçonaria se assume na sua condição depositária da respectiva Tradição espiritual e na sua praxis dinâmica como transmissora de um percurso iniciático ou não o é, pois a expressão « maçonaria política» é em si um contra-senso». [57] Oliveira Marques, ibidem, p. 54-5. [58] Oliveira Marques diz «parece fora de dúvida que as divergências políticas entre radicais e conservadores e com a sua expressão social no conflito entre grupos burgueses, se tinham introduzido na família maçónica, levando o grupo mais á direita a constituir-se autonomamente». [59] A caracterização da ditadura militar instituída em 28 de Maio de 1926 como regime fascista ou corporativo divide há muito a doutrina histórica sobre Portugal Contemporâneo. Ver José Mattoso, História de Portugal, xxxxx volumes, Kenneth Maxwell, The Making of Portuguese Democracy, Cambridge, Cambridge University Press, Fernando Rosas, Nova História de Portugal - O Estado Novo, vol XII, Editorial Presença. [60] Oliveira Marques, ibidem, p. 59 [61] Oliveira Marques, ibidem, p. 60. [62] Oliveira Marques, ibidem, p. 60 [63] Oliveira Marques, ibidem, p. 60 [64] Em Paris a Liga dos intelectuais no exílio integra maçons notáveis como Jaime Cortesão, Afonso Costa, José Domingos dos Santos. Só não é maçon António Sérgio e Álvaro da Costa. O grupo de exilados de Madrid integra maçons como Jaime de Morais e Moura Pinto e constituirá uma loja, a República Portuguesa,na dependência da Gran Lógia Reginal del Centro de Espana, a qual irá bater colunas em 1936 com o eclodir da guerra civil. [65] Arthur Edward Waite, A New Encyclopaedia of Freemasonry, «Introduction», Nova Iorque, Wings Books, 1970, xxxvi. [66] Foram maçons, segundo Luís Nandin de Carvalho, in Teoria e Prática da Maçonaria, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1995, p. 79, Magalhães Lima, o General Humberto Delgado (grande opositor a Salazar e mandado matar por ele em Espanha), o Cardeal Costa Nunes (vice-carmelengo da Santa Sé), Egas Moniz (Prémio Nobel), Teixeira de Pascoais, Alexandre Herculano, Almeida Garrett, Vitorino Nemésio (escritores), Fernando Pessoa (o maior poeta português do Século XX), o almirante Norton de Matos (candidato à Presidência da República contra o favorito de Salazar). [67] Através do Decreto-Lei nº 594/74, de 7 de Novembro. [68] Segundo alguns relatos, que não pudemos comprovar, maçons do Grande Oriente Lusitano partidários da regularidade maçónica e da obrigatoriedade do reconhecimento internacional abandonaram a 29 de Junho de 1983 o Grémio Lusitano para fundar um templo provisório na Av. Almirante Gago Coutinho. [69] A Grande Loja de Inglaterra e as Confederações maçónicas norte-americanas haviam cortado as relações com o Grande Oriente Lusitano no decurso do século XIX na sequência do desrespeito pelo GOL dos landmarks da maçonaria universal. [70] Neste sentido, Luís Nandin de Carvalho, Teoria e prática da Maçonaria, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1995, p. 84. [71] O semanário Expresso publicava na sua edição de 9 de Janeiro de 1985 um artigo a este propósito intitulado Cisão na maçonaria - os dissidentes formam a sua Loja maçónica. [72] Luís Nandin de Carvalho, ibidem, p. 88. [73] Entrevista de Oliveira Marques ao historiador Oliveira Marques, ao tempo Grão-mestre Adjunto do Grande Oriente Lusitano, publicada no semanário O Jornal, 6 de Setembro de 1985, citado em Oliveira Marques, Ensaios., p. 111. [74] Em 29 de Junho de 1991 seria consagrada pela Grande Loja Nacional de França e durante os anos seguintes reconhecida pelas Grandes Lojas do Canadá, dos Estados Unidos, da Suiça, do México, do Grande Oriente do Brasil. [75] Para uma análise deste cisão ver A maçonaria entreaberta, Luís Nandin de Carvalho, Lisboa, 1997, Hugin Editores. |