Algum feedback do TriploV
Maria Estela Guedes

O TriploV começou em 2001, fez por isso cinco anos. Começou com 30 MBs, salvo erro. É escusado dizer quantos gigas temos agora porque o tamanho do site aumenta à medida das necessidades. O espaço aluga-se, mas quando precisamos dele, em geral também precisamos de mudar de servidor, porque há necessidade de mais cavalos, ou mais potência e coisas afins das quais pouco sei.

O TriploV custa dinheiro, eis o que pretendo dizer. E era tão fácil cobrir as despesas! Bastava que os nossos amigos e colaboradores fossem mais curiosos e clicassem nos anúncios do Google para ver o que propôem os anunciantes: belas férias no Brasil, uma missinha na Igreja Positivista, um cartão de crédito que nunca nos deixa ficar mal, seminários de teologia, livros bons e baratos, anúncios do próprio Google às suas actividades caritativas, eu sei lá! Os anúncios mudam, mas agora, no rodapé desta página, veja o que tem à sua disposição, para viver alegremente endividado: crédito! O meu artigo mostra algarismos, fala de dinheiro, e o Google funciona por homonimia e analogia (lê palavras-chave e reage, pondo na página anúncios a produtos cujo nome se relaciona com o que figura no artigo), por isso, toca de nos propor negócios! Não o aconselho a endividar-se ainda mais, se for o caso, mas se clicar nesses "créditos" aí em baixo, estará a influir na economia mundial em geral, e no mealheiro do TriploV em particular.

Outro dispositivo que age sobre o caga-cêntimos é a caixa de pesquisa do Google. Isto não vale para a fachada porque na fachada está uma "site-search", robot de outra empresa que só pesquisa dentro do TriploV. Os meus amigos estão dentro de uma página qualquer, têm a "search" do Google, escrevem, por exemplo, "Cruzeiro Seixas", se quiserem saber algo sobre o artista. Quando o Google der os resultados, em cima, aparecem anúncios a cruzeiros no Mediterrâneo e tal. Farão bem em ver que cruzeiros há por aí, quais os preços, onde atracam os navios, etc..

Existe um mundo debaixo daquelas letrinhas pequenas e discretas, que vale a pena explorar, porque, de cada vez que alguém explora, por inexplicáveis mecanismos cibernéticos, o Google deixa cair cêntimos no nosso mealheiro. Ora os estimados amigos e colaboradores, de Maio de 2005 a Maio de 2006, só clicaram até o Google pagar metade das despesas de rotina, que são as fixas: o aluguer do servidor e os serviços do operador técnico. Para trabalhos de cyberdesign, e alguns comentam que o TriploV é um site muito bom, pena ter tão pouco design, não chega de maneira nenhuma! Então, meus amigos, vamos a isso, vamos melhorar o design! Para tal, façam pesquisa nas caixinhas Google do TriploV e cliquem generosamente nos links da publicidade.

Não me estou a queixar, estou a informar. Do mesmo modo que passámos de 300 hits por mês para um milhão e meio, já mostro, também havemos de aumentar os rendimentos vindos da publicidade paga pelo Google.

Hoje um colaborador deu os parabéns por termos ultrapassado os duzentos mil hits no contador da fachada. Bom, esse contador é uma referência e uma relíquia: ele só conta o número de vezes que alguém entra na página onde ele está. O TriploV tem um vasto arquivo, com umas doze mil páginas. E essas páginas estão sempre a ser acessadas por pessoas que, em qualquer ponto do planeta, fazem pesquisa nos motores de busca. Vou mostrar alguma informação sobre essas pessoas, proveniente de uns programas que todos os sites têm, chamados "stats", porque são estatísticas confeccionadas com as pegadas deixadas no site pelos computadores que nos visitam. Tudo fica registado, excepto, claro, a cara e a identidade do cibernauta.

Para mim, há dados mais importantes do que os hits, ou cliques, caso das páginas consultadas, do número de visitantes ou do tráfego gerado no site por esses visitantes. De qualquer modo, a referência eram os duzentos mil hits da fachada, em cinco anos: na realidade, o TriploV faz uns cinquenta mil por dia.

Outro dado interessante fornecido pelas estatísticas é a origem dos computadores que nos visitam. Em baixo têm um gráfico revelador: primeiro lugar, Estados Unidos; segundo lugar, Brasil; terceiro lugar, Portugal. Considerando que Portugal é um país incomparavelmente menor que os outros dois, o seu terceiro lugar honra-nos muito.

Claro que o meu projecto para o TriploV sofre com os baixos e altos e baixos da estatística, mas não esmorece por isso. O TriploV é já mais do que um sítio na Internet: temos actividades no seu perímetro, para captar colaboração, sobretudo colóquios, como o que se vai realizar este mês em Guimarães. As comunicações aos colóquios, e outros textos publicados no TriploV, passam para a Apenas Livros Editora, o que nos assegura um mínimo de suporte em papel.

Se bem que a nossa esfera, e a grande parte do nosso feedback, sejam de nível universitário, e se bem que dois dos mais importantes pilares do TriploV sejam instituições, uma, universitária, o Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa (CICTSUL), e outra para-universitária, o Instituto S. Tomás de Aquino (ISTA), o TriploV mantém-se aberto e autónomo. O espírito que lhe dá força não é escolar, é convivial. Somos uma ponte entre e sobre mundos, poliglotas, poetas, companheiros. Sabemos que o que está em cima é igual ao que está em baixo, por isso há fitas métricas que aqui não usamos. Temos outros valores: fraternidade, por exemplo. Liberdade, verbi gratia. E amor, que não nos falta.

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