A mulher sempre foi considerada de nível inferior desde os primórdios da história, servindo quase que exclusivamente para a procriação, cuidar de sua prole, da casa e esperar o seu macho com alegria e encantamento, a fim de recompensá-lo da árdua tarefa de prover o sustento do lar e defesa do seu ambiente. Paradigma este alicerçado na capacidade física do homem na luta diária para enfrentar as maiores adversidades, enquanto a mulher – frágil – se encarregaria de manipular a vestimenta e alimentação de sua família.
Esta posição sempre foi acatada e ratificada por praticamente todas as religiões, e até de não religiosos, com reflexos, em graus variados, no modus vivendi de diferentes povos, seitas e ritos na atualidade, formando uma carapaça na psique do macho, no sentido de mascarar a sua pseudo-superioridade.
A maçonaria se insere neste contexto, aproveitando a onda machista da sociedade, adotada pelas três religiões de uma mesma base: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo, dominantes no chamado Mundo Ocidental, com repercussões no Oriental. Caracteriza-se pela predominância das ideologias dominantes, impondo condições diferentes a homens e mulheres quanto às posições a serem ocupadas no contexto social.
Os textos proibidos da Bíblia falam abertamente de sexo e violência, nos quais os fundamentalistas das três religiões baseadas na Bíblia alegam encontrar nas Sagradas Escrituras um pretexto divino para a repressão e coisa bem pior... (1)
A personificação de Deus engendrada pelo homem como figura masculina corrobora com esse sistema hierárquico e desigual, em relação à condição feminina. A confinação da mulher à alcova e à cozinha durante tantos milênios, negando-lhe abertamente a condição de ser pensante, acrescentando-se ainda todas as barbaridades físicas e emocionais possíveis e imagináveis contra ela (que ainda hoje se perpetuam), é um fato para a qual se aventam possibilidades diversas. Esse paradigma vem sendo modificado, graças às conquistas no âmbito da educação em cursos superiores e pós-graduação e conseqüente liberdade dos grilhões do conservadorismo.
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