VII Colóquio Internacional
"Discursos e Práticas Alquímicas"
LAMEGO - SALÃO NOBRE DA CÂMARA MUNICIPAL
22-24 de Junho de 2007
A Situação da Mulher na Maçonaria
Dival G. Costa
Origem da Maçonaria

A origem da Maçonaria é atribuída a duas correntes de opiniões: a Lendária – que diz ter iniciado no Antigo Egito; e a Real – fundamentada em documentos históricos desde a sua fase operativa, ou de ofício. Um desses documentos é o manuscrito Regius, também conhecido como “Old Charges” (Velhas Obrigações), tão importante para a história quanto a Constituição de 1723, compilada por Anderson e Désaguliers.

Em 1376, a Santa Arte e Associação dos Pedreiros (The Hole Craft and Fellowship of Masons), corporação de pedreiros de Londres, fundada em 1220, passava a se denominar Companhia dos Franco-Maçons. Cerca de 20 anos depois, entre 1390 e 1400, foi produzido o mais antigo documento histórico da Maçonaria, conhecido como Poema Regius, ou Documento de Halliwell – “The Early History of Freemasonry in England, publicado em 1840”.

A obra principal sobre o manuscrito Regius foi escrita por Knoop, Jones e Hamer, embora outros autores, como Findel, Begemann, Gould, Speth, Baxter, Mazet, Crepin, Fiorentino, Aston, Turner, etc. [Notas transcritas em (2)].

Essa Maçonaria Operativa era formada por Talhadores de Pedra e Assentadores de Pedra com “Regulamentos para o exercício da profissão de Maçom” nos moldes de uma guilda, com características próprias. Em 1717, foi criada a Grande Loja de Londres (Maçonaria Especulativa).

“Princípios Básicos Constitutivos da Franco-Maçonaria Universal aprovados em Assembléia Geral de Franco-Maçons que se reuniu em PARÍA, no ano de 1523”. Diz seu artigo 4:

É costume antigo, firme e inviolável, não admitir como Franco-Maçom os seus inimigos naturais que são: os clérigos das religiões, os possuidores de títulos e privilégios das castas da nobreza e os homens que têm convicções contrárias aos princípios da Franco-Maçonaria salvo, nos casos de rebeldia franca destes contra a ideologia dos grupos mencionados.

As Constituições de Anderson publicadas em 1723, não são de modo algum um antigo Lindeiro e sim uma verdadeira "reforma nos usos e costumes" da maçonaria operativa, levada a cabo pela necessidade de organizar a fraternidade, a fim de reunir os elementos dispersos e coordenar seus esforços. Isto está claramente explicitado na página 73 do Livro das Constituições de 1723 e lá se pode ler: Havendo sido - em Inglaterra - consideravelmente interpoladas e mutiladas e lamentavelmente alteradas as constituições, nosso antigo e Respeitável Grão Mestre encarregou ao  autor examinar, corrigir e detectar, seguindo um método melhor, a história, deveres e regulamentos de nossa velha fraternidade. Em conseqüência, este último tem estudado diversos documentos provenientes da Itália, da Escócia e de distintas regiões da Inglaterra - entre os quais, encontrou grande número de erros, assim como de outros antigos arquivos maçônicos, tirou as Constituições aqui publicadas como os Deveres e Regulamentos Gerais”.

INICIATIVA:
Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa (CICTSUL)
Instituto São Tomás de Aquino (ISTA)
www.triplov.org

Patrocinadores:
Câmara Municipal de Lamego
Junta de Freguesia de Britiande
Dominicanos de Lisboa

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