Em 1750, o monge franciscano José Torrubia, revisor e assessor do Santo Ofício na Espanha, foi encarregado pelos seus superiores de fazer-se iniciar numa Loja sob nome suposto, com o propósito de conhecer os segredos da Maçonaria e os nomes dos que dela faziam parte.
Torrubia recorreu então a um meio verdadeiramente jesuítico, depois de ter obtido do grande penitenciário do papa, dispensa e absolvição do juramento que lhe seria exigido ao entrar para a Maçonaria. Foi Iniciado numa Loja. Em pouco tempo percorreu todas as Lojas da Península e inteirando-se de tudo o que nelas se passava, apresentou-se diante do Tribunal da Inquisição em Madrid, entregando uma acusação espantosa "contra a abominável instituição da Maçonaria", à qual estava anexa uma lista de 97 Lojas então existentes na Espanha. O rei Fernando VI mandou publicar o seu decreto de 2 de Julho de 1751, em que milhares de maçons foram presos e torturados.
1751 - 18/5 - Bula "Apostolicae Provida", de Bento XIV, confirmando a Constituição "In Eminenti" de Clemente XII e na qual é repisada a razão principal para esta condenação: "é que nas tais sociedades e assembléias secretas, estão filiados indistintamente homens de todos os credos; dai ser evidente a resultante de um perigo para a pureza da religião católica".
Do lado da Igreja também houve condenação dos Carvoeiros, através da encíclica Ecclesiam, de Pio VII, em 1821.
|