A Co-Maçonaria se distingue das Lojas de Adoção pelo fato de que ela não admite dependência, aprovação ou adoção de uma loja masculina. É na opinião de suas adeptas plenamente maçônica, fato não reconhecido por nenhuma obediência regular de linhagem anglo-saxônica. A co-maçonaria tem mais prevalecido entre os maçons de linhagem latina.
Em 1879 vários Capítulos pertencentes ao Supremo Conselho da França do REAA (Rito Escocês Antigo e Aceito), instigados pelo Grande Oriente, se separaram daquela obediência e se constituíram como A Grande Loja Simbólica de França. Um destes Capítulos, ostentando o nome Os Livres Pensadores, reunidos em Pecq, uma cidade do Seine e Oise, em novembro de 1881, propôs iniciar na maçonaria Maria Desraimes, escritora declaradamente anticlerical e batalhadora pelos sufrágios das mulheres. Por tal iniciação, ocorrida em 14 de janeiro de 1882, o Capítulo foi suspenso, mas já era tarde, pois Maria Desraimes, uma vez dentro das hostes maçônicas começou a iniciar outras mulheres de renome, criando um corpo andrógino batizado de Grande Loja Simbólica Escocesa, em 4 de abril de 1893, tendo sob sua jurisdição uma única loja chamada de O Direito Humano (Le Droit Humain) e que em 1900 passou a adotar os 33 graus do REAA.
Na ata de fundação de "Le Droit Humain" (14/03/1893) consta o nome de George Martin como o único homem presente, e sua mulher (Maria Martin) assinam a ata como secretária do evento.
Em 1907, a Co-Maçonaria foi para os EEUU. Em 1918, de acordo com Neville Cryer, a descendente direta de Elizabeth St. Leger Aldworth - Alicia St. Leger Aldworth - juntou-se a essa nova obediência. Em 1922, segundo Arthur Edward Waite, autor da "Nova Enciclopédia de Maçonaria", existiam mais de 450 lojas co-maçônicas. Atualmente, encontram-se lojas co-maçônicas em mais de 50 países, incluindo-se aí, os EEUU, Canadá, Grã-Bretanha, Austrália, Grécia, Holanda, Chile, Peru, México, Bélgica, Venezuela e também Brasil.
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