Nenhuma sociedade secreta fascinou tanto as multidões sequiosas de sua liberdade, ou da independência política conquistada à custa de sangue e lágrimas, quanto a Maçonaria Florestal, conhecida como Carbonária, por ter sido fundada pelos carvoeiros de Hanover – Alemanha, no último quarto do século XV. Expandiu-se depois para a Itália, França, Áustria, Espanha e Portugal, com fama de violenta e sanguinária. Entrou na história como organização de caráter político após a Grande Revolução Francesa. (5)
Enfrentou três grandes inimigos: o absolutismo monárquico; a Companhia de Jesus; e os Bourbons, que se espalhavam pela Europa ligados aos dois primeiros. Organizou-se em sistema hierárquico do ápice à base em Alta Venda, Choças/ Cabanas e Barracas. “Barraca” e “choça” designam hierarquias na agremiação da Maçonaria da Madeira.
O seu ideário é idêntico ao da maçonaria, defende o lema celebrizado pela Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade (ou Humanidade, em versões carbonárias atuais).
Identificavam-se como Bons Primos, o Presidente, após certificar-se pela senha e contra-senha de que todos os presentes eram carbonários, expunha os fins da reunião e anunciava que ia por em votação uma Raiz, de cuja aprovação dependeriam os destinos da Sociedade e o futuro dos homens livres.
A Carbonária, também chamada Maçonaria da Madeira e Maçonaria Florestal, em paralelo com a Maçonaria da Pedra, é o ramo desta que, em Portugal, desencadeou a implantação da República, e garantiu a sua integridade nos primeiros anos.
O Naturalismo Universal a que se refere o Sereníssimo Grão Mestre, B\ Pr\ Giuseppe Garibaldi, é a Maçonaria Universal, significando isto que “maçom” e “naturalista” são palavras sinônimas.
José Bonifácio Andrada e Silva, (um dos alunos de Domingos Vandelli), fundou no Brasil uma Ordem Carbonária. Legítimo será concluir que foi na Maçonaria Florestal – Carbonária que Vandelli iniciou os discípulos. (10)
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