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5100-344 . Britiande . Portugal |
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O Arboreto Francisco Newton, em Britiande |
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À GUISA DE UM FOLAR DE PASCOA PARA A ESTELA |
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A primeira vez que ouvi falar de um arboreto foi em Boston, aquando da visita ao Arnoldo Arboretum of the Harvard University, especializado em lilases. Ontem, a Estela Guedes propiciou-me um passeio ao seu arboreto, o Arboreto Francisco Newton, em Britiande. Acesso por uma estrada romana, de nenhum modo um amontoado de pedras mas o legado patrimonial mais importante da terra, entre florzinhas primaveris e um chão bem molhado – desde a minha infância nortenha sempre ouvi dizer que chove na Semana Santa – e este ano não foi excepção à regra. Levando à prática o seu aturado e consequente trabalho sobre naturalistas portugueses, a Estela está a começar a trazer para aqui o seu amor pelas plantas e a necessidade de preservar e recriar ambientes com árvores. Assim já plantou algumas, felizmente de boa saúde, como tem estado a plantar rosmaninho e giesta, atitude muito sábia, por se tratar de plantas que são da terra e por isso necessitando de menos cuidados. O espaço ajudou-me, pela tranquilidade, a preparar o meu coração para muitos Alelluias, também me propiciou uma mancha de papoilas, com um vermelho a anunciar o 25 de Abril, e mais corriqueiramente, uma boa sesta…. Ana Luísa Janeira |
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O acesso ao arboreto faz-se pela Quelha da Azenha, uma via romana que outrora seguia até à Ucanha. |
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Uma imagem do arboreto colorida pela camomila, papoilas e outras plantas espontâneas que estão em flor neste período pascal |
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Algumas árvores de fruto foram plantadas recentemente, e quase todas pegaram |
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Um arbusto bem transmontano, Erica arborea, a urze branca. A roxa chama-se «torga», em homenagem a Miguel Torga, escritor da região. |
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Papoilas, Papaver sp., nascidas espontaneamente. |
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O que define o arboreto é ser um local de estudo. Para aprendizagem, é indispensável que as espécies estejam identificadas, e para isso usam-se etiquetas ou outras chapas com informação escrita, como é o caso desse pé de Prunus sp., que esperamos venha a dar rainhas-cláudias. |
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Uma das fronteiras do arboreto é naturalmente traçada pelo curso de um regato temporário, quase ued, pois só se manifesta no tempo em que chove. |
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Outra fronteira é constituída pelo muro de pedra solta de um socalco, na base do qual se plantaram roseiras diversas. |
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Ana Luísa Janeira observa uns exemplares de erva-cidreira, espontâneos no arboreto. Como se sabe, esta espécie, Melissa officinalis, é dotada de grandes virtudes medicinais. |
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Outra planta medicinal, tomada na forma de chá, e espontânea como a cidreira, é a camomila. |
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