Mãe das mártires Fé, Esperança e Caridade. Roma, ano de 138. Imperador Adriano. Após o falecime do marido (que havia sido senador), passou de Milão para ali — onde as filhas, pela notória rebeldia ao culto oficial, foram presas e interrogadas, e, por fim, pela firmeza na fé, submetidas a tormentos, que as fizeram morrer. A mãe, martirizada de alma quanto elas de corpos, animou-as até à morte, indiferente a um mesmo destino — que, porém, não padeceu. |
EM MIM REPARA, E VÊ QUE VÃ PORFIA!
Chegado à beira do meu lago umbroso,
pela «mãe» Sofia chamo, e não responde:
Onde, pois, encontrar-te, o «mártir», onde
— oculta em nebulento misterioso?
Revolvo as águas, até isso eu ouso:
mas mais feliz não sou — tudo se esconde.
Não hei virtude que essas águas sonde
e cans — sem remédio e sem repouso.
Onde estarás — ó «mãe» que me valia?
Em mim repara, e vê que vã porfia!
Encoraja-me, dá-me uma palavra,
que eu vivo neste «só», que a Deus pedia:
— Suplico-te, ó «mãe», a companhia!
Verga-me a pena, e quase já não lavra (1)!
Ecos da Meadela, 7 (6), Maio 1990 |