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II BIENAL DE POESIA
SILVES. 2005
PAULO PENISGA
O QUE É A POESIA?
O Rapaz Chorou

Não correu as partidas do mundo

chorou

Na praia solitária, no lugar onde três sonhos azuis se cruzam.

Virou o rosto

secou as lágrimas ao vento

Se ao menos abrisses a tua boca para esta vida.

Tavira 1995

Ode à Serra do Caldeirão
(ao som de who´s gonna ride your wild horses dos U2)

Emocionalmente vivo

conduzes na estrada bordejada de lírios silvestres

Em Abril

direcção Salir »»»

 

Do alto da Pena

mergulhas entre o perfume do ar e o ondular

do teu corpo

liberto do cabreste do tempo

 

Revoltado, amas.

 

Ao sabor do acaso,

viras para Vale de Éguas

 

Who´s gonna ride your wild horses

Who´s gonna drown in your blue sea

Who´s gonna ride your wild horses

Who´s gonna fall at the foot of thee

 

Chegas ao Malhão e enches-te de admiração

Navegas na sucessão de vagas do grande mar interior

que é a serra da Caldeirão

 

Ao cair da noite estás em Alte

e cais nos braços dos teus amigos

como estranha flor que se abre com o riso

 

Alte 1999

No Quintal

Mês de Novembro

as nespereiras em Xor

e o trabalho amoroso das abelhas

Abelhas em Novembro

docemente percorrem

o âmago das Xores da nespereira

 

Silves 2001 (Poema inspirado na poesia Haiku)

Paulo Penisga

Nasceu em Silves em 1963.

Licenciado em História pela Faculdade de Letras de Coimbra.

Professor do Quadro de Zona Pedagógica do Algarve.

Editor da revista EM CENA, na qual tem publicado alguns textos da sua autoria e, sobretudo, tem dado a conhecer e divulgado autores e artistas.

Formação em História e Estética do Cinema. Actualmente é aluno do Mestrado de Literatura e Cinema da Universidade do Algarve

SILVES, CAPITAL DA PALAVRA ARDENTE