Memórias da
Quinta de São Bento

Agradeço a D. Margarida Osório e a seu filho, António Osório, proprietários da Quinta de São Bento, os materiais que agora se publicam, trazidos na rede de pesquisa sobre a sua antepassada Maria do Pilar Osório, escritora duriense que no TriploV tem directório (menu superior). Uma das rubricas é um extracto do seu romance "A secular do Convento de Barrô", em que dedica um capítulo à Quinta de São Bento.

Maria Estela Guedes . Lisboa, 1 de Julho de 2007

A residência (de Maria do Pilar Osório)

Muitas coisas aconteceram desde a compra da Quinta por D. Manoel Maria Osório. Este senhor, proprietário da quinta, fez algumas alterações, embora conservasse alguns dos traços originais. Às celas das freiras, ao todo seis, que se encontravam com grades, mandou alterar fazendo dois quartos, que se destinaram a sua esposa, como quarto de dormir e escritório, onde D. Maria do Pilar escrevia. Estes quartos conservam ainda o tecto original, em caixotões de madeira de castanho e talha dourada. Hoje está tudo em madeira envernizada, talvez restaurado após o incêndio, a que se fará referência mais tarde.

Das varandas destes dois compartimentos, vemos um belíssimo jardim interior...

com claustros, que, pelas recolhas orais, viriam do Convento de Ferreirim. Esta residência foi aumentada, e outros claustros foram feitos de novo, mas não tão belos como aqueles.
Encontramos neste jardim dois chafarizes, um no centro do jardim, peça maravilhosa, um outro encontra-se numa das paredes, em granito, bica que deita água que vai cair numa taça, que talvez seja um túmulo (informação oral). Toda a parte esquerda deste jardim é original.

No primeiro andar, alguns quartos, a enorme sala de jantar, uma pequena sala de estar, e no rés do chão a biblioteca, e as arrecadações. A biblioteca continua a original, com belíssimos móveis antigos e a imensa colecção de livros que as freiras beneditinas conseguiram amealhar.

A fachada é muito antiga e talvez original, num dos portais encontramos os bustos dos Condes de Marialva, que já possuíam a quinta antes da passagem das freiras beneditinas.

Numa outra entrada encontramos uma inscrição feita em azulejos, talvez vestígios das freiras beneditinas, ou mais antiga, não sabemos bem.

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