PSICOMORFILUM / XANGAIADA CHIC-CHOC / A lista do onanista
PEDRO PROENÇA (ROMANCE E PINTURAS)
08-10-2003 www.triplov.com

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onanista


(Q)

Digo um Retrato de que se morrerá muitíssimo. Estreitando a cabeça opaca. A medula central da medula. A desintegração. A ondulação.

Imitando os animais. Um coro dionisíaco.

Um retrato com mandíbulas de alce e zurros de grilo. De que se derreterá um sol. Ou os vestígios de uma pedra. Com o nome por cima das escritas. Um retrato como uma jangada pesada. Narradíssimo. E Matisse. E Michelangelo em incesto no interior do hermafrodito hierogâmico (mas como?).

Casas aquáticas. Vivem num transe que se crê moderno. Em gemas. Como dois irmãos de ébano que se julgam hieróglifos.

Indago uma retrete, um bidé ou um lavatório. E tudo se torna a Divina Eucaristia. Oh, manhãs de alabastro junto a pórticos antigos. Indago o digo: retratar retretes - e a tal árvore da Vida.

Vidro sobre o gelo. O cheiro de um retrato. A voz de uma pedra. De um tronco.

O que é a essência? - a essência não existe. É uma voz pouco clara, o objecto da metafísica. Undago e Indigo. Exatamis e Osetemus, Pipocrates e Platinitus.

Um retrato atado ao tecto. Um traçado infecto (mas como?), ou um precipício da imaginação de um prepúcio prússia. Uma piça propensa. Uma peça à pressa. Plutinus e Plutão. Senão Plutarco e Plato.

Dygo a Dyke. E a Demens.

A moçoila traz um regador cheio de salsa, cenouras, agriões e aipo: está à turrica do soli. No trabalho me contemplo. É de Beja. Nos brincos traz morceguinhos cegos como Homero. Oh cobiça, discutamos isto tudo detalhadamente…

Recapitolio-Emous! O retrato estava cheio de mosquitos e aranhiços. Todos de pequena estatura. Dentro dele um cachimbo estrangulado. Num orgulho misógino batia com os pés nas mãos e com as mãos nos pés. O próprio abdómen se convulsionava como que esfregado por um bom molho de urtigas verdes. Porém era um açúcar e um tabaco bem cubanos que o caracterizava no seu patriotismo sem medidas. O Rapaz era um burocrata do excesso em excesso.

Digo um retrato que transacende o eterno e que transcende a transcendência e o próprio retrato. Uma caixa cheia de venenos. O que não respira põe do fim a necessidade e do principio a insinuação. Daí a finalidade incorporada no Corpus Complexus. Min Teson. Um grandessíssimo tesão sacudia-lhe o formigueiro, o bichinho, a câmera, a obturação.

Queres pato? Só por detrás, disse-lhe o pai, depois de a mãe saciada. Digo um retrato. As cuecas do Xico Foda Surfistamor.

E afinal os tais pontos de fuga sempre eram em tudo. Um cheiro a ambrosia e a osso e a raízes húmidas em Gautama sob a figueira. Lactejavam e lactesciam. E qual é a ideia? Um retrato. Uma crista: falha de memória (dente de elefante).

Zelará a crítica no impassível?