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Pois o deus que se manifesta

nos comícios e nas festas

é adereço de partido

ou vedetismo banal de comité central.

Anula-se o poder que se manifesta?

Mas sem isso, o que é que nos resta?

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Grávido de Nomes e não de mudez

digo o que apetece mais uma vez

e não estou p'ràqui com silenciosas insinuações

como se um xarope secreto

fosse a rima interlinear que tudo desvenda

como uma casa em que se esfumasse o tecto.

Mas que Lenda!!!

Partilho as Palavras como rota tenda.

Sou camelo num imperfeito trajecto

num deserto repleto de todas as memórias:

cada grão de areia procura todas as histórias

com avacalhamentos e glórias.

Abertos, e se calhar desfeitos

pelo do tempo feitos

os templos assim prefiro.

Porquê?

Porque o Sagrado epidemicamente

alastrou a todos os poros profanos.

Cá vamos musicados

por esta doce contaminação.