PEDRO PROENÇA
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11-05-2004

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15

 

“A mão trabalha... Detém-te!

É excessivo o que dizes!”

Depois segue-se o silêncio cúmplice

sem os pés de lã das reticências.

Ó silenciosa mão

fica destapado

tudo o que ainda está por dizer.

.

16

 

Depõe as oferendas

com rendas

no intimidante intimo

dos deuses!

.

17

 

Que Nome nenhum me procure

e que nenhum se recuse.

Que o Inverno me procure

e o Verão me abuse.

 

Que os nomes se estendam nas dunas

ao rebentar a manhã

e preencham as lacunas

abertas pela romã.

 

Resta-me enterrar os que me pertencem

por herança malfadada

para que invioláveis brilhem

na terra mais entranhada...