Vinde, Prazeres, que por entre as flores,
Nos jardins de Citera andais brincando,
E vós, despidas, Graças, que dançando
Trinais alegres sons encantadores:
Deusa dos gostos, deusa dos amores,
Ah! dos filhinhos teus ajunta o bando,
E vem nas asas de Favónio brando
Dar força, dar beleza a meus louvores.
Da linda Anarda minha voz aspira
A cantar o natal; tu, por clemência,
O teu fiel cantor, deidade, inspira;
Do trácio vate empresta-me a cadência,
E faze que mereça a minha lira
Os cândidos sorrisos da inocência.
|