Mimosa, linda Anarda, atende, atende
Às doces mágoas do rendido Elmano;
Cum meigo riso, cum suave engano
Consola o triste amor, que não te ofende:
De teus cabelos ondeados pende
Meu coração, fiel para seu dano;
Côa luz dos olhos teus Cupido ufano
Sustenta o puro fogo, em que me acende;
Causa gentil das lágrimas que choro,
A tudo te antepõe minha ternura,
E quanto adoro o céu, teu rosto adoro:
O golpe, que me deste, anima e cura...
Mas ai! que em vão suspiro, em vão te imploro:
Não pertence a piedade à formosura.
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