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ANTÓNIO VERA - SONS QUE FALAM |
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TRANSFUSÃO | |
meus olhos festejaram-se pararam onde mais |
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O BEIJO INTELIGÍVEL |
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O TEMPO, A RUA, A ROCHA INTÁCTIL | |
o passatempo desta rua é
também passa e ultrapassa a cortina invisível que é o tempo: rocha de vidro intáctil presumível porta mental talvez da nossa vida por onde, enfim, fitamos paixão, poder e posses intangíveis a esperar do lá fora o impossível prazer em estado humano ou de outra forma eterno ou à la carte mas não sós não sós e infelizes tal como nesta rua incongruente fechada assustadora e previsível |
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UMA VIDRAÇA NO INVERNO |
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ANTÓNIO VERA. Poeta contemporâneo da Árvore e da Távola Redonda, revistas nas quais colaborou ao lado de Eduardo Lourenço e outros. Os poemas agora publicados no TriploV são inéditos do livro em preparação "Sons que falam". |
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