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A magnólia

A porta aporta

Difícil Poema de Amor

As sofridas amoras

A quem se interesse

As casas vieram de noite

Venho de dentro, abriu-se a porta...

Poema quase epitáfio

 
Luísa NETO JORGE
A Magnólia (selecção de poemas)

A MAGNÓLIA

 

 

A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu resplendor.

Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria - na metáfora -
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala.

A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdido na tempestade,

um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.

 

In: Poesia
Organização e prefácio de
Fernando Cabral Martins
Assírio & Alvim, Lisboa, 2ª edição, 2001

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