Frei BENTO DOMINGUES, O.P. Quando era criança e adolescente, sabia muito bem quem eram os pobres. Eram homens, de saco às costas, que vinham de longe – ninguém sabia ao certo a sua origem – e batiam às portas dos moradores das aldeias serranas. Rezavam pelas almas dos seus antepassados. A minha avó insistia …
Continuar a ler “Organizar a esperança”
ANTÍMIO DAMIÃO Autor / Desenhador Gráfico e Ilustrador / Formado em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa / Finalista no Mestrado em Ciência Política na Universidade da Beira Interior. Ao contrário do que é costume pensar-se, à saudade corresponde menos o sentimento do que a razão, pois ter saudade de um ausente é re-preencher …
Continuar a ler “Seis curtos ensaios”
MARIA ESTELA GUEDES Dir. Triplov No cerco da pandemia, antologia de poemas organizada por António Lourenço Marques, Leocádia Regalo & Pedro Salvado, saiu à luz na Editora Labirinto, com patrocínio da Câmara Municipal do Fundão, cujo Presidente, Paulo Fernandes, assina o primeiro texto de apresentação. Nele agradece aos mais de cem poetas que aderiram …
Continuar a ler “No cerco da pandemia”
Frei BENTO DOMINGUES, O.P. O Natal de Jesus de Nazaré inspirou, em todas as épocas, as mais belas obras de arte – música, literatura, pintura, arquitectura – e é possível encontrar nelas uma fonte de alegria porque, como diz Emir Kusturica, a felicidade produzida pela arte é o maior feito dos seres humanos[1]. Inspirou, …
Continuar a ler “Natal e Novo Ano”
FRANCISCO GARZÓN CÉSPEDES La caja, ya sin tapa, rectangular y casi plana, de origen contuvo un regalo: prenda de vestir, colorida, resplandeciente y confortable. Envejecida por el tiempo y el uso, resulta arrojada vacía en la calle, bocabajo y al lado de un depósito de basura. De inmediato el viento, quizás compadecido, la deja …
Continuar a ler “La caja”
GUSTAVO DOURADO Poema do Ano-Novo Gustavo Dourado Feliz 2022 Festival do Ano-Novo Desde a antiguidade Na velha Mesopotâmia Foi grande festividade Lá nos tempos de criança Festejei tal novidade Nos 2.000 anos a.C Começou o Festival Na antiga Babilônia Foi festa primordial Equinócio, primavera A Lua Nova magistral Festejava-se …
Continuar a ler “Poema de Ano Novo”
ANTÓNIO BARROS Privámos numa viagem de comboio entre Cerveira e o Porto. Eu, o Hélder Macedo, e o João Vieira. A lucidez e as palavras serenas e acertadamente ditas do Hélder, acerca da então pátria lusa, ainda guardo de um modo quase dolorosamente sagrado. Essa coisa que só as palavras conseguem quando surgem a esculpir a …
Continuar a ler “Silêncio falante”
JONAS PULIDO VALENTE Ia de beco em beco, como me era costume, até que dei com uma porta que dava para uma janela de cave. Tinha escrito na parede ao lado, em letras grandes mas despercebidas: Os Cavaleiros do Apocalipse. Não passei a ir lá religiosamente, de todo, mas, sempre que passava por aquele …
Continuar a ler “Bunker”
ZUCA SARDAN Olá,Peregrinos !!! Vamos salvar o Papai Noel !!! Roubaram-lhe a Rena Rodolfo, com seu trenó !!! A Pharmácia Sisypho comezza a sua fulminante Liquidazzâo Total !!! Artigos salvos do pavoroso incêndio !!! Compre uma caixa do Tônico Ferrovigor e ganhe grátis o Almanach das Prophecias do …
Continuar a ler “Pharmácia Sisypho – Prophecias de Nostrakambo”
ADELTO GONÇALVES Adelto Gonçalves (1951), jornalista, é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de Gonzaga, um poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002), Bocage, o perfil perdido (Lisboa, Caminho, 2003; São …
Continuar a ler “Leiradella e a Capitu portuguesa”